Capítulo quatorze

226 42 0
                                    

26 de novembro de 1943:

Eu olhava para fora, pensando em coisas que nem mesmo eu sabia, o sentimento de alívio e aflição enchia o meu peito e me deixava doente. Eu contei e mostrei o meu verdadeiro caráter e para quê? Para se mostrar na frente do Lorde das Trevas?

Eu deveria estar louca na hora, sim, eu culparia a loucura que sempre me acompanhou na minha vida.

O céu lá fora estava nublado e o vento que acompanhava aquele tempo era forte, se eu prestasse atenção eu poderia escutar o vento passando por alguma fresta.

_ Bom dia. - Chegou à enfermeira que me olhava em quatro a quatro horas. _ Como você está? - Perguntou me apontando a varinha para fazer mais um check-up.

_ Bem, estou doida para sair daqui e começar a dar aula novamente. - Digo olhando para as minhas mãos.

_ Você vai ficar mais um tempo por aqui, até que toda poção do pesadelo saia do seu organismo. - Eu ainda queria entender em que momento eu bebi essa bebida.

Eu não me lembrava de ter aceitado qualquer coisa de aluno ou dos professores. Alguém deve ter colocado no meu copo e eu vou descobrir quem foi o asno que fez isso comigo.

_ Está tudo bem? - Perguntou olhando-me cerrar os punhos.

_ Eu só fiquei com raiva da pessoa que me fez beber essa poção, me perdoe se eu te assustei.

_ Não fique com raiva, isso pode alterar seus exames e será ainda mais difícil de você sair desse quarto.

_ Não tem como não ficar com raiva. Eu lembrei de coisas que eu não queria lembrar.

_ Entendo, você é uma boa pessoa, senhorita Granger e eu também não entendo quem teve a coragem de lhe drogar. - Terminou de fazer os exames.

_ Nem mesmo eu entendo. - Digo a olhando.

_ Bom, eu já fiz tudo. Espero que você melhore.

_ Obrigada. - Digo vendo-a sair do quarto, mas logo em seguida uma mulher com cabelos alaranjados entrou no meu quarto.

_ Oh, eles me falaram que o quarto 1231 estava com Meziba. - Disse a senhora rechonchuda, ela se aproximou de mim e se sentou na cadeira. _ Já que eu estou aqui, vamos conversar.

_ Eu me chamo Leesa Granger, prazer em conhecê-la.

_ Educada. - Sorriu a mulher. _ Eu me chamo Hepzibah Smith. - Aquele nome era familiar. _ Não conte para ninguém, mas eu sou descendente de Helga Hufflepuff. - Cochichou e eu já tinha me lembrado quem era essa senhora.

Como eu não lembraria? Ela é a pessoa que tem a taça e o medalhão.

_ Então a senhora é bem importante para Hogwarts, nunca vi um descendente dos fundadores de perto. - Que mentira deslavada.

_ Ah! - Ela ficou ainda mais feliz e começou a contar coisas que eu já sabia. _ Eu tenho até mesmo a taça de Helga, ela é o meu xodó.

_ Deve valer uma fortuna. - Digo me fazendo de interessada.

_ E vale, se eu ficar pobre posso vendê-la, mas eu não teria coragem para isso.- Sorriu pomposa. _ Mas eu não tenho apenas a taça, eu também tenho o medalhão de Salazar Slytherin.

_ Eu não sabia que Salazar tinha um medalhão. - Digo burra, claro que eu sabia.

_ Ah, menina, nem te conto, o medalhão é magnífico, mas o dono dele. - Fez uma careta. _ Salazar fez o medalhão para dar para uma pessoa, mas eu acho que ela morreu.

A Garota de Tom Riddle (Versão DOIS)Onde histórias criam vida. Descubra agora