16. Eu viro a donzela em perigo

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Oi! Recomendo dar uma relida no final do último capítulo, para que você se lembre onde a história parou, já que ficamos a última semana sem atualização e você pode ter esquecido :)

Boa leitura!

[ᚠ]

“Eu vou viver, eu vou voar
Eu vou fracassar, eu vou morrer
Eu vou viver, eu vou voar
Eu vou fracassar e, eu vou mo-mo-mo-morrer”

Oh No!, MARINA

[ᚠ]

F

oram pouco mais de vinte minutos voando em Festus até chegarmos ao Parque Histórico Estadual do Forte de Abercrombie.

Não foi difícil entender o que nossos amigos tinham visto naquele lugar: o tal forte eram relíquias russas da Segunda Guerra… Só de chegar perto eu já conseguia sentir a aura pesada do local, como se nem as moléculas do ar pudessem se esquecer dos horrores da guerra.

[Eu sabia que Kodiak era uma cidade histórica, mas não podia imaginar que era tanto.]

O forte era banhado pelo mesmo mar da praia em que estávamos, mas a vista era totalmente diferente. Mesmo naquele inverno rigoroso me fazendo tremer de frio e a energia do ambiente super carregada, eu não conseguia não admirar a beleza natural que existia ali.

Estávamos caminhando por uma área em que eu conseguia ver o fim da terra e o começo da água, meus olhos se perdendo na paisagem conforme nós avançávamos. Em um momento, mergulhada na beleza da vista, minhas pernas pararam de andar sem minha permissão, e minha surpresa foi tanta que eu arquejei alto, o suficiente para os outros três se virarem em minha direção.

Tampei a boca com as mãos, vendo as formas distintas se moverem ao longe, na água.

— Gente. — Eu disse, ainda chocada com o que via. Mesmo morando numa cidade litorânea, eu nunca tinha visto nada parecido com aquilo. — Me digam que eu não estou imaginando coisas e aquilo ali são mesmo baleias. 

Ao seguirem meu olhar, os três arfaram em surpresa.

— Uou! Pelos deuses… — Frank balbuciou. — É tão…

— Lindo. — Leo assentiu. — Lis, pode não gostar de Poseidon, mas o cara caprichou nisso aqui. 

— Não fale do velho das algas agora, está estragando o momento. — Grunhi, fazendo uma careta. — Não preciso lembrar dele.

— Velho das algas. — Ashley riu e Leo acompanhou. — Lis é engraçada.

— É sim. — Leo concordou e me encarou em seguida. — Eu gosto.

— Eu sei. — Respondi, dando um risinho e torcendo para ele não poder ver o rubor em minhas bochechas. Pelo menos eu podia dizer que era por conta do frio.

— Ah, que lindo. — Frank inclinou a cabeça, revirando os olhos de brincadeira. — Temos uma missão para continuar, bonitinhos, vamos logo. — Ele indicou o caminho que estávamos tomando antes de pararmos.

— Sim, capitão Zhang. — Bati continência e voltei a caminhar, seguindo a trilha que estávamos usando para chegar até o forte em si.

Mais alguns minutos de caminhada, passando por vários locais que eram marcos da guerra como canhões enferrujados e desativados, trincheiras abandonadas e alguns outros esconderijos que guardavam memórias daquele tempo sangrento, chegamos até o local que Frank e Ashley tinham achado. 

Diário de Uma Semideusa em Crise [ᚠ] Conheça suas origensOnde histórias criam vida. Descubra agora