53- bela adormecida.

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Katarina

Ele levantou tão afobado para vim me abraçar que tropeçou no Samuel, que estava na porta.
Os 2 caíram juntos.

Eu comecei a rir inevitavelmente fazendo todos se surpreenderem, minha garganta doeu tanto pelo esforço que eu comecei a tossir.
Logo o meu pai que levantava segurando o Samuel, também começou a rir e chorar ao mesmo tempo, junto com minha mãe que demorou para chegar ate onde eu estava, porque tinha com uma barriga imensa.

O meu pai me abraçou chorando.
Ele falou coisas emboladas, e a maioria delas era agradecimentos.
Me surpreendi com tal ato, nós não estávamos muito bem nos últimos meses,
únicas vezes que eu falava com ele, era quando estava bebada pulando o muro de sua casa.

Ele me carregou de vagar para a cama.

A minha mãe que segurava a minha mão, não parou de chorar 1 so segundo. Ela chorava tanto que não conseguia falar, entre os soluços e abraços.

Meu pai que foi o primeiro a se acalmar falou por fim algo coerente.

- Querida você esta bem ? Sente dor ? Consegue falar comigo ?

Eu por minha vez, olhava para eles confusa sem entender.
Minha garganta ainda doía, e quando eu falei a voz saiu em frangalhos.

- Oque está acontecendo ?
Foi tudo oque eu consegui falar.
Queria perguntar porque eu não estaria bem.

- Você não se lembra de nada ? - Perguntou ele pegando o celular que estava no bolso.

Eu balancei minha cabeça em afirmação.
Minha cabeça doía e tudo que eu tentava lembrar, fugia dos meus pensamentos.

Quando minha mãe ia começar a falar o meu pai a interrompeu.

- Espere marina, ela pode não aceitar muito bem a situação. Vou ligar para o stefan agora.

Logo que meu pai pegou o celular, uma enfermeira entrou no quarto, colocando novamente a agulha no meu braço.

- A senhorita precisa se hidratar, por favor não tire a agulha. Se estiver sentindo dor aguente um pouco, quando o doutor chegar, ele ira te passar um remédio para dor.

Eu confirmei com a cabeça.

Apertei a mão da minha mãe chamando a atenção dela para mim.

- eu preciso de água. - Falei sentindo minha voz voltando aos pouco ao normal.

Ela na mesma hora se levantou da cadeira e foi buscar.

Olhei para o Samuel que estava me olhando com carinho.
O chamei para a cama, e perguntei como ele estava. Assim que deitou encostado no meu braço livre, ele não parou de falar um só minuto. So parou quando a doutor chegou e precisou me examinar.

Ele mediu minha pressão.
Pediu para eu respirar fundo para que ouvisse o meu coração e os meus pulmões.
Olhou minha garganta.
Olhou ate o meu ouvido.
E por fim, acendeu uma luz nos meus olhos e mandou que eu seguisse ela.

- Alguém vai me contar o que está acontecendo ? - Falei com raiva, ainda aos sussurros, minha voz ainda estava estranha. 

- Katarina, oque eu tenho para te dizer vai ser um tanto complicado para você discernir no momento. - Falou o doutor sentando na cama e pegando calmante em minha mão.

- Você passou 8 meses em coma depois de fazer uma cirurgia de doação de rins para o seu irmão; é por isso que ele está tão forte e saudável, você o salvou. mas nesse processo o seu corpo simplesmente desativou.

Eu o olhava incrédula.
Balancei a cabeça sentindo uma tontura na mesma hora.
Quando minha mãe chegou com a água, eu tremia tanto, que não consegui segurar o copo sozinha.

- Okay. - Falei respirando fundo, balançando a cabeça em afirmação tantas vezes, que pareceu estranho depois de um tempo.

- Isso explica a barriga enorme da minha mãe.
Completei, fazendo ela sorrir para mim.

- Precisamos que nos fale da última coisa que se lembra Katarina. - Falou o medico serio pegando um caderno para anotar.

Eu forcei a minha cabeça, sentido dor na mesma hora.
Minha cara de dor foi evidente porque o doutor se levantou, pegou uma seringa e um remédio na geladeira, e aplicou cuidadosamente no soro que estava entrando no meu braço.

- Isso deve ajudar com a dor. Não force, deixa as lembranças virem naturalmente. - Disse ele com calma, massageando a minha mão, sorrindo para mim. - Eu ficarei aqui o tempo que for necessário para te ajudar, okay ?

Eu concordei, me acalmando com as palavras dele.

Não lembraria de nada agora, então resolvi conversar.

- Eu conheço o senhor ? - Perguntei curiosa.

Ele era jovem, não aparentava ter mais que 30 anos. Era incrivelmente bonito também, seus cabelos eram revoltados e castanhos claros, seus olhos eram cor de mel.
Me lembrava alguém que me fugia da memória.
Alguém que me trazia paz.
Alguém que fez o meu peito doer.
Eu não lembrava de seu rosto, mas lembrava do seu cheiro

Capítulo revisado 🥰

Destinados - fanfic Joseph Quinn (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora