Em tua pele...

455 42 26
                                    

Jacqueline acabara de se deitar, a noite seria longa e solitária. Seu marido havia saído para uma viagem repentina, talvez estivesse com outra mulher e ela só conseguia pensar nisso, mas não sentia nada diante de tais pensamentos, já não era mais como antes, os afetos já não existiam mais.
Sua filha também não estava em casa, saiu horas antes para uma festa e anunciou que dormiria na casa de uma amiga. Jacqueline apenas assentiu e pensou em aproveitar a noite sozinha, coisa que costumava ser raro para ela.

Pegou o celular e checou o cronograma da semana, era sexta a noite e ainda trabalharia no dia seguinte, mas era sempre muito organizada e não gostava de ficar com nenhuma pendência, não é atoa que era editora chefe da revista Scarlet.
Por fim, passeou um pouco pelas redes sociais, vendo fotos de algumas amigas distantes, poucos familiares e contáveis funcionários da Scarlet, quando se deparou com uma sugestão de amizade: Katherine LeBlanc. Jacqueline não exitou em bisbilhotar as redes da escritora, sabia tão pouco sobre ela e a mesma também não havia lhe dito muito, somente sobre o ex namorado sem noção.
Parou em uma foto de Katherine em uma provável viagem, um lugar lindo, mas que não superava a beleza da jovem reluzindo na luz do sol, Jacqueline sentiu um formigamento em seu estômago ao olhar minuciosamente o corpo meio exposto da jovem. Katherine estava com os cabelos soltos e levemente bagunçados pelo vento, usava um biquíni branco com detalhes pretos e duas pequenas correntes que uniam seus seios em círculos perfeitos. As pernas levemente à mostra, sendo parcialmente cobertas por uma canga.
A editora passou longos minutos admirando aquela foto, o corpo da jovem era belíssimo e a mulher só conseguia lembrar de suas palavras no escritório durante a tarde: "acho que qualquer pessoa se interessaria por você. Até eu...". As palavras ecoaram em sua mente e Jacqueline percebeu que queria ter ouvido mais, muito mais. Pensou nas pernas da jovem tocando as suas, enquanto seus dedos a acariciavam, a pele alva e tão macia... a mulher fechou os olhos e imaginou-se naquele sofá novamente, com ela ao seu lado.
Suas mãos não permaneceriam tão abaixo, queria subi-las cada vez mais, tocar mais de sua pele, sentir suas coxas e quadris, tocar sua cintura...
A foto que viu da jovem retorna à sua mente e se embaralha às memórias do escritório, Jacqueline sentiu sua intimidade pulsar ao imaginar suas mãos acariciando os seios redondos e médios da jovem, depositou sua mão em seus próprios seios, e apalpou-os levemente, soltando um suspiro em seguida, foi descendo aos poucos e agora visualizando Katherine ali em sua cama, deitando-se sobre seu corpo, pressionando seus seios contra os dela e tocando sua intimidade úmida, com a própria intimidade. Jacqueline sentiu uma onde de calor aumentar em seu corpo e desejou a jovem como jamais desejou outra pessoa, nem mesmo seu marido.
Sua mão correu por entre as pernas e seus dedos acariciaram suavemente sua intimidade ainda coberta pela lingerie, sentiu seu próprio calor, mas queria que fosse Katherine ali. Assim que seus dedos ameaçaram deslizar por entre seus lábios, a editora foi interrompida pelo barulho da campanhia, acordando-a de seus sonhos lúcidos e desejos pulsantes; só então se deu conta do que estava fazendo e imediatamente se levantou, vestiu um hobby e saiu caminhado em direção à sala, as pernas levemente bambas pelo desejo recém sentido, a intimidade ainda pulsando e úmida, implorando por toques, que não puderam ser dados.

Ao chegar a porta, o corpo de Jacqueline endureceu e sua face quase ficou pálida, Katherine se encontrava do outro lado da porta, segurando o que parecia ser um presente. A editora, profundamente desconcertada por minutos atrás estar imaginando uma cena íntima com a jovem, quase não conseguiu falar.

-Ka-Katherine...? O que faz aqui? Quer dizer... entre. - A mulher encontrava-se perdida em suas próprias palavras.

- Jacqueline, me desculpe. Eu não queria aparecer aqui de repente e tão tarde da noite. Mas não conseguia parar de pensar em você. - disse a jovem enquanto caminhava para dentro do apartamento.

A editora abriu os lábios levemente em surpresa. - mas... pensando o que, afinal...?

- Pensando em como foi gentil comigo. Realmente o meu tornozelo está melhor e graças a você. Você foi tão delicada e... - a jovem perdeu a fala por um segundo ao perceber o que a chefe vestia, um hobby de tecido fino, preto e com pequenos detalhes em renda. A faixa lhe abraçava a cintura e marcava suas curvas perfeitamente, ainda que estivesse com os braços cruzados, o decote era notável e a linha dos seios evidente. - é... eu....

Por trás de seus olhos Onde histórias criam vida. Descubra agora