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Tyler Tramontini sempre se via tropeçando pela vida até se encantar pela garota dos seus sonhos.
Porém, tudo muda quando ela o troca...
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O dia deu uma arrastada daquelas que me deixava todo sonolento. Prestei bem pouca atenção nas aulas e se não fosse pelo Marcel, eu teria capotado ali mesmo.
Foi tudo meio que um borrão, então logo depois acabei indo direto pra casa porque queria dar uma cochilada daquelas bem caprichadas. Achei estranho Derek não ter aparecido nem mesmo depois que anoiteceu.
No jantar, tia Samantha fez um risoto que me deixou com água na boca até mesmo depois que enchi o bucho até o talo. Assistimos alguns filmes especiais de Natal ainda que não estivéssemos nem perto dele. Digamos que era um passatempo nosso. Éramos viciados naqueles filmes clichês de Natal.
— O Derek já devia ter voltado — disse tia Samantha checando o relógio com preocupação. — Tá ficando bem tarde.
— Deve ter se encontrado com alguma garota — rebateu Julian um tanto distraído com os pés bem em cima do colo de Luke, que já estava no sétimo sono e babava de um jeito nojento em uma das almofadas.
— Derek geralmente me manda uma mensagem avisando — falei e fui logo checar pra ver se tinha alguma notícia. Como esperado: nada.
Aquilo estava me deixando meio aflito, mas mesmo assim tentei prestar atenção no filme e torcer para que Derek chegasse logo.
Fomos dormir depois do quinto filme, só que não consegui pregar os olhos porque uma sensação terrível não me deixava dormir.
Deve ser estresse. Muita coisa rolou.
— Já andei estressado por um tempo e mesmo assim conseguia dormir — murmurei, me virando de lado torcendo para que ao mudar de posição o sono viesse finalmente.
Ou preocupação com o Derek.
— Sim. — Fiquei logo alarmado. — Quando vai chegar tarde, ele sempre avisa. Será que tá tudo bem? — Um aperto estranho no meu peito quase me fez perder o ar.
Claro que está, estrelinha.
Ele assumiu meu corpo pra poder acariciar meu rosto. Acabei dando um sorrisinho fraco porque mesmo ainda tendo um pouco de ranço dele, eu curtia suas carícias. Era bom não me sentir tão sozinho assim.
Brilha, brilha, estrelinha...
Alarguei o sorriso e deixei que Marcel continuasse cantarolando a música. Com o tempo, acabei pegando no sono só que a sensação ruim estava bem longe de passar.
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