(POV Otto)
Assim que Luísa consegue sair das garras do bandido eu corro em direção a ela, os outros bandidos começam a atirar em disparada nos policiais, por sorte eles estavam de colete. Os tiros são incrivelmente altos, isso me provoca uma dor insuportável na cabeça, o medo de que alguma bala pegue em nós me aflige. Grito para Marcelo se esconder, e olho para Luísa, ela corre em minha direção e eu na direção dela. Assim que já estamos um pouco próximos, ela cai, mas eu consigo ser rápido o suficiente para segurá-la. Estou desesperado, pego ela colo e corro para longe, procurando um lugar seguro. Vou em direção a Marcelo e me abaixo perto dele, com Luísa nos meus braços. Desacordada.
– Otto, tem muito sangue nela, Otto. – Marcelo fala desesperado, já chorando. Olho para a morena em meus braços, o corpo dela inteiro estava ensanguentado, o rosto, os braços, as pernas e principalmente a barriga, por causa dos cortes que foram feitos em seu corpo, tinha um perto do umbigo que parecia ser mais profundo e o sangue não parava de escorrer. Entro em pânico, com medo de que alguma bala tenha a atingido e por isso ela tenha desmaiado.
– Marcelo, rápido. Me ajuda a virar ela pra ver se tem alguma marca nas costas. – eu peço e ele me ajuda, por sorte nada. Ela não foi atingida. Suspiro aliviado. Viro ela novamente observando os cortes em sua barriga, aqueles filhos da mãe. Havia um corte mais profundo e o sangue não parava. Luísa precisa de um hospital urgentemente.
– Luh, por favor, Luh, acorda. Você precisa acordar, por favor. – Marcelo pede entre o choro, segurando nas mãos dela.
Retiro a minha camisa social, e amarro ao redor da barriga dela com um pouco de força, fazendo pressão, para poder tentar estancar o sangue, precisamos de tempo e o hospital fica longe daqui. Você precisa aguentar mais um pouco meu bem, você precisa se manter forte, por favor, se mantenha forte. Imploro mentalmente para que Luísa aguente mais um pouco. Vê-la assim é como se eu voltasse para aquela noite, aquela noite horrível, na qual ela estava desmaiada no colo de Poliana e minha filha chorava com medo de ter acontecido algo com a tia.
Os tiros cessam. Olho em direção aos policiais, eles conseguiram pegar alguns dos bandidos, principalmente o que estava segurando Luísa. Ele estava com o braço machucado, acho que algum tiro deve ter pego nele de raspão. Coloco Luísa nos braços de Marcelo e vou em direção ao cara tatuado. Com o ódio fervendo em meus olhos, cerro o punho e dou um soco no rosto dele, e começo a distribuir vários outros em disparada, descontando tudo o que ele fez Luísa passar. Os policiais tentam me segurar e levar ele pra longe de mim, mas estou tão movido pela raiva que consigo me soltar e voltar a bater nele. Ele quase cai no chão, então o delegado Michael me segura, me pedindo para manter a calma.
– Calma? Como que eu vou ter calma em um momento desses? Já me segurei demais, eu só quero matar esse filho da puta! – eu falo quase gritando, extremamente furioso. O bandido ri com escárnio.
– Relaxa Otto. Vai cuidar da Luísa, ela precisa ir pro hospital agora. Ela parece mal. – Michael diz colocando a mão em meu ombro.
– Parece? Jura? Ela está mal e sabe de quem é a culpa? – pergunto olhando para o bandido e já querendo partir pra cima dele de novo, mas Michael me segura.
– Vai cuidar dela. Ela precisa de vocês agora, precisa estancar aquele sangramento. Deixa que dos criminosos aqui, a gente cuida agora. – ele fala tentando me acalmar. Por mais que eu queira extravasar toda a minha raiva e frustração nesse cara, Michael tem razão, preciso levar Luísa para o hospital.
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Doce Luísa | Luotto
Fanfiction(...) Dou mais um passo para trás me afastando e sinto minhas pernas se chocarem com o sofá. Merda! Estou encurralada, ele se aproxima ainda mais, perto demais, próximo demais, seu olhar cai sobre minha boca, voltando em seguida a me encarar tão int...