Aos Cuidados de um Duque

Capítulo 8

No dia seguinte Maite recebeu a notícia que iria na modista fazer seu vestido de noiva.

- Não precisa incomodar lady Kathy, alguma das criadas pode me acompanhar. - Disse para o Duque que havia pedido para a cunhada acompanhar sua noiva.

- Faço questão que ela te acompanhe, ela está por dentro da moda londrina, saberá te auxiliar.

- Exatamente, queridinha. - Disse Kathy sorrindo e a morena precisou se segurar para não revirar os olhos.

- O casamento será depois de amanhã, será que vai dar tempo de ficar pronto? - Perguntou.

- Com o estímulo certo minha cara, ele ficaria pronto hoje mesmo se necessário. - Respondeu William colocando sob suas mãos um saquinho cheio de moedas.

- Isso é muito dinheiro. - Disse boquiaberta.

- Oras, compre o vestido, sapatos e uma roupa de baixo também. - Falou Lewys, fazendo com que a jovem corasse.

- Não será suficiente para as jóias, vossa graça. - Disse Kathy.

- As jóias quero que ela use as que pertenciam a minha mãe, afinal será a nova duquesa logo elas lhe pertencem.

- Claro, cunhado. Então vamos, fofinha?

A jovem apenas concordou com a cabeça e as duas seguiram para a carruagem.

- O vestido tem que ser branco.

- Branco? Que horror. - Disse Maite abismada.

- É uma tradição da família, as duquesas precisam se casar de branco.

- A cor mais sem graça que existe, vou ficar totalmente apagada.

- Não questione, apenas aceite e fique quieta. Está se casando com o duque, o que importa a cor do vestido?

A mulher não respondeu mais nada, apenas deu de ombros. Quando chegaram na modista a mesma quase caiu para trás ao saber a cor do vestido.

- Como é o primeiro vestido branco de casamento que irá confeccionar? Lady Kathy não fez o vestido dela aqui?

- Sim, mas foi azul claro. Não foi,  milady?

- Foi, mas eu me casei com Henry. É a noiva do Duque que deve usar branco, e não a que se casa com o irmão dele.

Campbell olhou desconfiada, mas decidiu acreditar, Kathy era da família não iria querer ver o casamento do cunhado sendo alvo de escândalos.
Depois de tirarem as medidas a modista mostrou a Maite alguns desenhos para que ela pudesse escolher aquele que mais a agradasse. De cara ela se encantou por um e de imediato disse que seria aquele.
Depois escolheu um sandália e a roupa debaixo como William havia dito. Ficou perplexa com as roupas de baixo que as mulheres usavam nas noites de núpcias, eram tão transparentes e pequenas que era melhor ficar logo sem nada, pouparia o trabalho de tirá-las.

- Iremos passar dia e noite trabalhando em seu vestido senhorita, mas provavelmente só ficará pronto alguns minutos antes do casamento então não haverá prova antes. Por favor, controle a comida e tudo mais, se engordar um pouquinho que seja corre o risco do vestido não entrar.

- Deixe então uns poucos centímetros mais largo na cintura, melhor prevenir não acha? - Questionou com um sorrisinho amarelo. O problema não seria a comida, mas sim o serzinho que crescia dentro dela.

- Imagina, não há necessidades minha querida. - Disse Kathy se intrometendo. - Pode deixar que eu mesma irei controlar as refeições da nossa futura duquesinha. Até mais madame Tifanny. - Falou já puxando a mulher para sairem.

- Se eu pedi para deixar um pouco mais largo qual o problema? - Perguntou Maite irritada, estava cansada daquela mulher se metendo em absolutamente tudo.

- Ninguém engorda em menos de 2 dias o suficiente para não entrar em um vestido que foi tirado a medida hoje, a não ser que esteja grávida. Ou será que está?

A morena gelou diante o questionamento, mas fez de tudo para não deixar transparecer.

- Não, é claro que não. Que besteira! - Disse nervosa.

- Que bom. Eu estou.

- Está o que?

- Grávida, vou dizer a Henry hoje no jantar.

Maite agradeceu aos céus por já estar sentada na carruagem, senão teria caído.
Um misto de sensações passava por seu corpo, e nenhuma delas era boa. Ela sentia como se mais uma vez uma adaga atravessasse o seu coração sem dó e muito menos piedade.

- Quando alguém lhe conta uma notícia como essa deve parabenizar, isso é ser educada.

- Parabéns, que venha com muita saúde. - Apesar de tudo era verdade, jamais desejaria o mal para um ser inocente.

A loira apenas sorriu satisfeita, e o percurso de volta foi totalmente silencioso.
Maite não conseguia pensar em mais nada, senão na dor que estava sentindo. Ele tinha mesmo que fazer um filho naquela mulher no mesmo período em que ela estava grávida? Era muito sofrimento para uma pessoa só.