Psiquê

37 5 9
                                    

Apolo, pontualmente chegou em casa as 20h, eu ainda estava a me ajeitar, voltei um pouco tarde da cachoeira com as meninas, tomamos banho de cachoeira e tentamos pegar um bronzeado, e foi nisso que acabei me perdendo na hora.

Logo desço as escadas, e me deparo com Matteo saindo com suas malas.

- Nossa, onde a bela donzela vai? - Ele diz em tom de brincadeira puxando sua mala.

- Vou sair para jantar com o Apolo. - Falo colocando um brinco na orelha.

- Agora é Apolo para cá, Apolo para lá, se esqueceu do seu fratello (irmão). - Ele faz cara de drama.

- Não, mas você está sempre vindo e indo tão rápido que nunca sei. - Justifico. - Na próxima, prometo que faremos algo. - Prometo para ele.

- Na próxima? Pelo que eu ouvi de mamma e Nella, a minha próxima vinda será para o seu casamento. - Ele fala em tom de brincadeira.

- Quem sabe? - Brinco de volta.

Termino de colocar o outro brinco, passo pelo espelho, dou uma ultima conferida, estou usando um vestido vermelho (foto no final), meu cabelo solto e natural, pego a minha clutch, e confiro meus documentos e me despeço de Matteo.

Saio e me deparo com Apolo, encostado do lado de fora do seu carro, está usando uma roupa um pouco formal, com um buquê de tulipas vermelhas nas mãos, quando me vê vem ao meu encontro, com um sorriso largo no rosto.

Ele me beija com carinho me cumprimentando.

- Ooi noiva. - Ele fala na minha frente ainda. - São para você. - Ele me entrega o buquê.

Dou um sorriso ao ouvir noiva, não imaginei que reagiria assim ao ouvir essa palavra usada para se referir à mim.

-  Obrigada noivo. - Dou um beijo rápido de agradecimento.

- Vamos? Estou morrendo de fome. - Ele fala pegando na minha mão e me guiando para o carro.

O restaurante não é muito longe, pouca coisa longe do centro, localizado em uma área mais nobre, ele fica em um edifício, deixamos o carro com valet, e seguimos para subir ao restaurante, chegando na entrada, logo tem uma hostess, toda alinhada e bem arrumada, por de trás de um balcão estreito.

- Boa noite. - Ela diz cordial. - Solicitaram reserva? - Ela fala calmamente a olhar nos dois.

- Boa noite, sim, está no nome de Adrastéia. - Apolo fala sério à moça.

Ela nem confere a lista.

- Mesa de vocês está pronta, podem me seguir por aqui senhor e senhora Adrastéia. - Ela fala saindo de trás do balcão e indo em direção à uma ala mais reservada.

Quando ela fala senhora Adrastéia, penso em corrigi-la, mas penso bem e deixo, pois em um futuro breve, serei.

Seguimos ela, e chegamos em nossa mesa, uma mesa para dois, com uma baita vista da cidade, uma mesa posta bem organizada, com um carrinho com balde de champanhe já no gelo, uma rosa em meu prato.  Apolo puxa para mim a cadeira, me sento e ele vai se sentar na sua.

Em um canto com destaque está uma moça, muito bem vestida de longo, a tocar um piano, um rapaz de social tocando violino e outro violoncelo, músicas instrumentais, o ambiente com luzes mais baixas, dando um ar misterioso. 

- Eu ainda não consigo acreditar que você disse sim. - Ele fala se sentando em um tom alegre e com um sorriso.

- Pois acredite, sim, sim, sim. - Falo sorrindo para ele.

- Eu mal consegui dormir, pensando em você. - Ele fala pegando na minha mão sobre a mesa.

Logo um homem alto, magro, musculoso, com cabelo ondulado até o meio da orelha, mistura de loiro com castanho claro, olhos verdes, barba por fazer, baixíssima, um maxilar marcado, tom de pele branca, vestindo uma calça jeans um pouco surrada, uma camisa social azul, se aproxima da mesa.

SonhadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora