Capítulo 2

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Giovanna

Comecei a ter uma queda por Luca nos meus quinze anos. Estava na adolescência e já entendia esse sentimento de atração entre duas pessoas. Ele nunca me deu bola, também nunca aparecia muito nos eventos da máfia. Sempre muito fechado e misterioso. Lembro dele aos dezoito, eu tinha oito anos. Ele era muito alegre e simpático, brincava comigo as vezes. Depois de seu acidente, Luca se transformou em outra pessoa. Não socializa muito e quase não vai a eventos. Só quando se tornou subchefe que voltou a frequentar alguns locais por obrigação.

Fiquei surpresa quando descobri que tinha namorada. Ela loira e alta, muito bonita. Me senti insegura, porque perto dela pareço uma criança que entrou na puberdade.

Depois da forma que Luca me tratou me senti um lixo. Eu tentei me aproximar e ser simpática, mas ele basicamente me ignorou e foi mal educado. Eu desisto, não vou deixar ele pisar em mim. Se ele não me quer por perto, ok. Farei esse favor pra ele.

Ainda mais que hoje começo minha faculdade, na Universidade de Chicago. Vou conhecer pessoas novas e quem sabe ir as festas, se meus irmãos permitirem. De todos eles, Paolo é mais chato. Claro, do jeito que ele coleciona mulheres, não quer que façam o mesmo comigo. Tem muitos caras como ele por aí.

- Vamos, sorellina. - Paolo aparece na porta do meu quarto. Ele que vai me levar para a faculdade. Só na primeira semana, depois vou com o motorista.

- Vamos, estou pronta. - visto um casaco, estou de blusa branca, calça jeans e um all star preto

Chegando lá, meu irmão sai do carro e abre a porta pra mim. As meninas que estavam passando olham para ele e soltam risadinhas. Ele dá um sorriso sedutor e elas retribuem. Depois se vira pra mim e diz:

- Cuidado com esses moleques, eles não são para uma princesa como você.

- Moleques tipo você? - provoco.

- Exatamente. Quer que eu te acompanhe até a sala?

- Precisa não, Paolo.

- Eu te busco mais tarde. Ciao, Gio! - me dá um beijo na testa e eu aceno.

Vou em direção as salas e procuro a 112 do professor Smith, de antropologia e sociedade. Estou fazendo psicologia, mesmo que na Família eu não possa trabalhar, quero estudar e ter uma formação pelo menos.

Sento no meu lugar e espero a aula começar. Duas pessoas sentam ao meu lado, olho e vejo um rapaz de uns 20 anos, alto e de origem latina. E a menina é negra, linda e com tranças no cabelo.

- Oi, podemos nos sentar aqui? - ela pergunta.

- Claro, fiquem a vontade.

- Prazer, sou Emily.

- E eu sou o Tyler.

- Sou Giovanna, mas podem me chamar de Gio. - aperto a mão de ambos. Conversamos um pouquinho e o professor chega na sala.

Estamos na cafeteira perto da universidade conversando muito

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Estamos na cafeteira perto da universidade conversando muito. Emily e Tyler são muito legais, foi conexão instantânea. Eles estudaram juntos no ensino médio e resolveram fazer o mesmo curso. E Tyler tem bolsa de atleta, ele joga futebol americano, nos convidou para o jogo que terá semana que vem.

- Tyler correu pelado por todo o campo de futebol. - Emily está contando quando ele foi pego transando com uma menina no armário do zelador e teve que sair correndo, porque o irmão dela queria matá-lo. Solto uma gargalhada alta.

- Tá bom, chega de histórias sobre mim. Não sou mais esse moleque. - ele diz sem graça olhando pra mim. - Estou em busca de um relacionamento.

- Coitada sua futura namorada.

- Tenho pena do seu namorado também.

- Ai, gente. Faz um tempo que não me divirto assim. Tenho que ir agora, meu irmão tá esperando.

- Te acompanhamos. - Tyler diz.

Vamos para a fachada da universidade e Paolo está lá, encostado no carro, mexendo no celular.

- Seu irmão é Paolo Manginello? - Emily pergunta. Meu irmão é muito conhecido na mídia por ser empresa e pelas mulheres com quem sai, normalmente modelos e atrizes. Aceno com a cabeça. - Tua família é famosa, hein.

Nos aproximamos e Paolo ativa seu modo cafajeste.

- Por que não apresenta sua nova amiga pra mim, Gio? - olhando para Emily.

- Posso falar por mim mesma. Sou Emily e comprometida.

- Que pena. Poderíamos nos divertir. - puxo meu irmão em direção ao carro para não passar mais vergonha.

- Tchau, gente. Falo com vocês depois. - eles acenam pra mim.

Paolo me deixa no clube, está de tarde ainda, então não abriu

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Paolo me deixa no clube, está de tarde ainda, então não abriu. Leo, meu irmão mais velho, quer conversar sobre meu primeiro dia na universidade. Passo pelo local, mas antes vou pegar uma água. Quando chego no balcão, dou de cara com a loira namorada do Luca. Merda.

- Boa tarde, senhora Manginello. Posso ajudar? - ela diz simpática. Além de bonita, é legal. Não tem como odiá-la.

- Pode me chamar de Gio. Eu vou querer uma água sem gás, por favor.

- Claro, só um momento. - enquanto aguardo minha água vejo uma moça baixa, gordinha e muito bonita chegar. Stefania aparece com minha bebida. - Aqui está. Oi, amor, chegou cedo. - ela diz olhando para a mulher e depois se beijam. Tomo um choque. Achei que ela namorava Luca, mas lembro que ele nem confirmou ou negou quando comentei. Eu apenas presumi. Meu coração se enche de felicidade. Agradeço a ela e vou quase saltitando para a sala do meu irmão.

Sempre fui Seu - Série Irmãos Manginello (Livro 2) / EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora