|Concluída|
Jeongguk cresceu acreditando que amar outro homem era um pecado, porque foi isso que seu pai, um fanático religioso, enfiou em sua mente com palavras, gritos e castigos. Anos sob a sombra de uma fé distorcida o fizeram esquecer quem era...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"A testemunha sincera não engana, mas a falsa transborda em mentiras."
Provérbios 14:5
Taehyung encarou seu chefe no corredor, mas nem um dos dois teve coragem de dizer algo. Cada um fazendo suas respectivas obrigações, o clima entre eles era o pior já visto. Parecia que voltaram para a estaca zero, o máximo de palavras que trocavam era um bom dia.
Passou o dia trancado no quarto e aquilo o incomodava profundamente. Odiava aquela indecisão, odiava que Jeongguk fugisse daquela forma. Não que ele fosse obrigado a repetir o que fizeram, mas queria que ele pelo menos explicasse as coisas, ainda não entendia o porquê daquele beijo. A única coisa que sabia, é que gostou, não conseguia esquecer aqueles lábios se colando nos seus, a pegada dele o puxando para mais perto. Mas se Jeongguk odiou tanto assim, deveria dizer logo.
Em algum momento, percebeu que queria sentir aquilo de novo. Jeongguk despertou certa curiosidade em sua mente, despertou uma vontade que não estava aparente antes. Estava carente, a última pessoa com quem teve algum contato antes do Jeon, foi o Bryan. Há meses não ficava com ninguém, então seu corpo estava muito mais sensível do que de costume, a ponto de um beijo tirá-lo dos eixos.
Na segunda-feira, teve uma boa notícia. A tempestade finalmente cessou, o que significava que poderia voltar para casa. Assim que o Jeon voltou do trabalho, Taehyung já estava pronto para ir embora.
— Onde você vai? — o mais novo criou coragem para perguntar.
— Pra casa. Obrigado por me abrigar aqui esses dias e me desculpe por qualquer coisa. — tentou agir exatamente como ele, como se aquele beijo nunca tivesse acontecido. Jeongguk parecia meio relutante, parecia não gostar nada daquela decisão dele de ir embora, por um momento se esqueceu que tudo deveria voltar para o devido lugar agora que o céu estava limpo de novo. .
— Ok.
Taehyung colocou a bolsa sobre os ombros e saiu porta afora. Era estranho estar fora daquele apartamento depois de tanto tempo, não sabia ao certo por quantos dias ficou trancado lá.
Até poderia voltar de uber, mas decidiu ir de ônibus mesmo, o primeiro motivo era porque não queria usar o cartão de crédito ilimitado do Jeon. E depois porque queria caminhar pelas ruas, respirar ar puro, sentir que tudo tinha voltado ao normal, já que o luxo não fazia mais parte da sua realidade. Encostou a cabeça no banco enquanto observava a paisagem bonita do lado de fora, deixando seus pensamentos percorrerem qualquer lugar que quisessem, era exaustivo ficar se repreendendo por pensar naquele beijo.