Epílogo

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Juliette Freire Feitosa

─Se vai banir o sexo, precisa começar a usar sutiã pela casa ─ Sarah resmungou enquanto se inclinava e plantava um beijo casto em meus lábios. Também enfiou a mão por baixo da minha camiseta e beliscou meu mamilo. Forte.

─ Aii.

─ Você ama e sei disso.

Minha noiva estava mal-humorada, mas também estava certa. Eu secretamente adorava o fato dela ficar mais irritada a cada dia, desde que a cortei há quase duas semanas.

Meus olhos se suavizaram quando olhei para ela.

─ A que horas vai voltar?

─ Talvez não até as seis. Preciso verificar todas as notas que minha auxiliar, com cocô no cérebro deu, antes de entregar as notas
finais.

Sarah estava extremamente infeliz com a auxiliar que lhe fora atribuída naquele ano.

Eu sorri.

─ Quando se tem a melhor, todo o resto parece inferior.

─ Você era uma boa auxiliar. Porém, posso ter sido influenciada por sua ótima assistência à professora. Estive pensando, já que não está me dando essa assistência agora, você deveria pelo menos trabalhar como auxiliar e dar minhas notas.

─ Não posso, professora. Tenho um dia cheio pela frente. Preciso terminar de encaixotar as últimas coisas esta manhã. Sua irmã e eu vamos levar as meninas para escolher os vestidos e depois sair para almoçar. Depois disso, preciso ver o padre McDonald, para lhe dar os nossos votos e as escolhas musicais. Então você vai ter que cuidar das coisas sozinha.

Ela fez beicinho.

─ Eu estou cuidando de mim sozinha há duas semanas.

Levantei-me da cadeira onde estava bebendo meu café matinal e fiquei na ponta dos pés ao abraçar Sarah no pescoço.

─ São só mais dois dias. Pense no quanto será mais empolgante quando finalmente formos para a cama no sábado à noite, depois que a festa acabar. E da próxima vez que fizer amor comigo, serei a sra. Freire Andrade.

Seus olhos ficaram mais gentis.

─ Eu gosto muito de como isso soa. Embora só tenha concordado em esperar depois do casamento. Nunca disse nada sobre ser depois da festa.

─ O que pensou? Que iríamos transar no carro ou no trajeto da igreja para o restaurante?

─ Eu estava pensando que poderíamos transar no confessionário, logo depois que o padre disser que você está presa a mim pelo resto da sua vida.

─ Isso é errado em muitos níveis, até para você.

Sarah riu.

─ Preciso ir ou vou me atrasar para começar a prova. Então me dê essa boca e me beije adequadamente para me dar força para viver outro dia de celibato.

De uma vez, ela colocou a mão nas minhas costas e apertou minha bunda ao me levantar. Minhas pernas envolveram sua cintura. Sua
boca se moldou à minha, o beijo foi intenso e apaixonado. Gemi em seus lábios quando ela me encostou na parede e me prendeu contra
ela, usando seus quadris para que suas mãos pudessem percorrer meu corpo.

Sim, minha futura esposa, definitivamente, sabia como me beijar da forma adequada.

Depois que ela deixou o apartamento, resmungando por não transar, olhei em volta para as poucas coisas que tinham restado para arrumar. Havíamos decidido que eu me mudaria para a casa de Sarah; então, no último mês, estávamos levando as coisas para lá. Só faltava encaixotar as fotos emolduradas da minha parede, meus livros e alguns artigos pessoais do banheiro. Peguei os livros primeiro e depois fui para a parede.

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