CAPÍTULO 38

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Duas semanas após o natal

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Duas semanas após o natal.

- Papai e mamãe falaram que o vovô está bem - disse Jay lendo a carta de papai

- Disseram quando ele vem pra cá? - perguntei tomando um gole de suco.

- Não - continuo lendo - mais disseram que está acontecendo muitos ataques por lá

- Ataques?

- Voldemort está recrutando mais seguidores. E caso eles recuse, estão matando todos - me entregou a carta

- Os ministérios estão trabalhando com os olhos vendados - me irritei - até quando eles vão fingir que não está acontecendo nada.

- Não sei maninha, mas vovô está super preocupado com o seguimento desses ataques.

- Queria poder ajudar de alguma forma - disse sincera

- Você só tem 15 anos - me encarou bravo

- Logo faço 16 James - o lembrei - e você acha mesmo que se tiver uma guerra eu vou ficar com a bunda sentada, esperando pra ver oque acontece? Quando eu sei que posso ajudar as pessoas ao meu redor.

- Eu sei que não vai, porque eu te conheço, mais poderia esperar mais, está muito nova - disse querendo encerrar o assunto

- Claro, Voldemort vai esperar a gente completar a maioridade para poder iniciar uma guerra. Acorda James - lanço um olhar mortal para ele, dizendo que o assunto está acabado.

  Se ele acha que eu vou ficar sentada vendo todos serem atacados, e não fazer nada, ele está muito enganado e não conhece a irmã que tem. Voldemort está ficando cada vez mais forte, é só questão de tempo que os ataques fiquem mais fortes e recorrentes.

  Saio dos meus pensamentos quando vejo Lilly com semblante triste.

- Aconteceu algo? - pergunto direcionando meu olhar para ela.

- Petúnia vai se casar - ela disse triste

- E isso não seria sinônimo de felicidade? - pergunto o óbvio

- Ela não me chamou. Deixou bem claro que não quer a minha presença - larga a carta em cima da mesa e fica encarando um ponto estática.

- Como se o casamento dela fosse ser um grande acontecimento - resmungo e sinto um beliscão em meu braço - Aí Lou, doeu

- Isso é pra você parar de ser uma grande boca aberta, sua amiga está mal, e pra ela, é sim um grande acontecimento. A irmã vai casar, imagina como você se sentiria caso o James casasse e não te convidasse - discursa Lou, olho mortalmente para meu irmão

- Ele não ousaria - digo entredentes - até porque não vive sem mim.

- Então se coloque no lugar da Lily, ela precisa da gente, a irmã á está excluindo de sua vida - termina e volta a comer sua torta.

- Quer invadir? - pergunta Sirius

- Sério isso, essa é a sua ideia? - pergunta Lene

- Tem alguma melhor?

- Não, mais qualquer uma seria melhor do que essa!

- Lil, eu sei que está sendo o pior momento para você, mais eu quero que você saiba - seguro sua mão - por mais que sejamos idiotas e as vezes insensíveis, vamos sempre estar aqui para oque você precisar, então se quiser invadir o casamento mesmo, nós vamos topar, mesmo que a ideia seja meio blé - vejo um sorriso surgir em seus lábios e logo sinto seus braços, a abraço de volta dizendo que tudo vai melhorar.

- É Evans, estamos aqui por você - ouço meu irmão dizer, olho pra ele sorrindo e por incrível que pareca Lilly também.

- Agora se me dão licença eu irei para a biblioteca - levanto e mando beijos para todos ali

   Não conseguia prestar mais atenção em nada, eram tantos acontecimentos, Voldemort beirando a ascensão, Lilly tendo problemas com a irmã, Reg não retornava nenhuma das minhas cartas, e eu não conseguindo ajudar nenhuma das partes. Estava me sentindo inútil

  Vou seguindo o meu caminho mais sinto que estou sendo seguida, olho para trás e não vejo nada.

- Continue andando, mas finja que não estou falando com você - diz Reg ao meu lado

- Estamos um ao lado do outro, meio difícil não acharem que estamos conversando - digo

- Sabe conversar assim? - sinto a pergunta em minha cabeça, mais não vejo ele mecher sequer um centímetro da boca

- Sim - devolvo a resposta

- Não fique brava comigo - sinto que sei o que vem por aí - eu tenho a marca.

  Meu mundo para, o meu melhor amigo é um comensal e me fala como se não fosse uma coisa grandiosa, de todas as coisas que eu falo pra ele, nenhuma entrou em seu ouvido, ou entrou e saiu rapidamente pelo outro.

- Idiota, idiota, idiota - digo para ele, batendo em seus braços

- Eu disse para não sermos vistos conversando, então não me bata - fala o óbvio - e não entrou em um ouvido e saiu pelo outro.

- Saiu sim, você está com a marca no seu braço

- Aurora, quer me ouvir - ele para e me faz olhar pra ele - Tem alguma sala por aqui que não vão interromper a gente?

  Olho em volta, e percebo que tem uma sala que Sirius usa para seus encontros matinais.

- Sim, entra - assim que entramos na sala, ele já conjura uma luz para podermos conversar.

- Por favor, não me interrompa - ele pede e eu confirmo - Fui conversar com Dumbledore. Eu não aguento mais aqueles papos nojentos que Voldemort prega em suas reuniões. Eu fui forçado a receber a marca, não queria. Bella e meus pais praticamente me sequestraram para continuar o ritual da marca. A dor foi horrível, eu juro que queria me entregar a ela ali mesmo. Mais aí eu lembrei de você, de todas as coisas que você me falava. Ele quer acabar com um mundo que nem sabe da nossa existência, e que se soubesse eu tenho certeza que não seria como antigamente. Eu já andei pela Londres trouxa, e Aurora, as crianças gostam de bruxos, elas querem que essa "fantasia" seja verdadeira. Quando eu cheguei em casa, depois de receber a marca, eu fiquei pensando, oque poderia dar forças para ele, não consegui chegar em nenhuma resposta. Mas na segunda reunião que foi para os mais confiáveis, Bella o convenceu a me convidar, dizendo que eu seria útil. Ele contou que disse que havia dividido a sua alma em cinco partes...

Acho que ele percebe a minha confusão, e começa a explicar.

- Orcruxus, ele dividiu a sua alma em 5 e ás colocou em objetos, que até então são desconhecidos para algumas pessoas. Apenas duas pessoas sabe quais são eles, Bella e Lucius. - faço cara de nojo para os nomes citados - vou ficar como espião para Dumbledore, se a gente conseguir descobrir quais são e matar as partes da alma dele, conseguieremos fazer com que ele caia.

- ESPIÃO REGULOS BLACK? ESPIÃO? - me altero, mais sinto meu coração arder de preocupação

- Calma, vai dar tudo certo - ele me abraça

- E se não der, e se ele descobrir e te matar, e se ele te mandar para alguma missão e você não voltar - aprofundo mais o abraço - são tantos "se" que eu só fico pensando nisso.

- Eu vou ficar bem, não se preocupe.

Better Man - Sirius Black Onde histórias criam vida. Descubra agora