|Concluída|
Vítima de um pai psicopata que se esconde atrás da religião, Jeongguk sofreu durante anos por causa da sua sexualidade. O pai o fez acreditar que ele é um pecador por ser diferente dos demais e o castigou durante anos. Obrigado a seguir...
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"Ninguém viverá verdadeiramente em paz, se continuar guardando sentimentos ruins dentro de si."
Taehyung sentiu cada pêlo do próprio corpo arrepiar enquanto tentava segurar as lágrimas. Sua mãe segurava sua mão na tentativa de acalmá-lo, nem percebendo que aquele ato contribuía para deixá-lo ainda mais nervoso ao constatar o quanto ela tremia, porque sabia do real perigo da situação.
— Me desculpa, filho, eu preciso fazer isso. — Taehyung nem teve tempo suficiente para responder, sentiu o corpo ser arremessado do carro em alta velocidade, o que deixou múltiplas feridas por todo o seu corpo nos dias posteriores.
Ele suspirou enquanto levantava da cama e observava o nascer do sol, mal pregou os olhos durante toda a madrugada, não sabia por que estava pensando sobre aquilo agora, odiava pensar sobre aquela fatídica noite em que toda a sua vida mudou e seus pais foram arrancados de si.
Sentiu um aperto no peito, a respiração ficou pesada demais, as lágrimas se formavam nos cantinhos dos seus olhos, mas não queria chorar agora. De repente percebeu que havia um peso sobre seus ombros, resultado de muitos sentimentos presos durante esses últimos dias.
Taehyung tinha um lado bom, não tinha medo de viver e se jogar nas relações, durante um período ficou traumatizado por causa do relacionamento com Bryan, mas esse trauma se dissipava pouco a pouco com a aproximação do Jeon, então decidiu não deixar o medo dominá-lo, queria dar uma chance para este amor.
Encarava os momentos difíceis como chances de aprendizado, onde poderia crescer, doía, é claro que sim, porque crescer dói, sair da bolha, deixar a zona de conforto para trás é muito difícil, incomoda, mas no fim sempre vem uma recompensa.
O seu lado ruim era tentar passar por cima do seu passado. As coisas não saíram como seus pais sempre planejaram, um empecilho no caminho definiu todo o seu destino. Às vezes recusava-se a chorar, não queria pensar mais naquele assunto porque a culpa sempre o esmagava, era difícil até mesmo respirar.
Agora, com a água do chuveiro caindo sobre si, tentava manter-se forte, no entanto, a dor em seu peito aumentava a ponto de sentir pontadas fortes. Depois de trocar de roupa, sentiu como se suas pernas pesassem uma tonelada. Seu corpo ficou fraco, sentia uma moleza e falta de disposição, além de uma angústia avassaladora que lhe fazia questionar se valia à pena estar vivo.
