14:57
Após mais alguns minutos de caminhada, chegaram a um grande mercado. Estava bem movimentado devido a data festiva, nem S/n, nem Levi gostavam de lugares assim, mas as vezes era necessário encarar.
- Posso segurar sua mão? - Ele não conseguia olhar para S/n.
- Claro que pode. Desde quando você é tímido?
- Não é timidez, só não quero brincar com o perigo - Olhou para S/p.
- Ele não vai nos matar por andarmos de mãos dadas... Eu acho.
S/m entregou uma pequena lista para S/n e Levi, com coisas que eles deviam procurar. Combinaram de se encontrar no caixa em 15 minutos e logo se dividiram.
- Odeio esse lugar, que barulhento. - S/n reclamou, abraçando o braço de Levi.
- Vamos terminar isso logo, assim poderemos ir embora.
- Nunca me senti tão motivada.
O mercado estava bastante movimentado e Levi segurava firmemente a mão de S/n. Finalmente, chegaram num corredor quase vazio e pegaram algumas coisas que estavam na lista.
- Agora só faltam essas duas. - Levi apontou para o papel.
Ele aproximou-se de S/n e beijou a testa dela, buscando aliviar toda aquela situação chata, e barulhenta. Ela sorriu, ainda achando impressionante esse lado fofo de seu namorado, por mais que seja algo simples.
15:03
- Achei! - A garota que estava na outra ponta do corredor fala animada.
Os dois estavam a uns metros de distância, em meio as pessoas que iam e vinham uma moça se aproximou de Levi e tentou puxar assunto:
- Oi.
- ... Oi.
- Você não é daqui, né?
- Não.
- Me chamo Vitória, e você? - Levi finalmente olhou para o lado para ver quem era essa pessoa e avistou uma garota sorridente de cabelo longo e cacheado.
- Levi.
- É um nome bonito.
- Obrigado.
- Também veio comprar coisas para a ceia? Eu adoro o natal.
- Exato. Faz muito tempo que não comemoro, estou ansioso.
- A melhor parte sãos os presentes.
- Presentes... - Ele busca algum acontecimento do tipo em sua memória. - Eu deveria te agradecer.
- Pelo quê?
- Eu estava quase esquecendo de comprar um presente para a minha garota.
- Então você tem namorada?
- Sim, ela tá ali na frente. - Apontou para S/n. - Ficou com a pior parte, pelo visto tá difícil achar o queijo que a S/m pediu, no meio daquele monte de queijos.
- Ela é muito linda. Vocês formam um casal maravilhoso.
Por alguns instantes, qualquer um podia jurar que Levi havia corado. Mas logo isso não passou de uma minúscula lembrança.
- Você poderia me ajudar a pensar em algo para comprar de presente?
- Deixe-me pensar... Que tal alguma pelúcia? No geral, é um bom presente.
- Interessante, mas é tão difícil escolher... Nada parece bom o bastante para o meu amor. - Queixou-se.
- Te entendo perfeitamente. - Riu. - Mês passado foi aniversário da minha namorada e foi muito difícil escolher algo. Mas, sabe? Você poderia escrever algo e colocar junto do presente, assim fica mais especial.
- É uma ótima ideia, mas não sei se me sairia bem.
- Apenas deixe fluir e pense no que sente quando está com ela.
- Você parece ser muito romântica, sua namorada deve gostar muito disso.
- Acho que todos tem um pouco de romance no fundo, mas ela sempre fala disso mesmo.
- Mais uma vez, muito obrigado pela ajuda.
- Não foi nada, mas com certeza devíamos agradecer por nenhum de nós estar solteiro numa data como essa.
Em meio ao barulho, S/n, que estava indo em direção a Levi, apenas ouviu uma palavra, que foi bem marcante para ele.
- Solteiro? Será que aquela garota está perguntando se o Levi tá solteiro...? - Pensou alto. Viu que Levi estava rindo junto com a garota e sentiu uma pontada de ciúmes.
- Definitivamente, é uma sorte ter alguém pra te bajular em datas festivas.
- E poder bajular também é ótimo.
- Os dois lados da moeda são maravilhosos, fazem até a gente esquecer que tem parte ruim.
- Tudo tem uma parte ruim, mas nesse caso, a parte boa supera.
- Eu me sinto o cara mais feliz do mundo.
- Aí é que você se engana, eu que sou a mais feliz do mundo!
- Nada disso, eu que sou.
S/n aproximou-se de Levi, envergonhada, e ele a abraçou pela cintura, com seu braço direito.
- Eu já tava ficando com saudade. - Afirmou para a garota que sorriu desconcertada.
- Não é minha culpa se esse queijo tem um nome tão estranho.
- Desculpa por não ter ido te ajudar, é que acabei fazendo uma amiga. Essa é a Vitória.
- Oi, é um prazer te conhecer de perto. O Levi já tinha me mostrado você de longe.
- É ainda mais linda de perto... - O garoto falou baixinho, sorrindo.
- Você parece sério, mas é todo carinhoso com ela, que clichê. - Riu.
- Você não tem o direito de falar porque é muito pior.
- Mas você sempre me surpreende. - S/n comentou. Sentiu-se aliviada por ver que a situação não era nada do que ela imaginava.
- Só porque adoro suas reações. Já ia me esquecendo, apresentei ela pra você, mas esqueci do resto. Vitória, essa é a S/n.
- Acho que é um pouco tarde, mas tudo bem.
- Tarde até demais. - S/n riu de Levi que ficou envergonhado.
- Bom, eu preciso ir.
- Nós também, ainda temos que encontrar meus pais lá no caixa.
- Ótimo, então vamos juntos.
Os três foram conversando todo o trajeto e S/n ficou totalmente aliviada ao ouvir Vitória falando de sua namorada. Antes de se despedirem, trocaram informações de contato para poderem conversar mais, depois.
- Aquela garota é bem legal. - Falou para Levi que estava distraído.
- Achei estranho porque ela chegou em mim do nada, mas só estava querendo pegar algo do meu lado. Acho que ela quis ser educada.
- Educada... Pelo menos ela é comprometida.
- Ficou com ciúmes? - Ele riu, embora não pudesse negar que saber que S/n se sentiu assim deixou-o encantado.
- Sim, não vou negar. Mas agora tá tudo bem.
- Não precisa ter ciúmes, meu amor. Você sabe que sou só seu. - Segurou o rosto de S/n que olhou para o chão, tentando esconder seu rosto corado.
- Que raiva, se não estivéssemos em público eu ia te abraçar até meus braços doerem. E talvez fazer mais que isso...
- Pode fazer isso depois. E eu vou cobrar, viu?