Pela Nossa Nação - Simone e Soraya

Capítulo 6

Esta é uma obra de ficção, feita por fã e sem qualquer relação com a realidade.

— Olá, Soraya — cumprimentou Simone ao ser recebida por Soraya em seu apartamento.

— Por favor, entre. — Foi a única coisa que conseguiu dizer.

— O whisky que eu prometi — disse, erguendo uma garrafa, o que, de um modo estranho, entristeceu Soraya, pois se lembrou de Simone conversando com o marido e de ter sido tão facilmente preterida.

— O que está fazendo aqui, Simone? — perguntou, com um sorriso triste no rosto e o peito pesado.

Simone deixou a garrafa sobre a mesa de centro e puxou Soraya pelas mãos, fazendo com que ambas se sentassem no sofá da sala.

— Gostaria de me desculpar. Primeiro, por ter sido tão fria com você ontem. É que... Eu vi o que as pessoas estavam dizendo a nosso respeito e fiquei... assustada. E segundo, pela mensagem de mais cedo. Você estava sendo gentil e eu fui insensível.

Soraya não respondeu de imediato. Mirou os próprios pés, isso estava virando quase um tique, para se desviar do olhar de Simone. Mas então ela a chamou. Chamou-a daquele jeito que às vezes a chamavam na faculdade.

— Vamos, Yaya... Me perdoa?

— Yaya? — perguntou, rindo. — Eu nem me lembrava mais desse apelido.

— Já eu nunca poderia esquecer o apelido da minha melhor aluna.

— Melhor aluna... Você disse aquilo só porque estávamos em rede nacional. E me pegou completamente desprevenida.

— Claro que não! Você era muito aplicada, inteligente. Nunca me decepcionou. Quem dera todas as pessoas fossem como você.

— Esse é seu jeito de conseguir uma desculpa?

— Depende. Funcionou? — E lá estava o sorriso doce que derrubava qualquer barreira de Soraya.

Então fez um gesto afirmativo com a cabeça, o que fez Simone sorrir ainda mais.

— Você me acalma em meio a essa agitação toda, Soraya. Não posso ficar afastada de você — confessou, tocando com carinho sua mão.

Não sabendo exatamente como agir, Soraya no entanto se afastou, pegando a garrafa de whisky sobre a mesa de centro e dizendo que iria abri-la.

Quando retornou à sala, com a garrafa aberta e dois copos, não sabendo muito bem a respeito do que falar, foi pelo caminho que parecia mais seguro:

— E seu marido? Como está? — perguntou ao se sentar ao lado da convidada inesperada.

— Bem, eu acho. — Pensou se deveria revelar a verdade, e então disse de uma vez, antes que desistisse: — O motivo pode parecer besteira, mas ontem eu menti para você. Ele não veio me ver. Na verdade, estamos em processo de divórcio.