Chapter Thirty-Six

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➳ A estória não me pertence, estou apenas traduzindo com a devida autorização.

➳ Todo o crédito é de Hobbsy3 no AO3.

Boa leitura!

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Seus braços pareciam estranhamente leves colocados em seu colo. Quase dolorosamente. Depois do peso constante de embalar A-Ling nos últimos dias, era chocante não estar carregando nada, tão chocante que ela teve que manter uma mão descansando na cadeirinha do carro ao lado dela, segurando a mão de seu bebê enquanto ele dormia. Ela desejava poder segurar a mão de Zixuan também, mas com A-Ling entre eles era difícil.

Zixuan também estava dormindo, agora, com a cabeça apoiada contra o assento do carro de A-Ling, seu rosto frouxo e ainda doente pálido. Yanli teve que continuar olhando para ele, verificando se ele ainda estava lá, ainda respirando – mas doía olhar também. Ele estava tão gravemente ferido, tão perto de –

Eles o haviam machucado. Eles o haviam espancado quase até a morte, e a haviam deixado praticamente ilesa por causa de seu bebê, e a injustiça dele se agarrou ao interior de seu peito como uma raposa lutando desesperadamente para se libertar de uma armadilha.

Um caroço subiu em sua garganta, e ela olhou pela janela, tentando se concentrar na dor em seu peito, e na mão de seu bebê na dela, e nas suaves respirações de sono de Zixuan.

De qualquer outra coisa que não fosse o conhecimento do que ela estava deixando para trás.

Mas mesmo esse pensamento foi suficiente para arrastar sua mente de volta, para enchê-la de terror branco ofuscante da cabeça aos pés. Se a ameaça de Wen Ruohan foi realizada, se seu doce, maravilhoso e brilhante irmãozinho queimou na fogueira –

Ela pressionou uma mão sobre a boca enquanto outro soluço ameaçava subir pela garganta, olhando fixamente pela janela. Ela não deveria estar indo por esse caminho, não deveria estar fugindo. A-Xian estava em perigo, e o único lugar para onde ela deveria estar correndo era o lado dele. Ela nunca deveria ter concordado em ser mandada embora – ela queria abrir a porta e cair para fora do carro, para correr de volta para Qishan em seus próprios dois pés, se ela precisasse, mas –

Mas–

Ela não podia. Não havia nada que ela pudesse fazer. O mundo queria destruir seu A-Xian, submetê-lo a uma morte horrível e torturante e – ela não conseguia pará-lo.

Sua mente conjurava uma imagem de chamas, o fedor acre de queimar, os gritos de seu irmão –

"Jiejie!"

E se ele gritasse por ela? Ele sempre gritava por ela quando estava magoado ou com medo, sempre, sempre, ele gritava por ela e ela –

Ela não estaria lá –

Yanli soluçou novamente, empurrando a mão com tanta força contra a boca e o nariz que não conseguia respirar. No entanto, um som aguçado saiu de sua garganta, e ela apertou os olhos fechados.

"Você está indo muito bem", murmurou Lu Meilin, e Yanli abriu os olhos com um pequeno suspiro, encontrando os olhos da outra mulher no espelho retrovisor.

"É..." ela soluçou baixinho. "Eu não deveria ter deixado que eles me mandassem embora, eu deveria – eu – ele precisa de mim. A-Xian precisa de mim, ele, ele – pode, você pode se virar?"

Os olhos de Lu Meilin se estreitaram em uma careta. "Oh, querida..." ela fez uma pausa e, para surpresa de Yanli, o carro realmente começou a desacelerar. "Se voltássemos, o que você faria? Não estamos longe do zoológico, não temos como voltar para Qishan antes do pôr do sol agora, lamento dizer. Nem mesmo se eu fizesse sessenta o caminho todo... O que é que você faria?"

A Beira da Noite. (tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora