Nona Estrela - Uma bizarrice tremenda

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Gritar não vai resolver nada, estrelinha

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Gritar não vai resolver nada, estrelinha.

Parei com meu berro assim que ouvi aquilo. Achei que tinha mesmo ficado biruta das ideias, então respirei fundo e decidi contar até três porque tinha esperanças de que as coisas fossem voltar ao seu eixo de um jeito ou de outro.

— Tá tudo bem aí? — Escutei Derek do outro lado da porta. — Ouvi você gritar.

Tirando surto psicótico da estrelinha aqui, tá tudo bem.

— S-S-Sim — consegui recuperar minha voz. — É que deixei o sabonete cair.

E isso lá é motivo pra esse escândalo? Desculpinha esfarrapada essa sua.

— Não, eu não estou louco — falei pra minha própria sanidade ignorando a voz do infeliz do Marcel e passei a mão no rosto. — É só cansaço.

Olha, não temos tempo pra isso. Quero saber o que está acontecendo porque uma hora eu estava na sede pra me tornar um doador do governo e depois que me apagaram fui parar bem aqui.

— O quê? — resolvi enfim me dirigir a ele porque aquela informação me pegou desprevenido.

Agora resolveu me dar atenção?

Mesmo só sendo uma voz irritante do além, Marcel ainda conseguia me provocar daquele jeito babaca dele.

— Pera, então isso foi o CCH? — Comecei a arfar. — Eles colocaram seu espírito no meu corpo ou alguma coisa assim?

É capaz e você tem que me ajudar a achar meu corpo de volta.

— Isso é ridículo! — Trinquei os dentes. — Olha, não tenho que fazer droga nenhuma porque você é um grande idiota. Roubou minha namorada, fica implicando comigo todo santo dia. Se você está na merda, então eu automaticamente fico feliz.

Primeiro que não roubei sua namorada, você é que foi ingênuo achando que ela realmente amava você.

Aquilo foi tipo um tapa forte na minha cara, tanto que até pisquei sem conseguir acreditar que ele teve coragem de falar um bagulho desses.

Segundo que estou na merda por estar no seu corpo, o que faz com que você também esteja na merda porque não sei se você já se ligou, mas não vou te dar um dia de paz se não me ajudar a voltar pro meu corpo.

— Vai pro inferno! — berrei, desistindo da droga do banho e indo marchando até o quarto.

Me joguei na cama depois de usar o comando de voz para que ela abrisse enquanto torcia de dedos cruzados para que tudo aquilo fosse só um pesadelo daqueles bem vívidos e bizarros. Me encolhi feito uma bola e aproveitei os segundos em que minha cabeça estava livre de Marcel.

Não tá pensando em dormir, né? Eu só falei verdades, se é você é sensível demais pra ouvir, então não posso fazer nada.

— Não te devo droga nenhuma — rosnei, afundando o rosto no travesseiro.

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