Momentos da Vida - Harry Potter

Reconciliação🔞

Hermione deu um suspiro cansado e triste. Os pais haviam viajado para passar o fim de semana com os amigos e ela teoricamente iria para a Toca no dia seguinte. Mas não faria isso. Tinha brigado com Rony no último fim de semana e não queria vê-lo.

- Ruivo idiota. - ela declarou, batendo a porta do banheiro com força desnecessária.

Mais uma vez haviam brigado por ciúmes. Pior é que o ciumento da vez não fora de Rony e sim ela. E uma pequena discursão evoluiu para uma briga enorme, com os dois bufando de raiva e indo embora magoados, ambos orgulhosos demais para pedirem desculpas. Mas não sabia quanto tempo ainda aguentaria ficar longe dele. Sentia no corpo a falta dele, do toque dele, do sabor dos seus lábios. E a noite chuvosa não ajudava em nada. Desceu para a cozinha e preparou um chocolate quente, foi para a sala e se jogou no sofá, ligando a TV. Não era um hábito costumas, no entanto, aquela noite não queria pensar em nada, só queria que o sono chegasse logo e pudesse ter uma noite sem sonhos. Aos poucos sentiu os olhos pesarem e não lutou contra a escuridão.

Rony aparatou num beco próximo a casa de Hermione e amaldiçoou a chuva que caia sem parar. Se amaldiçoou também por ter aceitado fazer um favor a Harry e buscar aquele maldito livro que todos sabiam que só ela tinha. A quem queria enganar. Passara a semana toda pensando numa desculpa qualquer para procurá-la, por mais esfarrapada que fosse. Odiava brigar com Hermione, ficar sem tocar sua pele macia, sentir a maciez dos seus lábios, sentir seu gosto. Só de se lembrar dos gemidos de prazer que ela dava cada vez que faziam amor sentiu o desejo lhe tomar o corpo. Mas não iria ceder. Fora ela que começara aquela briga estupida e era ela que deveria dar o primeiro passo e pedir desculpas.

Ajeitou a jaqueta e começou a caminhar com passos duros em direção a casa da namorada, imaginando como ela o receberia depois de uma semana separados e brigados. Parou em frente a casa e tocou a campainha. Era melhor pegar aquele maldito livro logo e ir pra casa, lamentar sua sorte.

Hermione acordou com um sobressalto e por um instante ficou imaginando de onde vinha aquele barulho irritante. Ouviu de novo e percebeu que era a campainha. Mal humorada, levantou-se e foi até a porta, a abrindo com força. Sentiu o ar faltar quando viu Rony parado a soleira, os cabelos ruivos ensopados, a roupa encharcada, os lábios vermelhos por causa do ar frio. Ficaram um longo tempo se encarando, até que ele rompeu o silêncio.

- Boa noite, Hermione. - ele falou, a voz meio rouca a fazendo se arrepiar.

- Olá, Rony. - ela respondeu, ainda o encarando, o coração disparado. Será que ele viera até ali para fazerem as pazes? - Entre.

- Não vou demorar. - ele declarou, a seguindo até a sala e molhando todo o tapete.- Harry pediu que eu viesse buscar aquele seu livro sobre ervas raras e venenosas que você ficou de emprestá-lo.

- E por que ele mesmo não veio? - ela perguntou, decepção e raiva se misturando na voz.

- Não sei. Ele só pediu pra buscar. - Ron respondeu de má vontade. - Será que dá pra buscar logo o livro?

Bufando de raiva, ela saiu pisando duro rumo ao quarto e Ron passou as mãos pelos cabelos. Estavam com raiva um do outro, não estavam? Então por que fora assaltado pelo desejo quase insano de puxá-la para seus braços e beijá-la até não conseguir mais respirar. Tá certo que vê-la vestida apenas com aquele robe fino não ajudava nenhum pouco. Lembrar da pele macia e quente dela o fez tomar uma decisão que esperava não se arrepender depois. A seguiu até o quarto. Hermione parou no meio do quarto, o livro na mão, o encarando. Caminhou até ela e antes que ela pudesse esboçar qualquer reação, a puxou para si e a beijou selvagemente, a saudade de tantos dias separados, a frustração pelo afastamento misturados ao desejo e ao amor. Hermione pensou não corresponder, mas foi traída pelo próprio corpo que ansiava o toque do ruivo. Deixou o livro cair, e apalpou o peito forte, as mãos por vontade própria se embrenhando nos cabelos ruivos e molhado. Quando não podiam mais respirar, se afastaram lentamente, a respiração pesada.