Capítulo 10

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Esta é uma obra de ficção, feita por fã e sem qualquer relação com a realidade.

Estavam deitadas no sofá, somente trocando carícias e nada mais. Porém carícias essas que eram dadas e recebidas de modo tão natural que parecia que sempre estiveram ali.

Num desses toques amorosos, Simone, enquanto tocava sua cintura, beijou delicadamente a nuca de Soraya, causando nela um arrepio quente que percorreu toda a sua espinha. Para disfarçar, ela se virou, ficando de frente para Simone; seus rostos tão próximos que ela aproveitou para roubar vários selinhos molhados.

— Gostaria de poder te prender aqui — confessou, num tom que partiu o coração de Simone.

— E eu ficaria presa sem resistência alguma, minha querida. Isso eu garanto a você.

— Você precisa mesmo ir?

Simone olhou com carinho para Soraya, que nem parecia a mesma de meia hora atrás, assustada, arredia. Tinha receio pelo que viria a partir dali (a própria Simone também tinha), mas estava agora mais leve, como se um peso enorme tivesse sido tirado de suas costas.

— Amanhã ainda tenho muitos compromissos. Além disso, preciso me preparar, digo psicologicamente, para voltar à minha cidade — lamentou Simone. — Minha equipe deixou tudo pronto para que eu passe lá esses últimos momentos antes da eleição. Com a minha família...

— Claro... — concordou Soraya, sentindo-se uma tola.

Concorriam a um cargo de importância e, mesmo que não tivessem chances de ganhá-lo, tinham compromissos inadiáveis para com seus partidos e aliados. Não havia possibilidade alguma de que passassem mais tempo juntas.

— Mas eu te mando uma mensagem assim que pegar o voo e assim que estiver em casa — disse Simone, quando ambas estavam já em pé, indo em direção à porta.

— Só se você tiver tempo. Não estou te cobrando esse tipo de coisa.

— Eu sempre terei tempo para você.

— Não prometa coisas que não pode cumprir. Teremos muitos compromissos e...

— E se eu não puder — a interrompeu com um sorriso no rosto —, saiba que estarei pensando em você.

Soraya deu um sorriso envergonhado, então disse:

— Você é muito boa com as palavras, não à toa vai passar o coronel, eu tenho certeza.

— Estou confiante. Veremos amanhã. Mas a projeção nacional que era o que queria, eu consegui. Não somente eu, você também e se saiu muito bem, minha querida. — Chegando à porta, acrescentou: — Agora beijinho antes de eu ir.

Soraya a segurou pelos ombros. Simone a abraçou, correndo as mãos pelas costas dela. Como era mais baixa, precisou levantar um pouco os pés, ao passo que Simone precisou se inclinar ligeiramente.

Se despediram com a certeza que de se gostavam muito, que havia ainda muito a ser discutido, mas que, por ora, não pensariam em nada senão na recém quase compreensão de seus sentimentos.

Pela Nossa Nação - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora