Vinte e um

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Jungkook ponderou um pouco, não por receio em falar sobre, mas sim, sobre como começar.

Falar sobre isso o deixava pensativo, apenas. Ainda se sentia meramente culpado mesmo que todos digam o contrário.

— Meu filho obviamente envelhecia, porque era humano, e não imortal com a mim. — Dissera, pensativo. Jimin apenas assentiu. — Eu nunca quis transformar ele e nem ele queria também. Mas isso fez com que ele naturalmente fosse mais fraco, vulnerável, e a cada tempo que passava e a idade vinha, as complicações também.

Jimin já soube onde que essa história iria chegar e sequer havia passado em sua mente de que fosse algo assim, a ver com a família do Jeon. E nem imaginaria também de que tal guardava esse sentimento de culpa por algo assim.

Apesar de não demonstrar pesar em falar sobre, naqueles bonitos olhos azuis haviam mágoas. Possivelmente de si próprio.

Jungkook, mesmo que não fosse humano, era bem mais legível do que muitos mortais. Já que os vampiros têm famas de não terem sentimentos reais, entretanto, Jungkook os tinha e deixavam-nos bem legível em sua feição, quebrando qualquer padrão de vampiro que o Jimin havia posto na sua mente. Cada um que olhasse diretamente para si poderia notar, bastava um segundo.

E ali, Jimin via que ele estava não num momento de vulnerabilidade, mas sim, apenas recordando-se de um passado que o trazia mágoas. E profundas.

— Ele acabou tendo pneumonia. E acabou não resistindo, quando tinha sessenta e nove anos. — Não enrolou mais para dizer, sorrindo quebrado ao Jimin, quem o olhava direto e sério, controlando-se em não derramar lágrimas, querendo, mesmo que por muito pouco, ser o forte entre os dois ali naquele momento. — Se eu tivesse cuidado dele melhor... acredito que ele estaria vivo. Mas não. Descuidei. E ele acabou...

— Ei... — Jimin cortou-lhe, negando veemente com a cabeça. Suas mãos foram até às gélidas do ser imortal, segurando-as carinhosamente. — A culpa não foi sua. Você não poderia o proteger dessas coisas. Humanos ficam doentes, Jungkook. Infelizmente não somos tão fortes como vocês... — Murmurou, baixo.

— Eu sei que não são. Mas eu tomasse mais cuidado com ele, ele poderia...

— Não, não poderia. Ele é um humano e obviamente não pode adiar a morte para nós. — Dissera, fazendo o vampiro olhar-te, assentindo, pondo a sua língua ao lado de sua bochecha. Jimin sorriu para ele, fracamente. — Eu tenho absoluta certeza de que ele está te olhando lá do céu e apenas agradecendo por ter tido um pai incrível como você.

— Ele dizia que queria ir ao inferno. — O vampiro sorriu nostálgico. — Eu disse que vampiros são condenados ao inferno e ele disse que iria ficar lá comigo, porque queria ficar junto do papai. — Ambos sorriram.

Jimin negou-se brevemente com a hipótese, dando de ombros e assentindo, olhando ao chão diretamente e pensativo sobre isso que o Jungkook disse.

— Eu te conheci há pouco tempo, mas eu pude ter uma noção do que você é. E você é incrível. Cuida muito bem de mim... e eu tenho certeza que cuidou muito bem dele também. — Disse, lentinho.

Os olhos foram conectados mais uma vez, fazendo tanto o Jungkook quanto o Jimin ficarem sérios um ao outro e serem incapazes de piscar. Ficaram vidrados naquele olhar que apenas um sabia dar ao outro. Apenas eles.

Jungkook não poderia descrever a sensação boa de que estava emanando de seu corpo com aquela conversa com o humano. O fazia se sentir com o coração nervoso de uma maneira boa, quente, até quase como se estivesse vivo.

Aquela sensação era muito boa. Ele queria sentir mais dela.

Porém, o vampiro quebrou aquele contato visual, olhando depois para qualquer outro ponto do cômodo, sorrindo sem mostrar os dentes ao loiro, quem parecia estranhamente tão nervoso quanto ele.

— Obrigado por isso. — Falou, com sinceridade.

— Não precisa disso. Não é um favor. — Jungkook sorriu ladinamente, reconhecendo aquelas falas sendo como suas. Jimin piscou para si, ardiloso, levantando-se.

Jungkook olhou para as mãos de ambos que estavam sendo afastadas e sentiu falta daquela gostosa quentura alheia, porém, conteve-se de falar alguma coisa. Mantendo-se ali, quieto, vendo o rapaz espreguiçar-se ao seu lado.

Lembrou de que haviam o que fazer amanhã, e isso é, registrar o Jimin, comprá-lo como seu.

Ele odeia a ideia em comercialização que existia, porém, infelizmente, as coisas acontecem dessa forma. E se ter o Jimin para si sem mais riscos, quer dizer passar por este sistema sujo no qual os vampiros dominam, ele não reclamaria.

Com a morte do líder do clã de seu ex-esposo, sendo o único vivo e com direito a receber toda a riqueza, nunca soube o que fazer com tanto dinheiro na sua vida. E nem o interessava. Porém, uma vez na vida, isso lhe seria útil, e o livraria de uma baita dor de cabeça futuramente.

Bufou ao Jimin, baixo, deixando com que o humano descansasse ali pela noite para que pudessem sair cedo.

E, sim, levaria o humano consigo. Não o deixaria mais sozinho por um segundo sequer.

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E aaaaai

Prontos para os próximos capítulos?

E eu sei que estamos no cap 21 e nem um beijo ainda aconteceu, mas digo-lhes de que não está longe não, ok? Mas aguardem mais um pouco e se preparem pq pelo o q eu tô planejando será UM BEIJO BEM DADO

N esqueça o fav ♥️

Obrigada por lerem e beijinhos ♥️

Lua de Sangue • JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora