Capítulo vinte

216 36 0
                                    

3 de junho de 1996:

Para Snape sumir por algum tempo era desgastante, mas para Leesa era apenas uma viagem banal. O homem de vestes pretas degustava um bom vinho na presença do fogo da lareira.

Ele pensava em tudo que fez durante essa guerra e para falar a verdade ele estava exausto. Exausto dessa guerra que nunca acabava em seu peito, se ele pudesse, ele fugiria dessa guerra e viveria feliz em algum lugar deserto, mas ele não poderia concretizar esse sonho.

Ele estava acabado, ele não queria acreditar que Dumbledore fez parte da morte de seu Lírio. Ele não queria deixar os seus pensamentos voarem naquela direção, mas sempre voltava e era desgastante demais para ele. Tudo era desgastante.

Ele continuava nutrindo amor pela Lily, continuava tendo o seu coração batendo por apenas uma mulher em toda a sua vida. Ele ainda tinha a missão de salvar Harry Potter e ele percebeu como Leesa o odiava.

Ele percebeu tanta coisa que não dava para contar ou pensar. Ele estava destruído e ele só queria terminar de beber o seu vinho, apenas isso.

Leesa... O que ele poderia dizer sobre a mulher do Lorde? Ele apenas a conheceu por um dia, talvez horas e já sabia de tanta coisa. Ele sabia que sua família foi morta, que ela era a quinta fundadora, ele também sabia que a relação dela com o Lorde era verdadeira.
Leesa era nobre, conseguia tudo que ela queria apenas com palavras e um sorriso.

Snape pensava que, quem realmente ganhou na batalha de amor entre Leesa e o Lorde, não foi o Lorde e sim, Leesa. Foi ela quem ganhou o coração e o sentimento do Lorde e não ao contrário.

Ela respeitava as opiniões e conceitos que cada um tinha, ela era diferente de uma certa forma, mas sua alma foi corrompida e nada poderia mudar sua opinião mesmo que sua opinião seja a mais absurda que todos tenham ouvido, ela faria você acreditar nela.

Snape iria fazer o que ela lhe pediu, ele viajaria e tentaria ver que lado da guerra ele estaria.

Ele se levantou e jogou o vinho de sua taça no fogo, fazendo que as chamas ficassem fora de controle por alguns segundos. Ele deixou a taça em uma mesinha e saiu de seu quarto indo até o escritório de Dumbledore.

Ele não tinha aula agora e isso o fazia relaxar, pelo menos por um minuto. Depois que ele conversasse com Dumbledore, ele pegaria alguns pertences e sumiria pelo menos um mês.

Severus subiu os degraus da escadaria que o levaria para o escritório de Dumbledore e abriu a porta sem nem mesmo bater.
Dumbledore já sabia que ele viria, ele sempre sabia.

Aquele velho continuava um enigma para Snape, parecia que tudo estava caminhando do seu jeito, mas Leesa entrou no seu caminho e agora quem era uma peça de xadrez era ele.

_ Achei que não voltaria, Severus, eu sei que você foi na casa deles.

Ele se sentou na cadeira e viu Dumbledore acariciar sua fênix, seus olhos estavam mais cansados do que Severus se lembrava.
Dumbledore estava preocupado, mas ele não contaria suas preocupações.

_ Eu fui e vi as memórias daquela menina, não sei como, Dumbledore, mas ela viaja no tempo como se fosse normal. Mas não vim aqui para falar disso, tentei ser leal novamente ao Lorde, mas ela foi mais rápida.

Sua atenção estava totalmente em Severus, ele queria descobrir algum ponto fraco da Leesa, mas nós já sabíamos, era a família.
Mas ela poderia muito bem voltar no passado e reverter a situação.

Eles até pediram o ministro para que quebrasse todos os vira-tempos existentes, mas ainda era um enigma para eles como ela voltava.

_ Me conte, Severus. O que ela te fez para estar assim?

A Garota de Tom Riddle (Versão DOIS)Onde histórias criam vida. Descubra agora