|Concluída|
Vítima de um pai psicopata que se esconde atrás da religião, Jeongguk sofreu durante anos por causa da sua sexualidade. O pai o fez acreditar que ele é um pecador por ser diferente dos demais e o castigou durante anos. Obrigado a seguir...
❀ Oi amigues, boa noite! ❀ Esse capítulo tá bem gostosinho, espero que gostem ❀ Agradeço a todes pelo carinho, pelos favoritos, comentários, interações, vocês são demais ❀ Nos vemos nas notas finais, boa leitura!
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"Elogio e crítica, ganho e perda, prazer e dor vem e vão como o vento. Para ser feliz, descanse como uma árvore gigante no meio de todos eles."
Buda
Jeongguk tirou os sapatos sociais e dobrou a barra da calça preta de alfaiataria que usava. Dobrou as mangas da blusa social até os cotovelos e finalmente colocou os pés na areia, deixando seus pertences ali mesmo enquanto caminhava para mais perto do mar. O vento batia contra a sua face, fazendo os cabelos balançarem.
Era por volta das cinco horas da tarde quando largou o expediente para apreciar o sol quase se pondo, os raios solares agora mais tímidos se escondendo entre as nuvens, a brisa fresca que batia contra o seu corpo, quase havia se esquecido do quanto amava tudo aquilo. Pela primeira vez em dias, o sol brilhava no céu.
Respirou um pouco de ar puro, percebendo como aquelas pequenas coisas lhe deixavam feliz. Aproximou-se mais um pouco do mar e se colocou sobre os próprios joelhos enquanto observava a água indo e vindo devagar, formando pequenas ondas, o mar estava calmo naquele dia.
Tocou a água salgada com as pontinhas dos dedos, sentindo como era gelada, mas parecia afastar para longe todas as energias ruins, sua vontade era se banhar ali, mas precisava partir em breve. Encarou o horizonte, percebendo o quanto sentiu falta desse contato mais próximo com a natureza, agora não tinha mais nada que o impedisse de fazer o que gostava.
Até gostava de trabalhar na empresa fundada pela família Jeon, mas às vezes se sentia sufocado, preso entre aquelas paredes, com tanta gente arrogante e fingida, que a cada minuto planejava a sua queda.
Há anos não tirava férias, seus fins de semana na maioria das vezes eram regados a trabalho, problemas, dor de cabeça. Há tanto tempo observava o pôr do sol apenas pela janela grande do seu escritório que quase se esqueceu como aquele ato lhe trazia tamanha calmaria e sensações boas.
E já que agora era dono do próprio nariz, queria se redescobrir, resgatar seus gostos, suas vontades, suas próprias metas. Queria fazer as pazes com aquele Jeongguk que estava trancado no fundo do seu subconsciente há muito tempo.
Jeongguk entrou no carro quando o sol foi embora, dirigiu de forma eufórica até o consultório de sua psicóloga e sorriu ao encarar os olhos miúdos na porta do consultório. Estava feliz e se sentia animado por poder compartilhar suas pequenas conquistas com ela. Logo que adentrou o espaço, repousou o corpo sobre o divã, tentando relaxar e conter toda aquela animação para não se embaralhar com as palavras.
