|Concluída|
Jeongguk cresceu acreditando que amar outro homem era um pecado, porque foi isso que seu pai, um fanático religioso, enfiou em sua mente com palavras, gritos e castigos. Anos sob a sombra de uma fé distorcida o fizeram esquecer quem era...
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"Quando duas pessoas trocam seus pães, cada uma volta com um pão. Quando trocam ideias, voltam com duas ideias."
Buda
Taehyung estava diante dos olhos expressivos do Jeon, tentando criar coragem para contar seu segredo mais sujo. Naquele momento, um filme passou diante dos seus olhos, desde o momento em que se conheceram, até cenas criadas pela própria mente de um futuro que desejava viver ao lado dele.
O coração batia depressa, as mãos estavam dormentes, só de pensar que Jeongguk poderia olhá-lo de forma diferente depois disso, sentia o estômago embrulhar. Suportaria receber o olhar de julgamento vindo de qualquer pessoa, menos dele.
Quando estava prestes a abrir a boca, o celular do Jeon tocou, mas ele não parecia nem um pouco interessado em atender, mesmo que fosse uma ligação importante. Taehyung encarou o celular em cima da mesa de centro, e então Jeongguk entendeu que aquela conversa poderia ser adiada por ora.
— Tem certeza? Eu posso ignorar essa ligação.
— Pode ser algo importante. — Taehyung mordeu o lábio inferior e finalmente soltou todo o ar que prendeu em seus pulmões.
— Alô — mesmo que não quisesse atender, ele precisou — Sim, eu passo aí amanhã. — o mais novo falava com o seu advogado.
Nesse meio tempo, Taehyung sentia a coragem esvair-se pouco a pouco. Quando Jeongguk desligou a chamada, seus olhos voltaram-se novamente para o Kim, este que ainda parecia tão apreensivo e preocupado.
— O que você queria me contar? — ele tentava transmitir paz.
— Eu sou culpado. — engoliu em seco — Eu deveria ter feito algo para salvar os meus pais, mas não fiz.
— Como, Tae? Foi um acidente, você não é culpado por isso.
— Eu não te contei a história toda. Naquela noite, os meus pais estavam fugindo de uma pessoa, jogar o carro dentro do rio Han foi a única solução, já que ele não ia parar enquanto não ferrasse a vida dos meus pais. — uma lágrima escorreu pelo rosto bonito.
— Mesmo assim, não é culpa sua.
— Me deixa terminar, por favor. — ele respirou fundo — Antes de conhecer o meu pai, a minha mãe estava noiva de um rapaz, mas terminou tudo para fugir com o meu pai. Eles se casaram, me tiveram, construíram uma vida confortável, mas em algum momento esse cara veio atrás de nós. Ele não se conformava com o fim, e passou meses atormentando nossas vidas, mas em uma noite específica, uma tragédia aconteceu.
