Destinados - fanfic Joseph Quinn (em revisão)

52 - A carta

Notas da autora: gente eu falei no último capítulo que esse ia ser o último, mas ainda vai ter mais alguns capítulos. Achei que ia conseguir escrever o final todo em 1 capítulo, mas acabou que deu muito mais kkkkkkkkkkkk

Recomendo que escute "fix you" lendo esse capítulo❤️

Joseph

Ja tinha passado 1 mês da minha volta, e eu todas as noites encarava esse livro como se ele fosse explodir em minhas mãos. Não entendia porque a Katarina tinha me deixado ele.

Era uma versão em português de um dos livros que a Katarina gostava.
Orgulho e preconceito, eu joguei no Google tradutor para ver.

O livro era de capa dura, e eu ja havia tentado ler inúmeras vezes, mas português era impossível de aprender sozinho.

Agora observando o livro melhor, em uma luz adequada, eu enxergava um pequeno bolso feito de papel na contra capa. Feito provavelmente para guardar marca páginas ou anotações.

Me surpreendi quando puxei o dedo de dentro dele e veio uma folha de papel junto.
Quando abri meus olhos encheram de lágrimas. A letra da Katarina, linda e caprichada enchia a folha.

"Essa é uma carta de desculpa e de despedida junto. Para meu amor que nunca será.

A realidade é que a vida real a maioria das vezes não é como nos sonhos ou nos filmes. O amor muitas vezes é o começo de um final, principalmente os impossíveis.
Deixo meus sentimentos nestas últimas palavras porque para mim é impossível dizer adeus a esse amor que invadiu minha alma. Imaginar que nunca poderei ver a cor dos teus olhos nos meus, nunca escutarei tua voz e jamais me prenderei nos teus braços, vem matando todos os dias um pouco.
Por isso e muitos outros sentimentos que alimentei no meu coração com esse amor impossível,te deixo essa carta com todo meu ser.
Sabendo que essa história de amor não terá um final feliz, preciso partir, mas quero que saiba que vou feliz, sabendo que não fui egoista com você, e experimentei as ilusões mais lindas que um amor pode dar a um ser humano.
Vou agradecida e jamais vazia, porque levarei comigo seus beijos, tuas carícias, teus abraços, teu cheiro, o sabor da tua pele; de todos os nossos momentos. É meu maior tesouro do coração nesse existir.

Te deixo a recordação do amor mais lindo e intenso de uma história que vivi a maior parte sozinha, levando a certeza que um dia será, em outro tempo, outra vida.
Gostaria que guardasse em um lugar especial no teu coração todo meu sentir, mas sei que provavelmente você nunca chegará a ler essa carta. Mesmo assim deixo aqui o amor mais lindo que sonhei.

Espero que me perdoe, por nunca ter te dado oque merecia, por nunca ter me entregado por inteira, por ter mentido, por ter aberto mão de você, mesmo depois de dizer que te amava. Nunca foi mentira.
Essa carta é somente para você não se culpar, por não ter estado comigo nesses momentos finais. É somente para você saber, que mesmo que eu saia bem dessa, eu deixarei você viver sua vida, sabendo que a sua decisão de não estar comigo foi a certa para você.

Espero que entendas esse adeus, precipitado, mas inevitável. Sem dúvida alguma, te amarei para sempre, onde quer que eu esteja, e vou sempre estar vibrando por tua felicidade.

Para: Joseph Quinn
De sua Kit-kat"

Quando cheguei no final da carta, ela ja estava encharcada de lagrimas. As minhas lagrimas em ler que mesmo sem a certeza de que sairia disso viva, ela se preocupou em dizer que estava tudo bem eu não estar com ela, pois ela mesma causou isso omitindo tudo de mim.

A Katarina, mal sabe você que eu nunca deixaria de te ajudar e te amar mesmo que não estejamos juntos. Principalmente agora sabendo toda a verdade, mas você nunca saberá disso.

Dobrei o papel e o apertei forte no meu peito, e chorei tudo oque eu não me permitir chorar todas essas semana.
Depois dobrei a carta coloquei no lugar peguei o livro e sai do quarto da Katarina.
Estava na hora de seguir em frente.

Katarina

7 meses depois.

Abri meus olhos com dificuldade, eles estavam pesados, a claridade fez eles arderem. Tentei levantar a mão para tampar a luz que entrava pela janela do meu quarto, mas o braço doeu tanto que eu desisti.
Todo o meu corpo estava doendo, como se eu tivesse ficado um mês inteiro deitada dormindo.

Quando meus olhos se acostumaram com a luz, eu vi onde estava.
No meu quarto na Europa, mas a minha cama não era minha cama, Era uma daquelas de hospital. Tinha aparelhos conectados em mim, para controlar os batimentos cardíacos. Uma agulha estava no meu braço, fazendo um líquido estranho entra por ela.

Odiava agulhas, e logo que forcei meu braço para levantar arranquei da pele.
Tentei falar, mas a minha boca estava tão seca que os meus lábios estavam rachados e machucados.
Tentei levantar dessa vez, com muito dificuldade eu consegui sentar na cama. Virei de vagar os pés para fora, e logo encontrei o chão gelado que me causou arrepios.

Olhei em volta do meu quarto, e ele tinha virado um quarto de hospital moderno, todas as minhas coisas ainda estavam la, mas a mesa onde era o computador e a minha prateleira de livros, deu lugar a uma geladeira que continha remédios, e bolsas desse mesmo liquido que agora escorria pelo chão.
Quando finalmente consegui ficar em pé, depois de uns 10 minutos tentando que minhas pernas não falhassem, eu avistei um copo de água ao lado de um relógio que dizia ser 13h da tarde.

Usei o suporte que prendia o líquido estranho para me apoiar e andar ate o copo de água, que bebi com vontade.
Algo esta estranho, não me lembro de ter vindo para Europa, e nem pq meu quarto tinha virado um mini hospital.

Então pela porta do quarto que estava berta eu vi o Samuel correndo em direção ao escritório do meu pai, que ficava no fim do corredor.

Tentei chamá-lo, mas minha garganta falhou, então andei ate a porta para que pudesse chamar sua atenção.
A risada dele era contagiante, e ele conversava alegremente com meu pai, reconheci pela voz.

Quando sai da porta eu olhei em direção a eles, e vi o Samuel segurando uma mochila de rodinhas com uma lancheira nas costas.

Ele foi o primeiro a me ver.

- Kit- kat !!- ele falou apontando para mim animado

O meu pai que não prestava mais atenção nele, e sim em um papeis em sua mesa, respondeu automático.

- Sua irmã é a princesa bela adormecida, lembra Samuel ? So ira acordar quando for a hora certa. - Disse ele ainda olhando para os papéis, o homem parecia preocupado.

Ele levantou o rosto rápido, sem perceber minha presença no corredor olhando eles.

- Agora vá tomar banho e trocar de roupa, hoje é o dia do doutor vim ver co...

Ele parou no meia da frase, quando a minha mãe que vinha do outro lado do corredor, gritou meu nome e veio me abraçar.
Foi então que ele me viu em pé, de pijama segurando o suporte da bolsa de soro.

- KATARINA !!

                                      🖤

Capítulo revisado 🥰