POV Stiles
Fazia apenas algumas horas que eu tinha saído do loft de Derek, fazia apenas algumas horas que oficialmente eu não fazia mais parte do pack MacCall-Hale. A dois meses atrás eu fui possuído por um demônio japonês chamado nogitsune infelizmente enquanto eu estava possuído eu acabei matando dois dos meus amigos, Alisson e Aiden. Todos me culparam mesmo não sendo minha culpa, todos eles ficaram contra mim e me julgaram sem saber o inferno que eu passei com aquele maldito dentro de minha cabeça, mas mesmo assim eu não me arrependo das escolhas que fiz, é claro que me sinto culpado pelas mortes dos dois mesmo não sendo minha culpa, porém eu estava vivo.Quebrado porém vivo.
Eu estava em meu quarto arrumando uma das últimas caixas enquanto meu pai apenas me observava.
- Você vai mesmo embora? – ele pergunta sem tirar os olhos de mim.
- Pai não é como se eu estivesse me mudando de país – falo revirando os olhos.
- Nem me venha com isso, quem vai cuidar do meu filho desnaturado se eu estiver longe – ele fala preocupado.
- Nós dois sabemos que eu posso me cuidar muito bem sozinho – falo emburrando a cara.
- Você deveria ao menos falar com eles – começa meu pai – eu garanto que eles iriam te agradecer de joelhos pelo que você fez – ele fala e eu posso sentir o ressentimento e a raiva.
Eu realmente entendia o que meu pai estava sentindo, eu também estava com raiva daquele bando de lobos pulguentos, eles de fato não tinham o direito de me expulsarem do pack alegando que eu não era mais confiável logo eu que salvei tantas vezes a bunda peluda deles.
- Sinceramente nós sabíamos que cedo ou tarde eu teria que sair do pack – falo desconfortável só de lembrar do motivo.
- Está tão ruim assim? – meu pai pergunta preocupado.
- Não, porém eu acredito que eu vou ter que aprender a lidar com essa nova parte – falo terminando de empacotar meu último livro.
- Prometa que vai me ligar todos os dias – ele fala me abraçando.
- Eu prometo – falo revirando os olhos pelo drama – logo, logo chega as férias e o senhor vai me visitar – falo dando tapinhas em suas costas para o consolar.
- Essa casa não vai ser a mesma sem você – ele fala deixando uma lagrima cair.
- Garanto que Peter não vai se importar de te distrair pai – falo malicioso e vejo meu pai corar.
- Me respeita pirralho eu ainda sou seu pai – ele fala indignado me soltando.
Peter estava escorado no batente da porta só observando.
- Tem certeza que não quer que eu mate eles? – ele pergunta fazendo uma proposta tentadora.
- Tentador, mas garanto que eles ainda vão voltar atrás de mim rastejando e implorando pela minha ajuda – falo confiante.
- Você sabe que vou sentir sua falta filhote – ele fala me abraçando.
- Eu também vou sentir sua falta papai postiço - o abraçando forte.
- Tem certeza que não pode ficar na cidade? - ele pergunta esperançoso.
- É muito perigoso para mim e para todos - falo me soltando dos braços dele - você vai precisar cuidar do meu velho e não o deixar comer coisas gordurosas de mais - falo alfinetando meu pai.
- Velho são seus antepassados - fala meu pai revirando os olhos.
- Pode deixar - fala Peter abraçando meu pai e dando um beijo em sua bochecha - vou cuidar do meu xerife.
Descemos para a entrada da casa e eu carrego a última caixa até meu Jeppe azul.
- Prometo ligar assim que chegar - falo dando um última abraço neles e entrando no carro.
- Se o pack te procurar o que devo dizer? - pergunta meu pai.
- Fala que eu fugi na madrugada e nem você sabe onde eu estou - falo dando um sorriso frio.
Dou partida no carro e vou rumo a saída da cidade deixando tudo para trás, quando passo pela placa de Bem vindo a Beacon Hills sinto um peço sair de minhas costas.
A viagem até Nova Orleans durou dois dias que passei dormindo e me alimentando em hotéis de estrada o que posso dizer que não foi muito satisfatório, chego na cidade e a primeira coisa que faço é ir até um mercado e compro comida e alguns produtos de limpeza afinal eu não sei qual o estado que a casa vai estar.
Minha mãe tinha me deixado uma casa no meio da floresta de Nova Orleans para mim como herança, nunca entendi muito bem porque a família dela comprou uma casa no meio da floresta, mas quem se importa ela iria servir para me abrigar por um tempo. Compro tudo que preciso e volto para o carro e sigo as instruções do meu pai de como chegar na casa. Pego uma estrada que estava cercada de árvore e sigo em frente, confiro rapidamente o céu e vejo que uma tempestade estava chegando então acelero mais um pouco e eu finalmente eu avisto a casa.
A casa não poderia ser chamada de casa era mais uma pequena mansão tipo aquelas que você vê em contos de fada. Era feita toda de pedra com alguns detalhes em madeira tinha um ar moderno mas ao mesmo tempo parecia um pequeno castelo medieval.
Entro e e vejo que a casa até que não estava tão suja quanto eu pensava que estaria, descarrego tudo e começo minha faxina. Terminei minha faxina e vejo que já estava escuro então resolvo desempacotar minhas coisas e tomar um banho. A chuva já estava caindo forte fora de casa, mas nem me incomodo em pensar se a casa teria algum problema com as telhas só deixo a água quente levar meu cansaço e meus traumas juntos para ralo.
Saio do banho e coloco uma roupa confortável e ligo para meu pai e falo que cheguei sem complicações e que ele não precisaria se preocupar com nada, vou até a cozinha e faço um omelete com beacon e como na sala enquanto assisti um episódio de CSI e quando vejo que está muito tarde resolvo ir me deitar.
Quando eu já tinha desligado as luzes e a tv ouso alguém bater na porta. Quem acharia uma casa no meio de uma floresta enquanto cai uma tempestade do lado de fora. Receoso caminho até a porta e a abro e me surpreendo com o que vejo.
Era uma linda garotinha que ainda estava com seu pijama cor de rosa com alguns unicórnios desenhados, ela tinha cabelos ruivos que nas pontas faziam cachinhos e eram as coisas mais linda mesmo estando encharcados pela chuva, sua pele não era tão branca mas não era também muito bronzeada, porém o mais surpreendente era seus olhos que era de um azul intenso e profundo.
- Posso ajuda? - pergunto saído da porta e ficando na varanda enquanto a menor me encarava.
Ela inspira fundo e se joga nas minhas pernas me abraçando.
- Você cheira tão bem - ela fala suspirando enterrando a cabeça nas minhas pernas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The fox and phoenix hybrid
FanfictionStiles sempre escondeu muitos segredos, segredos esses que poderiam mudar tudo desde o início. Ao ser expulso da pack Mackall-Halle pelas mortes de Alisson e Aiden ele toma uma decisão de parar de esconder o que é. Hope Mikaelson é uma tríbida um...