Capítulo cinco

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14 de junho de 1943:

Estava cansada, mas eu tinha que colocar alguma coisa na barriga ou eu morreria de fome. Saio do salão carregando o meu manuscrito nos braços e vou em direção do Grande Salão para almoçar.

_ Senhorita Granger. - Olho para trás e vejo um corvino, deveria ser do quinto ano.

_ Sim?

_ M-minha monitora disse que você dá aula de reforço para os alunos que estão precisando. - Balanço a cabeça concordando. _ A senhorita tem uma vaga sobrando? - Sorri para ele e andei até ele.

_ Qualquer aluno que estiver precisando de aula de reforço eu ajudarei com o maior prazer, até que eu saia da escola. - Ele sorriu para mim.

_ Obrigado, senhorita Granger, que horas eu...

_ Eu envio uma carta avisando quando o senhor poderá nos agraciar com sua presença. Até lá, estude um pouco sozinho, eu tenho que ir. - Ele mais uma vez agradeceu e eu me esbarro em Tom. _ Me perdoe, eu não o vi.

_ Aula de reforço? - Olho para ele e seus olhos eram muito bonitos, eram de um castanho quase verde.

_ Eu dou aula desde 1940 e isso é seu. - Entrego os três pergaminhos. _ Eu li tudo e escrevi um resumo, se o senhor tiver alguma dúvida apenas me fale. - Sorri para ele e ele olhou para os meus lábios e eu os mordi.

_ Não morda os lábios, isso poderá machucá-los. - Disse colocando seu dedão nos meus lábios. _ Eles são macios. - Sussurrou e parecia que o meu coração era um tambor.

_ Irei almoçar, boa sorte com as suas aulas. - Ele retira o dedo dos meus lábios.

_ Igualmente. - Saiu da minha frente e eu andei sem pressa alguma para o Grande Salão, mas o meu coração continuava batendo forte no meu peito.

Eu não poderia dizer que ele não tinha educação ou muito charme, o garoto chegava até brilhar de tão perfeito que ele era, que pena que era apenas uma fachada.

Entro no salão e vou em direção da mesa das serpentes e Callysa que era uma Lufana, correu até mim. Ela era baixinha, mas eu a amava.

_ Querida Leesa. - Se sentou ao meu lado. _ Onde esteve? E que olheiras são essas? Passou a noite estudando de novo? Já lhe disse que não é saudável.

_ Estava pesquisando algo de extrema urgência, e eu estava no meu quarto e acabei me atrasando, mas eu pegarei emprestado os seus pergaminhos já que nossas aulas de manhã são as mesmas. - Ela estava no sétimo ano.

_ Ok, apenas fiquei preocupada, até os nossos professores ficaram preocupados. - Deu de ombros e eu comecei a preparar o meu prato para almoçar. _ Ah! O diretor está te chamando, mas coma primeiro e devagar. - Minha mãe gostava muito dela, ela dizia que ela era a minha segunda mãe.

_ Ok. - Digo partindo o bife e o comendo, estava delicioso. _ Eu tenho mais um aluno para reforço, ele é da Corvinal, depois quando estiver desocupada, vá até à Berlinda e a pergunte sobre esse aluno.

_ Sim, senhora. - Eu a olhei e vi seu deboche estampado no seu rosto. _ Professora? - Riu e eu ri junto.

_ Não sou professora.

_ Mas tem jeito para isso, até Canélio que é um dos piores alunos da Grifinória começou a ir bem nas provas por sua causa, os professores estão muito orgulhosos de você e com medo também.

_ Medo? Por que medo? - Tomo um pouco de suco.

_ Talvez o diretor ponha você no lugar de algum professor. - Mexeu nas unhas.

A Garota de Tom Riddle (Versão DOIS)Onde histórias criam vida. Descubra agora