18 - Isso Não é um Adeus

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(POV Luísa)

Coloco uma mão em sua nuca e outra em suas costas o puxando mais para mim, colando o seu corpo ao meu, eu precisava do seu beijo, eu precisava do seu toque, pelo menos por uma última vez... Ele coloca suas mãos em minha cintura e desliza vagarosamente até o quadril e me puxa para mais perto rompendo completamente todo o curto espaço que ainda havia entre nós, sorrio durante o beijo.

- Ei, ei, ei casal! - ouço a voz de Joana, provavelmente segurando o riso e finalizo o beijo com um selinho, estavámos ofegantes. - Vão se engolir em outro lugar porque aqui cheio de crianças tá? - ela diz rindo e com um copo de bebida na mão.

- Joana! - a repreendo. - Imagina se elas te escutam falando que a gente está se engolindo. - digo rindo e Marcelo esconde a cabeça em meu pescoço me abraçando e da uma risada abafada.

- Ué gente! Vocês que estavam se engolindo na frente deles e eu que levo bronca por falar? - ela pergunta incrédula e eu dou uma gargalhada baixa.

- bom meu bem, a gente para de se "engolir" na frente das crianças. - falo sem graça, ainda em busca do ar que me faltava, e segurando ainda mais o riso, eu já devia estar parecendo um tomate de tão vermelha.

- Missão cumprida então. - ela diz saindo e dando risadinhas. Marcelo olha pra mim, com os olhos brilhantes e sorri.

- O que foi? - pergunto com a voz baixa e sorrindo.

- Faz tempo que não sentia isso. - ele diz, fico sem entender, o que ele queria dizer com isso?

- Sentia o quê? - pergunto confusa.

- Você estava distante essas últimas semanas, o seu abraço, o seu beijo, não eram mais os mesmos...Mas esse beijo de agora, é como se eu sentisse borboletas na barriga de novo. - ele confessa com um sorriso gigante no rosto, só de imaginar que daqui a pouco esse sorriso vai sumir...E pior! Que eu vou ser a culpada, me parte o coração, mas não posso voltar atrás, preciso de um tempo pra mim, um tempo pra associar todos os meus sentimentos, e enquanto eu estiver debaixo do mesmo teto que o Otto e com prováveis sentimentos por ele, sei que Marcelo não vai ficar bem, suas inseguranças são claras pra mim, não quero ter que alimentá-las ainda mais, me sentiria a pior pessoa do mundo. Meu coração acelera, minhas mãos tremem, ainda estou sem reação, não sei o que responder a ele, o que eu poderia responder? Apenas sorrio, um sorriso sincero.

- Acho melhor ir até o pessoal...A cerimônia deve estar perto de começar, Joana e eu passamos a tarde inteira com a Cláudia, você tem que ver, ela está super animada e nervosa. - mudo de assunto e ele só concorda, em seguida seguimos para perto de todo mundo pra esperar ansiosamente o casamento começar.

Estava tudo tão lindo, a decoração, a comida, o clima, as pessoas, ficou incrível. Durval e Cláudia merecem muito tudo isso e espero que eles sejam muito felizes.

Doce Luísa | LuottoOnde histórias criam vida. Descubra agora