Capítulo 19

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Nota: Após ler os comentários do capítulo anterior, fiquei de certa forma menos maluca-caótica-ansiosa, repensei e decidi manter os nomes. Porém, passados alguns dias da conclusão da fic, vou arquivá-la. É isso. Desculpem o surto 😭

Esta é uma obra de ficção, feita por fã e sem qualquer relação com a realidade.

Diziam as más ou boas línguas que o atual presidente apoiaria a candidatura de um candidato de centro nas próximas eleições. Mas como isso não era algo concreto, apenas um boato, o centro e parte da direita decidiu por bem formar alianças sólidas.

Havia uma grande discussão a respeito de como seria essa aliança, quem estaria à frente de quê, o que mudariam caso ocorresse um imprevisto.

Foi com grande entusiasmo, no entanto, que a aliança de fato se deu. Numa noite de quarta-feira quente.

Soraya chegou acompanhada do marido, mas não ficou muito tempo com ele, visto que era constantemente solicitada.

Tão solicitada que só já muito tarde que ela percebeu que ainda não tinha visto a amante, então correu a vista pela sala, encontrando-a num grupo grande formado majoritariamente por homens.

Quando a viu se afastar, foi até ela portando um prato com comida.

— Estou sem fome, minha querida. Obrigada — disse simplesmente, do modo mais polido possível; afinal, mesmo sem pessoas por perto naquele momento, estavam em público.

— Esqueceu quem é que manda nessa relação? — insistiu, ainda segurando o prato na direção de Simone. Já tinha reparado que quando estava numa rotina mais agitada Simone abdicava da comida.

— Manda, é? Não parecia que estava mandando ontem à noite — disse num tom muito baixo e simuladamente indiferente.

Soraya entortou o maxilar antes de responder:

— Pois saiba que se você não comer, eu não vou te dar mais nada para comer.

— Brava, né? — brincou Simone ao pegar o prato estendido.

— Para você ver. Viro onça.

— Tenho um comentário sobre isso, oncinha... mas vou nos preservar, visto que estamos em público, embora você pareça ter se esquecido. Aliás, poderíamos ir ao meu carro...

— Nem inventa. Você e seu carro de vidro fumê... — Balançava a cabeça negativamente enquanto falava. — Por pouco o Paulo não nos flagra aquela vez.

— O vidro é fumê, não mágico. Ele passou praticamente grudado no carro.

— Que seja. Não vamos arriscar de novo. Aliás, justamente por estarmos em público, gostaria de pedir para que você não olhe para a minha bunda quando eu me afastar.

— Você vai sair agora? Eu preciso saber para me preparar. Mas, ainda assim, devo lembrá-la de que você é a pessoa que não sabe disfarçar, não eu.

Sem dizer mais nada, Soraya se foi, fazendo charminho.

E por mais que não olhar para Soraya fosse uma provação para Simone, ela foi obrigada a não olhar, sobretudo porque logo o presidente do partido veio ao seu encontro, chamando-a para uma reunião em particular.

Uma reunião que mudaria tudo.

Pela Nossa Nação - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora