|Concluída|
Vítima de um pai psicopata que se esconde atrás da religião, Jeongguk sofreu durante anos por causa da sua sexualidade. O pai o fez acreditar que ele é um pecador por ser diferente dos demais e o castigou durante anos. Obrigado a seguir...
❀ Esse é um capítulo em que as coisas estão se encaminhando para a resolução de quase todos os problemas do Jeongguk nesse momento, mas no final aparece mais um que ele vai ter que enfrentar, porque assim é a vida
❀ Na terapia, ele está em processo de alta porque agora já é capaz de caminhar com as próprias pernas, mas isso não significa que ele nunca mais vai ter um acolhimento com a Nayeon, as consultas apenas serão reduzidas, duas ou uma por mês. É importante ele ter esse tempo pra refletir e pensar nas próprias escolhas, é importante ele agir pelo que acredita e se arrepender de algumas coisas também, claro que a Nayeon estará ali, sempre dando o suporte ao qual ele precisa
❀ Acho que por aqui é isso, nos vemos lá embaixo nas notas finais. Boa leitura! 📚
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"Quanto mais coisas você tem, mais terá com o que se preocupar."
Buda
Jeongguk estava feliz naquela manhã, depois de se despedir do Taehyung com um beijo demorado, dirigiu até o consultório da sua terapeuta. Ela trajava um vestido na cor rosa, o cabelo estava mais comprido do que ele se lembrava, ela estava mais bronzeada do que o habitual, mas tinha o mesmo sorriso largo estampado no rosto.
— Meu Deus, parece que faz séculos que eu não te vejo! — ela o abraçou apertado.
— Como foram as férias? — Jeongguk sorriu quando o contato foi interrompido, logo em seguida indo se deitar no divã, sentiu saudades disso.
— Incríveis. É um país tão longe, completamente diferente do nosso, mas tudo é muito lindo, os brasileiros são bem receptivos e calorosos. As praias são simplesmente perfeitas.
— Estou vendo o seu bronzeado.
Nayeon já não era mais apenas a terapeuta, ela se tornou uma amiga para Jeongguk, então ele queria sim saber sobre a vida dela, queria ouvir os relatos mais loucos da viagem para o Brasil, e foi o que fizeram nos primeiros minutos da consulta.
— Mas agora chega de falar de mim, eu quero saber como você está. — ela apanhou o caderninho de anotações e colocou o óculos de leitura sobre o rosto.
— Pela primeira vez eu sei como responder essa pergunta. Eu estou bem, doutora, tudo tem dado certo na minha vida. Eu criei coragem para começar uma relação verdadeira com o Taehyung e nesse momento eu quero oficializar o que temos. Eu disse que o amo e ele falou que me ama também, esse foi um passo e tanto. — ele estava bem empolgado em contar o que havia acontecido nos últimos dias.
— Eu fico feliz que você tenha dado uma chance para a sua felicidade.
— Eu acho que finalmente posso me reconhecer como um homem gay e perceber que não há problemas, que não é uma escolha, eu sou assim. Durante muito tempo eu me martirizei e perguntei para Deus por que eu não podia ser normal, assim como o meu pai e a sociedade inteira queriam que eu fosse, eu sentia muita raiva, porque eu tentava com todas as forças, mas não conseguia ser diferente, era uma tortura fingir ser quem eu não sou. Eu me perguntava, por quê eu? Por que comigo? Nesses últimos dias, eu acabei terminando o meu noivado com a Minji, e para a minha surpresa, ela aceitou bem. No entanto, eu pedi que ela guardasse segredo, eu quero contar para o meu pai olhando nos olhos dele, quero deixar claro que ele não me controla mais, que a partir de agora, o Jeongguk faz as próprias escolhas, porque ele agora é um homem e vai lutar pela própria felicidade. Jeon Sanghun não tem mais poder sobre mim.
