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Aquele garoto estar sorridente já era de se estranhar, mas, além daquele sorriso bobo extremamente fofo, as vezes ele também exalava ansiedade. S/n percebeu que de vez em quando, aquela mão que estava encaixada na sua ficava trêmula, mas decidiu não comentar nada sobre.
Após mais alguns poucos minutos, chegaram num parque público. O lugar tinha um gramado maravilhoso e tudo lá era aconchegante. Algumas pessoas caminhavam, outras brincavam com seus animais de estimação. Havia algo que todos tinham em comum, a paz por estar naquele belo lugar.
- Aqui é mais interessante do que eu pensava. - Levi ficou encantado com a natureza exuberante do local.
- Quando eu morava com os meus pais não tinha nada assim... Igualzinho as escolas que só passavam por reformas quando eu saía.
- Pelo visto sua sorte é negativa. Riu.
Aqueles raios de sol que iluminavam seu rosto deixavam-no ainda mais belo. S/n observou-o com toda a atenção do universo, buscando guardar aquela cena em sua memória até o fim dos tempos.
- É melhor procurarmos um lugar mais silencioso. - Propôs.
Ainda presa em seus doces pensamentos, S/n apenas concordou com a cabeça e seguiu Levi até a sombra de uma enorme árvore. Observando aquele tronco marrom escuro, ela lembrou daqueles clichês de filme onde o casal fazia um coração com suas iniciais. Mas jamais faria esse tipo de coisa, seria machucar a árvore, e ela não queria que isso acontecesse.
- Pode me ajudar a organizar? - Pediu, envergonhado.
- Claro.
Suas mãos se encontravam as vezes, os rostos continham um tom avermelhado. Como as folhas das árvores, seus cabelos faziam-se esvoaçantes durante as leves brisas que passavam. Quem passava por ali não podia deixar de admirar o jovem casal.
- Terminamos! - S/n sorriu ao ver o ambiente todo organizado, que parecia ainda mais romântico agora.
- Está com fome?
- Pra falar a verdade, não. Não faz muito tempo desde que almoçamos.
- Ok, então apenas fique quietinha aí.
Com o celular na mão, Levi começou a procurar um bom ângulo para uma foto. S/n tentou se esconder pois não queria ser a única a sair na foto. Depois de muita insistência eles concordam em tirar uma selfie juntos, ou talvez várias.
- Você sempre sai linda em todas, é até uma injustiça.
- Eu? Até quando você sai com os olhos fechados fica maravilhoso!
- Temos perspectivas diferentes sobre isso.
- Não reconhece a própria beleza? Precisa de um óculos?
- Prefiro reconhecer a beleza ao meu redor, isso sim é maravilhoso.
- Poeta.
A garota usou suas duas mãos para acariciar o cabelo de Levi e as vezes, bagunçar um pouco. Mas sempre arrumava em seguida. Ver ele fechando os olhos sentindo-se relaxado com aquelas carícias era encantador. S/n sentiu-se tentada a sorrir a todo momento.
- Que fofinho.
Apertou as bochechas dele e desta vez, ele não reclamou, apenas continuou sorrindo. Por um momento, os olhos dele percorreram os arredores. Antes que S/n pudesse questionar aquela atitude repentina, viu as orelhas de gato, que a muito tempo não via, aparecerem sobre a cabeça do garoto.