Sempre fui Seu - Série Irmãos Manginello (Livro 2) / EM REVISÃO

Capítulo 5

Luca

Venho ao noivado de Leonardo por obrigação e também por ser meu amigo. Ele está completamente apaixonado por Marina e fico feliz por ele. Também não deixo de sentir uma invejinha por ele poder viver o amor dele sem medo de ser feliz. Cumprimento os Manginello e procuro por meu amigo. Vejo meus pais e minha irmã um pouco afastados. Ela finalmente caiu em si que Leo não quer nada com ela, tive até expulsá-la da boate por ter jogado bebiba em Marina. Agora ela parou de incomodar e está mais na dela.

Finalmente encontro Leonardo que está andando de um lado pro outro nervoso.

- Está ansioso?

- Dá pra notar? - solto uma risada e aceno. - Não vejo a hora dela chegar. Estou completamente apaixonado por Marina e preciso dizer isso a ela.

- Fico feliz que tenha encontrado o amor, amigo.

- Foi a melhor que coisa que me aconteceu. Antes de Marina eu só sobrevivia e agora eu sinto que vivo intensamente.

Quando ele diz isso suas palavras me atingem em cheio. É exatamente o que acontece comigo, eu sobrevivo dia após dia. Leo se afasta e fico parado pensando no que ele disse. De repente ouço um burburinho, vejo pessoas cochichando e observo o local para descobrir o que é.

Olho para o topo da escada e tomo um choque. Minha respiração está ofegante e me sinto hipnotizado. Giovanna está com um vestido longo, justo que mostra curvas que não sabia que ela tinha e um fenda que mostra suas pernas. Que mulher é essa? Estou de boca aberta e não consigo parar de olhá-la, quero devorar ela. Nosso olhares se encontram e não conseguem se desviar. Quero me aproximar dela e segurar na sua cintura dizendo que pertence a mim. Quando vou tomar uma atitude, um moleque aparece na minha frente e segura sua mão. Deve ser o filho da puta do namorado. Um balde de água fria cai na minha cabeça.

Quer saber, vou tacar o foda-se. Não vou deixar que um moleque remelento fique com minha menina. Foda-se insegurança e foda-se cicatrizes. Hoje Giovanna Manginello será minha, ou eu não me chamo Luca Marconi.

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Meu amigo e sua noiva foram embora depois de discursarem e tudo mais. Até imagino o porquê. Procuro Gio entre os convidados e não a encontro. Nem ela nem o garoto. Minha mente imagina coisas que não quero. Vou em direção ao jardim e tento achá-los. Olho em direção ao gazebo e a cena que vejo me enche de fúria.

O idiota está indo beijar Gio que está confusa e não sabe o que fazer. Filho da puta do caralho. Sem pensar corro em sua direção e o empurro. Ele me olha com raiva e diz:

- Qual é o seu problema cara?

- Meu problema é você, porra. Quem você acha que é para chegar aqui e tentar beijar Giovanna?

- E quem é você? Você é alguma coisa dela? Acho que não, então se eu quiser transar aqui agora não será você que vai me impedir.

Não penso duas vezes e dou um soco na cara dele. Ele cai no chão, levanta rápido e tenta me bater, mas eu desvio. Vou para cima dele, porém Gio se coloca entre nós e grita.

- Parem, por favor. Chega. - ela olha para o moleque e diz. - Tyler vai embora, por favor. E só pra deixar claro eu nunca transaria com você e muito menos te beijaria aqui, nem e nenhum lugar. - ele ia responder, mas Gio aponta pra fora e o moleque sai em seguida.

Ela olha pra mim irada como se quisesse me bater. Eu respira fundo e diz:

- Eu não te entendo, Luca. Passou anos me ignorando e me tratando mal. Agora quer vir aqui e dá uma de macho ciumento. Eu sei me cuidar, não beijaria Tyler. Eu o empurraria para longe e colocaria ele no seu lugar. Não preciso de você para me salvar. Fiquei 18 anos da minha vida sem você, não vai ser agora que vou precisar. - ela ia dar as costas, mas eu não permito. Seguro ela pelo braço e digo:

- Espera, por favor. Me desculpe, Gio, por ser um merda. Não culpa sua, é minha. Eu deixei meu passado controlar minha vida e me impedir de ser feliz. Eu apenas sobrevivia. Quero mudar, sei que vai ser um caminho árduo, mas eu quero tentar. - respiro fundo e tomo coragem. - Quando te vi na cerimônia, eu me encantei por você. Mas não queria te machucar por estar quebrado, então a solução foi te afastar. Me perdoe por isso. Vim aqui com intenção de te conquistar e quando vi aquele idiota com as mãos m
em você, vi vermelho. - ela se aproxima e coloca mão no meu rosto.

- Eu sempre gostei de você, Luca. Não tenho nada com Tyler. Ele é só um amigo da faculdade, não temos nada.

Seguro sua cintura e a puxo na minha direção. Nossos narizes se tocam. Mesmo com de salto alto ela é mais baixa que eu. Nossos lábios estão quase se encostando. Não aguento mais a distância e beijo Gio. Começa lento, vamos nos sentindo e aprendendo. Até que nossas linguas se encontram e o beijo fica mais sedento. Minhas mãos que apertam sua cintura, descem sua bunda gostosa e dou um aperto. Ela solta um gemidinho e eu rosno, apertando com mais força.

Nunca senti uma química tão explosiva quanto sinto com Giovanna. Na adolescência fiquei com algumas meninas e foi muito bom. Mas isso com Gio é outro nível de atração. Não é aquela coisa de hormônios da puberdade, e sim fogo e gasolina.

Paramos o beijo, nos olhamos e sorrimos.

- Esse foi meu primeiro beijo. - ela diz e meu eu possessivo ama.

- Sério? Nunca beijou ninguém?

- Só dei um selinho na minha vida. - penso logo no moleque e faço uma careta. - Não fica com essa cara. Você já ficou muitas mulheres e eu não reclamo, porque era solteiro.

Decido não comentar agora a respeito do meu celibato, porque ela iria perguntar o porquê e eu teria que falar das cicatrizes. Não é o momento.

- Não foram muitas, mas esquece isso. Vem aqui. - beijo Gio de novo, com as mesma pegada forte antes e ela fica louca. Segura meus cabelos e puxa, me arranha. Dou um chupão no seu pescoço para marcar. Foda-se, agora ela é minha. Sinto meu celular vibrar e já sei que é trabalho. Interrompo o beijo e vejo que é Antônio. - Tenho que ir, anjo. Depois conversamos melhor.

- Tá bom, Luca. Se cuida, tá? - damos um último beijo e vamos para dentro. Deixo ela em sua casa e vou para Lussuria Rossa ver o que Antônio quer.