Capítulo quatro

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1 de setembro de 1940:

E mais uma vez eu entrava no Grande Salão, infestado de velas flutuando pelo ar e de quatro grandes mesas contendo alunos de todas as idades.

Eu finalmente estava em Hogwarts e a alegria era tanta que eu nem me importava com os olhares que eu recebia.

_ Quem você acha que é ela? - Abraxas perguntou para o Tom, que apenas batia palma. _ Ela é muito bonita.

_ Deve ser uma sangue-ruim. - Deu de ombros. _ Está vendo como os olhos dela brilham? Com toda a certeza é uma sangue-ruim.

_ Mas não podemos esquecer que é uma sangue-ruim muito bonita. - Riu Cygnus, e Avery concordou.

_ Ela deve ser selecionada para Corvinal ou Lufa-Lufa. - Avery os olhou.

_ Não sendo da Grifinória. - Tom sorriu de lado.

_ Ela parece ser mais velha do que nós, não teremos chances com ela. - Malfoy falou triste.

_ Você iria fazer ela se apaixonar por você e depois iria destroçar o seu pobre e frágil coração? - Orion perguntou bebendo um pouco do suco de abóbora.

_ Quem sabe? Talvez fosse o nosso amigo Tom.

_ Não enche. - Falou emburrado e todos fizeram silêncio para ouvir a professora Selwin chamar os nomes dos alunos.

E não demorou muito para a professora me chamar. Sentia frio na barriga e minhas mãos suavam.

Sentei-me no banquinho de madeira e fico esperando a professora colocar o tão aclamado chapéu, ou como eu e meus amigos o chamava, Alistair.

_ Ora, ora, ora, o que temos aqui? - Se remexeu na minha cabeça. _ Vejo que a viagem lhe fez bem. Mas eu não sou fofoqueiro e não vou contar. Você tem coragem e isso é invejável, daria orgulho imenso para a Grifinória. Sua inteligência é maravilhosa e daria bem na Corvinal, mas é preconceituosa e não se encaixaria com os alunos de mentes abertas. Sobrou a Lufa-Lufa e Sonserina, a casa amarela é aberta para todos e você não concordaria com certas coisas. Mas você tem todas as qualidades ou para os outros "maldições" para ser uma Sonserina, mas como todos lhe dizem e respeito o seu silêncio, e dou a minha palavra que não contarei nada por respeito ao seu passado. É uma nascida trouxa e para os outros uma sangue-ruim, será difícil sua missão.- Respirou dramaticamente e disse: _ Já me decidi, SONSERINA!

Não teve salvas de palmas vindo da mesa das serpentes, apenas olhares de nojo e ódio. Eles se afastaram de mim e eu me sentei solitariamente na mesa verde e prata. Eu com toda a certeza não dormiria no dormitório, eu ainda queria continuar viva, se não fosse pedir demais.

Meu coração pulava e minha mente gritava com todos por causa daqueles olhares, mas eu apenas comia calmamente. Eu comia como se eu fosse a rainha da Inglaterra e eles fossem meros plebeus.

O jantar foi um fiasco na minha opinião, mas eu seguia com a cabeça erguida e de nariz em pé. Se eles querem me ver chorar, que façam, mas depois não venha reclamar.

_ Pessoal, por favor me acompanhem. - Disse o monitor chefe.

Os primeiros anos se levantaram e seguiram ele, eu apenas fiquei ali vendo alguns se levantarem e outros não. Pego o guardanapo no meu colo e limpo a minha boca. Olho para os Sonserinos que me olhavam abismados por alguma razão e me levanto da mesa.

_ Boa noite para todos. - Digo saindo de perto da mesa.

Ando até a porta do Grande Salão e sigo para a grande escadaria. Eu iria dormir no meu salão comunal e não no ninho de cobras.

A Garota de Tom Riddle (Versão DOIS)Onde histórias criam vida. Descubra agora