Capítulo 18

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Algumas semanas haviam se passado, Maite passava quase o dia todo trancada no quarto ou na biblioteca para evitar se encontrar com Kathy.
Nesse momento a morena estava na biblioteca tomando um chá quando William adentrou o local.

- Bom dia, duquesa. Acho que já faz uns dois dias que eu não te via. - Falou caminhando até a poltrona e se sentando enquanto afrouxava o nó da gravata que usava.

- Evito sair para não ter que lidar com sua cunhada. Aceita chá?

- Não, obrigado. Queria poder fazer o mesmo... - Murmurou cansado.

- A lady está te dando muito trabalho, querido? - Perguntou debochada.

- Ela fica atrás de mim o tempo todo, não entende que eu eu tenho trabalho. Fica me pedindo coisas toda hora, para ela e para o bebê. Alias, quando vai começar a montar o enxoval do seu filho?

- A criança só nascerá daqui uns 4 meses, tenho tempo. E eu também não sou  gananciosa, não precisamos de muita coisa. - Falou acariciando a barriga que cada dia crescia mais.

- Já sabe o nome que dará?

- Se for menina eu escolho, se for menino você escolhe. O que acha?

- Eu não tenho esse direito...

- Claro que tem, é você que ele ou ela chamará de papai. Tenho certeza que será um pai incrível.

- Confesso que tenho medo de falhar nessa missão, eu não estava preparado para tamanha responsabilidade, nem se quer esperava por isso, eu me imaginava casando e tendo filhos lá na casa dos 40... Mas eu darei o meu melhor.

- Tenho certeza que se sairá muito bem. - Disse sorrindo.

- Assim espero, sempre coloquei a família em primeiro lugar e não quero falhar. Bom, vou aproveitar que lady Kathy está fora e tentarei trabalhar. Janta conosco hoje? - Perguntou já se levantando.

- Sim.

Ele sorriu em resposta antes de partir a deixando sozinha novamente.
A jovem ficou mais alguns minutos ali, mas resolver sair. Decidiu que daria uma caminhada pelo jardim, enquanto ela caminhava avistou Kathy enterrando um saco preto no mato. Ela se escondeu e ficou observando detrás de uma árvore até a mulher terminar e retornar para a casa.
Discretamente ela correu até o lugar e começou a cavar até encontrar o pacote.

- Meu Deus... - Murmurou.

Ali dentro tinha um vestido que havia ficado seco e duro de sangue, Maite não conseguiu evitar fazer uma careta ao sentir o cheiro forte de ferrugem do mesmo. E a arma do crime usada para matar Henry que até então estava  desaparecida, mas lá estava a faca afiada que tirou a vida do homem.

A morena tremia enquanto jogava terra no buraco novamente para Kathy não desconfiar.
Ela pegou o saco e correu para a casa, entrou pelos fundos para que ninguém visse e com cuidado seguiu até seu quarto onde guardou o saco em cima do guarda roupa.
Logo após saiu e foi no escritório de William, onde encontrou o homem com uma cara estressada enquanto Kathy sentada frente a ele tagarelava sem parar.

- Com licença. - Falei.

- Algum problema, Maite? - Perguntou Kathy.

- Quero falar com meu marido, pode nos dar licença?

- Não vê que estávamos no meio de uma conversa? - Questionou nervosa.

- Por favor, nos dê um minuto lady Kathy.

- Mas...

- Não vou pedir de novo, essa é minha casa e esse é meu marido, logo quero um minuto a sós com ele. Você já o aluga todos os dias da semana, acho que me ceder algumas horinhas não irá te matar!

Ela bufou, mas saiu em seguida batendo a porta com força.

- Obrigado, não aguentava mais ela.

- É só você se impor, ou não é homem suficiente para isso?

- Está duvidando da minha virilidade? - Perguntou não crendo naquilo.

- Sim, estou.

Na mesma hora ele se levantou e se aproximou dela a segurando forte pelo braço.

- Se a tolero é simplesmente por empatia, ela perdeu o marido recentemente.

- Eu também o perdi.

- Mas creio eu que a esposa sofre mais do que a amante!

No mesmo instante William sentiu a face queimar, ela havia desferido um tapa em seu rosto.
Ele ficou alguns segundos apenas a encarando incrédulo, enquanto ela continuava com um olhar desafiador.
A troca de olhares que veio em seguida foi inevitável.

- Eu devia acabar com você.

- Pois então acabe, vossa graça. - Falou desafiadora.

Um segundo depois Maite estava deitada no sofá que ali tinha com o duque sob seu corpo. O homem já se encontrava sem camisa e o vestido da morena estava abaixado até a sua  cintura, deixando todo seu seio amostra onde a cabeça de William já se encontrava no meio deles a enchendo de beijos e chupões.

- Will... - Murmurou enquanto sentia a língua do Duque fazer loucuras no bico do seu peito direito. Ela já sentia a ereção do mesmo pressionando sua perna.

- Me peça para parar. Sozinho não conseguirei me afastar. - Pediu ele. - Peça antes que seja tarde demais.

Maite queria que ele continuasse, queria ir até o fim daquilo, mas derrepente se lembrou do motivo que a levou ali, e se afastou.

- Perdão. - Disse enquanto arrumava o vestido.

- Tudo bem... - Respondeu o homem se jogando sob o sofá. - O que tinha lhe trazido aqui?

- Quero fazer uma pergunta.

- Faça.

- Como anda as investigações do assassinato de Henry?

- Lentas, até agora nada.

- E quando acharem o assassino, o que acontecerá com ele... Ou ela?

- Será condenado a morte no mesmo instante.

- Na mesma hora? Nem um minutinho a mais? - Questionou ansiosa.

- Nenhum. Por que?

- Nada não, apenas curiosidade. Vou te deixar trabalhar, tranque a porta e finja desmaio se Kathy voltar.

- Vai ser difícil me concentrar agora. - Disse se referindo a excitação que doía entre suas pernas, o que deixou a mulher vermelha de vergonha. - Mas acho que seguirei seu conselho.

Maite tomou uma decisão, não iria denunciar Kathy até ela ganhar o bebê, não queria ser a responsável pela morte de um inocente.



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