Capítulo 13

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Os dias que prosseguiram foram tranquilos, para que a paz continuasse William e Maite se evitavam o máximo possível, ele até comprou uma nova banheira para impedir qualquer possível discussão.
E com isso já haviam se passado 2 meses, durante esse período Henry também não voltou a procurá-los o que ajudou para nenhuma nova confusão ser armada.
A mulher estava na biblioteca lendo um livro qualquer quando o homem entrou.

- Desculpa, não sabia que estava aqui. - Já ia saindo, mas a voz da morena o impediu de continuar.

- Não precisa ficar fugindo de cada canto em que estou, somos duas pessoas adultas e civilizadas.

- Não estou fugindo, apenas quero evitar problemas.

- Não precisamos conversar, fique a vontade para escolher seu livro e o ler.

O homem pareceu pensar por alguns segundos, até perceber que ela tinha razão, era muito estúpido de sua parte ficar saindo dos cômodos de sua própria casa simplesmente porque a mulher se encontrava neles.
Então ele seguiu para a prateleira e pegou o livro que tinha em mente, como ela estava sentada na poltrona ele se sentou no sofá.
Estava concentrado na leitura quando ouviu um ruído estranho escapando dos lábios de Maite, ele não sabia dizer se fora um som de dor, surpresa, alegria ou tudo junto.

- O que foi? - Perguntou preocupado.

- Mexeu. - Respondeu sorrindo com a mão sob o ventre, ela já devia estar com uns três meses de gravidez, e sua barriga já começava a aparecer.

- Que ótimo, deve ser sinal que o bebê está crescendo forte e saudável.

- Venha sentir. - Chamou com olhos marejados de lágrimas.

- O que? - Perguntou nervoso.

- Venha, ande logo.

William não saberia dizer porque se levantou tão rápido e se ajoelhou diante a mulher, mas lá estava ele. Ela pegou sua mão e guiou até o local em que o neném estava se mexendo.
Era algo realmente mágico, como a natureza era uma coisa perfeita...

- Que sensação incrível... - Murmurou sorrindo bobo.

Derrepente o olhar emocionado dos dois se cruzaram, e foi como se fossem imã e metal, por mais que quisessem desviar o contato visual não conseguiram.
Com a mão esquerda ainda sob sua barriga, com a direita ele afastou uma mexa de cabelo da testa da mulher.
Nenhum saberia dizer quando exatamente seus lábios se tocaram, mas nesse instante a língua do homem pedia permissão para invadir aquela delicada e adocicada boca. Maite permitiu, entreabriu os lábios dando total passagem para o Duque. Foi um beijo calmo, lento e demorado. Ambos queriam explorar o quanto desse da boca um do outro.
Se afastaram somente quando o ar lhes faltou.

- Eu não deveria... Me perdoe. - Disse extremamente atordoado e se afastando da mulher como se ela queimasse sua pele, o mesmo saiu praticamente correndo da biblioteca.

Maite ainda se encontrava estática no mesmo lugar, suas mãos tremiam enquanto tocavam os lábios inchados.

- Meu Deus... - Murmurou enquanto se levantava. Ainda meio abalada ela seguiu para seu quarto a fim de descansar um pouco.

De seus aposentos ela ouvia William quebrando tudo do outro lado, ele gritava e arremessava coisas incansavelmente.
Com medo dele acabar se machucando ela abriu a porta que interligava os dois aposentos, e quase fora atingida por um copo que passou a milímetros da sua cabeça.

- Saia daqui! - Esbravejou.

- Não.

- Esse quarto é meu, e exijo que saia!

- Vai acabar se machucando, pare com isso. Foi só um beijo, não precisa disso tudo. - Disse tentando se aproximar, mas ele se afastava como o Diabo fugia da Cruz.

- Tudo começa através de um beijo, como pude ser tão fraco? COMO? - Gritou furioso.

- Eu não vou me apaixonar por você, assim como você não se apaixonará por mim. Fique tranquilo.

- Fique longe de mim, Maite. Quando está perto eu não consigo raciocinar direito. - Disse e saiu do quarto a deixando sozinha novamente.

A mulher se abaixou e começou a recolher os cacos, ela sabia que William era uma pessoa difícil, só não imaginava que fosse tanto.

Aos Cuidados de um Duque Onde histórias criam vida. Descubra agora