Algumas semanas haviam se passado, Maite passava quase o dia todo trancada no quarto ou na biblioteca para evitar se encontrar com Kathy.
Nesse momento a morena estava na biblioteca tomando um chá quando William adentrou o local.- Bom dia, duquesa. Acho que já faz uns dois dias que eu não te via. - Falou caminhando até a poltrona e se sentando enquanto afrouxava o nó da gravata que usava.
- Evito sair para não ter que lidar com sua cunhada. Aceita chá?
- Não, obrigado. Queria poder fazer o mesmo... - Murmurou cansado.
- A lady está te dando muito trabalho, querido? - Perguntou debochada.
- Ela fica atrás de mim o tempo todo, não entende que eu eu tenho trabalho. Fica me pedindo coisas toda hora, para ela e para o bebê. Alias, quando vai começar a montar o enxoval do seu filho?
- A criança só nascerá daqui uns 4 meses, tenho tempo. E eu também não sou gananciosa, não precisamos de muita coisa. - Falou acariciando a barriga que cada dia crescia mais.
- Já sabe o nome que dará?
- Se for menina eu escolho, se for menino você escolhe. O que acha?
- Eu não tenho esse direito...
- Claro que tem, é você que ele ou ela chamará de papai. Tenho certeza que será um pai incrível.
- Confesso que tenho medo de falhar nessa missão, eu não estava preparado para tamanha responsabilidade, nem se quer esperava por isso, eu me imaginava casando e tendo filhos lá na casa dos 40... Mas eu darei o meu melhor.
- Tenho certeza que se sairá muito bem. - Disse sorrindo.
- Assim espero, sempre coloquei a família em primeiro lugar e não quero falhar. Bom, vou aproveitar que lady Kathy está fora e tentarei trabalhar. Janta conosco hoje? - Perguntou já se levantando.
- Sim.
Ele sorriu em resposta antes de partir a deixando sozinha novamente.
A jovem ficou mais alguns minutos ali, mas resolver sair. Decidiu que daria uma caminhada pelo jardim, enquanto ela caminhava avistou Kathy enterrando um saco preto no mato. Ela se escondeu e ficou observando detrás de uma árvore até a mulher terminar e retornar para a casa.
Discretamente ela correu até o lugar e começou a cavar até encontrar o pacote.- Meu Deus... - Murmurou.
Ali dentro tinha um vestido que havia ficado seco e duro de sangue, Maite não conseguiu evitar fazer uma careta ao sentir o cheiro forte de ferrugem do mesmo. E a arma do crime usada para matar Henry que até então estava desaparecida, mas lá estava a faca afiada que tirou a vida do homem.
A morena tremia enquanto jogava terra no buraco novamente para Kathy não desconfiar.
Ela pegou o saco e correu para a casa, entrou pelos fundos para que ninguém visse e com cuidado seguiu até seu quarto onde guardou o saco em cima do guarda roupa.
Logo após saiu e foi no escritório de William, onde encontrou o homem com uma cara estressada enquanto Kathy sentada frente a ele tagarelava sem parar.- Com licença. - Falei.
- Algum problema, Maite? - Perguntou Kathy.
- Quero falar com meu marido, pode nos dar licença?
- Não vê que estávamos no meio de uma conversa? - Questionou nervosa.
- Por favor, nos dê um minuto lady Kathy.
- Mas...
- Não vou pedir de novo, essa é minha casa e esse é meu marido, logo quero um minuto a sós com ele. Você já o aluga todos os dias da semana, acho que me ceder algumas horinhas não irá te matar!
Ela bufou, mas saiu em seguida batendo a porta com força.
- Obrigado, não aguentava mais ela.
- É só você se impor, ou não é homem suficiente para isso?
- Está duvidando da minha virilidade? - Perguntou não crendo naquilo.
- Sim, estou.
Na mesma hora ele se levantou e se aproximou dela a segurando forte pelo braço.
- Se a tolero é simplesmente por empatia, ela perdeu o marido recentemente.
- Eu também o perdi.
- Mas creio eu que a esposa sofre mais do que a amante!
No mesmo instante William sentiu a face queimar, ela havia desferido um tapa em seu rosto.
Ele ficou alguns segundos apenas a encarando incrédulo, enquanto ela continuava com um olhar desafiador.
A troca de olhares que veio em seguida foi inevitável.- Eu devia acabar com você.
- Pois então acabe, vossa graça. - Falou desafiadora.
Um segundo depois Maite estava deitada no sofá que ali tinha com o duque sob seu corpo. O homem já se encontrava sem camisa e o vestido da morena estava abaixado até a sua cintura, deixando todo seu seio amostra onde a cabeça de William já se encontrava no meio deles a enchendo de beijos e chupões.
- Will... - Murmurou enquanto sentia a língua do Duque fazer loucuras no bico do seu peito direito. Ela já sentia a ereção do mesmo pressionando sua perna.
- Me peça para parar. Sozinho não conseguirei me afastar. - Pediu ele. - Peça antes que seja tarde demais.
Maite queria que ele continuasse, queria ir até o fim daquilo, mas derrepente se lembrou do motivo que a levou ali, e se afastou.
- Perdão. - Disse enquanto arrumava o vestido.
- Tudo bem... - Respondeu o homem se jogando sob o sofá. - O que tinha lhe trazido aqui?
- Quero fazer uma pergunta.
- Faça.
- Como anda as investigações do assassinato de Henry?
- Lentas, até agora nada.
- E quando acharem o assassino, o que acontecerá com ele... Ou ela?
- Será condenado a morte no mesmo instante.
- Na mesma hora? Nem um minutinho a mais? - Questionou ansiosa.
- Nenhum. Por que?
- Nada não, apenas curiosidade. Vou te deixar trabalhar, tranque a porta e finja desmaio se Kathy voltar.
- Vai ser difícil me concentrar agora. - Disse se referindo a excitação que doía entre suas pernas, o que deixou a mulher vermelha de vergonha. - Mas acho que seguirei seu conselho.
Maite tomou uma decisão, não iria denunciar Kathy até ela ganhar o bebê, não queria ser a responsável pela morte de um inocente.
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Aos Cuidados de um Duque
Hayran KurguMaite era uma simples enfermeira que cuidava dos feridos na guerra, e foi no caos que conheceu Lorde Henry Lewys, filho de um Duque. O mesmo havia sido ferido com uma espécie nova de bomba, e ela foi a responsável por seus cuidados. A recuperação do...