Capítulo 41

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"Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos.”

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⚠️ Penúltimo ⚠️

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Apenas um sentimento existiu naquele momento: desespero.

Ficou sem reação quando viu Maria sucumbindo em seus braços, diante de seus olhos. Os dois já estavam juntos há algum tempo, e desde então nunca a vira tão pálida, branca como um papel.

— Maria, Maria! Ai, meu Deus! – a aflição bateu.

De pronto tomou-a nos braços, a levou até a sala e a colocou sobre o sofá.

Embora a angústia, a agonia o sufocassem levando ao ápice do sofrimento, tentou manter a calma, de nada serviria se ele agisse com histeria, apenas pioraria tudo.

— Pelo amor de Deus, Maria – ajoelhou do lado do sofá e, quase chorando, deu alguns tapinhas em seu rosto na esperança de que ela despertasse. – Acorda, meu amor, acorda! – ele gritou e nada.

Como viu que ela permanecia na mesma, Estêvão resolveu agir. Não queria pagar para ver, não queria esperar que ela retornasse por conta própria, então decidiu que a única opção plausível era o hospital.

...

O nervosismo mais que nunca estava presente.

Havia mais de vinte minutos que Maria entrara para ser atendida e nada de informações.

Aflito, ele caminhava de um lado para o outro, como se sua ação trouxesse de volta a calma, a segurança que havia ido assim que se separou de sua esposa, mas não foi o que aconteceu.

Vinte e cinco eternos minutos se passaram e então vieram informá-lo que Maria havia recobrado a consciência e que ele já podia entrar para vê-la. Estêvão nem deixou que a enfermeira terminasse de falar e já ia ao encontro da esposa.

Quando a viu sobre a cama, ainda pálida, só a abraçou com toda sua força e agradeceu aos céus por poder admirar aquele sorriso mais uma vez, mesmo que ainda um tanto fraco.

— Calma, meu amor – ela falou com um esboço de sorriso nos lábios – eu estou bem, foi só um susto.

Maria segurou seu rosto com as duas mãos e beijou seus lábios.

— Um susto?! Maria, você quase me mata – ele se afastou um pouco, e passou a andar pelo quarto. – Ai, quando vi você desacordada – voltou a ela, tomando suas mãos e apertando-as contra o próprio peito – nem quero dizer o que pensei.

— É só cansaço, vai ver só.

Ela o abraçou.

Maria era a adoentada, mas naquele momento era Estêvão quem parecia precisar de consolo.

— Meu Deus, a festa da Lívia! – disse Maria num sobressalto, levando a mão à testa. – Eles devem estar preocupados por não termos aparecido.

— Fica tranquila. Avisei ao Danilo o que houve. Pedi que ele resolvesse a questão dos doces e não falasse com ninguém que você está no hospital, pelo menos enquanto a festa está rolando.

— Ótimo – suspirou aliviada. – Queria tanto estar lá, aposto que tudo está correndo da forma mais perfeita.

— Também queria, meu amor, mas primeiro sua saúde – beijou o topo da sua cabeça. – E esse doutor que não chega, hein – foi até a porta, olhou para fora e voltou. – Quero saber logo a causa desse desmaio, quero poder cuidar de você do jeito certo.

Sintomas de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora