Capítulo 27

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Nota que era pra eu ter colocado no capítulo anterior, mas esqueci:
Ai Madalena você sumiu, o que que você está fazendo? EU ESTOU TRABALHANDO

Brincadeiras à parte, eu realmente estou com o tempo limitado por conta do trabalho, por isso às vezes calha de eu demorar para atualizar. Perdão! Mas não tenho como controlar meu fluxo de trabalho 😭

Esta é uma obra de ficção, feita por fã e sem qualquer relação com a realidade.

Foi ao chegar em casa e procurar pelo celular dentro da bolsa que Soraya se deu conta de que aquele, embora idêntico, não era o seu. Viciada como era, primeiro ficou atônita por não poder acessar suas redes sociais. Surgiu somente depois a preocupação de que nele havia informações acerca não apenas de uma senadora da república, como também de tantos outros políticos.

E para além da vida pública, percebeu em choque, a vida privada. Simone... Seus olhos se arregalaram com a possibilidade. As mãos tremiam, estava para hiperventilar, tinha que ligar o notebook, avisar sua assessoria, avisar Simone, convocar uma reunião de emergência. O telefone em suas mãos tocou, trazendo-a de volta à realidade.

Na tela, a foto de uma adolescente e o nome Filha.

Hesitante, ela atendeu.

— Senadora Soraya?

— Sim.

— Me chamo Camila. Trocamos os celulares, a senhora deve ter percebido.

— Quase infartei, pode ter certeza de que percebi. Preciso do meu celular de volta!

— E garanto à senhora senadora que também preciso do meu. Dependo dele para trabalhar. Podemos fazer a troca amanhã pela manhã?

Estava tão aflita com a falta do aparelho que, em vez de cogitar mandar algum funcionário ir buscá-lo, disse que ela mesma iria.

Combinaram então de se encontrar no mesmo café onde Soraya estivera naquela manhã.

Ao fim da ligação, Soraya respirou aliviada com a quase resolução do infortúnio. Precisava do celular como se ele fosse o próprio ar. Tanto que naquele momento, sem ele, não sabia nem mesmo como proceder. Decidiu, por bem, tomar um banho e depois ler algum material que estivesse pendente - só assim, trabalhando, ela conseguiria passar horas acordada sem o aparelho.

Usando um pijama de cor creme, ela se dirigiu ao seu escritório carregando consigo todo o material que antes estivera no carro e juntou-o com outros que estavam sobre a mesa.

Sentada enquanto se organizava, viu passar por entre seus papéis o livro que Fairte havia lhe entregado.

Vendo aquele livro, tocando-o, era como se a própria Simone estivesse consigo. Sorriu ao notar que era engraçado pensar agora, tantos anos depois, em como elas haviam se aproximado.

Soraya chorava de soluçar dentro da cabine do banheiro, e alguém do lado de fora, se solidarizando com seu estado, passou por debaixo da porta um punhado de papel toalha, que ela pegou sem hesitar e sem agradecer.

Quando decidiu sair, esperando que o banheiro já estivesse vazio, encontrou a responsável pelo seu choro encostada à pia, enxugando as mãos.

Envergonhada e hesitante, com o rosto vermelho e olhos molhados, ela se aproximou da pia e, enquanto lavava as mãos, procurou pelo olhar da outra.

— Obrigada — disse, referindo-se ao punhado de papel toalha.

— Disponha. Mas o que aconteceu? Por que está chorando?

— Você ainda pergunta? — questionou, com os olhos ficando novamente chorosos e os lábios curvados para baixo, não se importando em usar você com a professora, afinal tinham quase a mesma idade. — Eu tirei cinco na prova da sua disciplina. Meu pai vai me matar. Eu sou tão...

Pela Nossa Nação - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora