Décima Quarta Estrela - Uma ameaça perigosa

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— Não quer falar sobre o que rolou? — perguntei enquanto a gente saía o mais rápido possível daquela rua chique

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— Não quer falar sobre o que rolou? — perguntei enquanto a gente saía o mais rápido possível daquela rua chique.

Não.

Marcel pareceu bem irritado e ao mesmo tempo triste. Suspirei, mas acabei deixando o assunto pra lá porque ele ainda devia estar processando o flagra sinistro. Talvez mais pra frente pudéssemos conversar sobre.

Comecei a apertar o passo para chegar logo em casa. Dei nossa tentativa de encontrar alguma pista como um total fracasso. Prometi que ajudaria Marcel e também me ajudaria no processo, até porque não estava nos meus planos passar o resto dos meus dias sendo atormentado por uma voz de uma pessoa que eu detestava.

Eu ia andar ainda mais rápido e torcer pra conseguir pegar um ônibus na esperança de não ter que ir a pé até em casa quando um barulho no beco entre duas casas chamou minha atenção.

Mesmo para um bairro daqueles, o beco estreito era bem precário. Cheguei perto porque mesmo estando no meio da tarde, naquele beco estava bem escuro. Tinha algumas caçambas de lixo e duas silhuetas. Uma meio que pressionando a outra na parede.

Quando cheguei ainda mais perto porque a curiosidade bateu bem forte, reconheci na hora aquele topete loiro e o porte delicioso do nosso tão odiado presidente. O mais impressionante de tudo isso era que ele estava aos beijos com um cara baixinho com alguns cachos.

Porra! Aquele é o...? Porra!

Nem Marcel conseguiu terminar a pergunta. O sabor de estar certo era perfeito, tanto que não hesitei em acionar meu celular e usar a câmera invisível com um flash tão discreto que não batia luz nenhuma na cara do alvo. Tirei várias fotos e de vários ângulos. Christian estava tão envolvido no beijo que não notou minha presença.

Claro que o melhor de tudo foi o vídeo perfeito que eu fiz do Christian enfiando a mão nas calças do homem e batendo uma pra ele de um jeito que mesmo que eu não quisesse, teria ficado duro só de ver.

Ele sempre fez questão de deixar claro como era hétero.

— Grande coisa. Você também faz isso. — Revirei os olhos.

Mas eu sou mesmo hétero.

— Ah, conta outra! — Tive que rir da piada.

O que vai fazer com essas fotos? Isso pode destruir não só a carreira do presidente como também fazer um estrago daqueles em Grande Sunshine.

— Bem, vou fazer o óbvio. — Dei de ombros, me sentindo o tal com tanto poder assim nas mãos. — Pedir com toda a gentileza do mundo que Christian tire você da minha cabeça e te coloque no seu corpo. Caso não faça, esse material todo vem a público.

Ou seja, vai ameaçar o cara?

Eu não sabia bem o motivo para Marcel não parecer satisfeito com a minha saída pra lá de estratégica.

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