CAPÍTULO 37| Viagem

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06:23

- Odeio acordar cedo. - S/n chegou na cozinha, de mal humor. 

- Bom dia pra você também. - Levi estava sentado tomando um pouco de café, enquanto via a previsão do tempo.

- Já fez o café? Você é rápido, ein?

- Vê se pega um pouco da minha rapidez porque a gente não pode se atrasar.

- Ainda é cedo, se acalma.

- Estou perfeitamente calmo, mas sei que se der mole você vai perder todo o tempo fazendo literalmente nada e acabar se atrasando.

- Você me conhece tão bem que dá medo.

- Não é exatamente difícil conhecer alguém que convive comigo todos os dias...

- Realmente.

A garota sentou-se à mesa e tomou café ao lado de seu namorado. Depois disso, foi para o quarto arrumar seu cabelo, que ainda estava enrolado na toalha de uma forma bagunçada.

- Aja paciência pra arrumar essa desgraça - Falou, segurando seu creme de pentear

- Não fale assim, eu adoro o seu cabelo.

- E eu adoraria se você não aparecesse do nada...

- Dessa vez foi só pra não perder o costume e também, pra te admirar um pouquinho. - Aproximou-se por trás de S/n e deixou um beijo leve no pescoço da mesma que não conseguiu evitar um arrepio que tomou conta dela.

- Admirar o quê? Eu tentando domar o meu cabelo?

- É engraçado.

- Se veio pra rir da minha desgraça, pode ir saindo!

- Nunca, eu vim te ajudar. Me dá isso aqui. -  Pegou a escova que estava na mão esquerda de S/n e começou a desembaraçar o cabelo dela.

- Não tá esquecendo de nada não?

- Verdade...

Após sentir o doce aroma do creme que ele tanto adorava quando estava nas madeixas da garota, Levi espalhou cuidadosamente um pouco pelo cabelo dela e continuou desembaraçando.

- Posso saber o motivo de você ter ficado tão atencioso do nada?

- Nem eu sei, só deu vontade.

- Pois que essa vontade permaneça.

- Também não abusa...

- Era brincadeira, ou talvez não...

- As vezes você me faz pensar que se eu desse um passo falso seria escravizado...

- Eu não sou tão desumana. 

- Menos mal, por acaso você me ama mesmo ou só quer minha serventia aqui?

-  Deixe-me pensar... - Levi se surpreendeu com a resposta, mas permaneceu em silêncio. - Claro que te amo! Não precisa nem perguntar.

- Desconfio

- Vou escrever "eu te amo" num tijolo e jogar na sua testa. 

- Sua delicadeza supera minhas expectativas. - Brincou.

S/n riu baixinho e logo um silêncio se instalou no quarto.

- Terminei. - Ele alongou os braços. - Tô sentindo meu braço mais musculoso. 

- Se fizer isso todo dia vai virar um anão bombado. - Zombou.

- Não vou nem comentar. Vê se cuida logo, a gente tem que sair daqui a pouco.

Levi Neko ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora