14. Jimin chorou

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Mesmo com todas as experiências e tudo o que já vivera — e este já presenciara muita coisa —, tudo não foi o suficiente para que Vante soubesse como lidar com o desenrolar da cena que estava acontecendo no escritório da Casa 1.

Não era um homem puro e recatado: já havia participado de encontros a três e até algumas orgias, o ato sexual em si não era novo.

Mas a dinâmica daquele momento, isso sim era inédito.

Pois Eros olhava para Jeon da mesma forma que o marido olhava para ele. Mesmo enquanto era Jeon quem caminhava rumo ao loiro como se andasse por um caminho tortuoso cegamente, era Eros que parecia estar bem mais entregue de corpo e alma.

Alma, caso o Demônio ainda a possuísse. Contudo, Vante não precisava saber daquilo.

— Eros, me diga o que está fazendo. — Jeon direcionou a pergunta ao loiro coberto de látex vermelho.

— Eu quero vocês dois, senhor. — inclinou o dedo indicador, chamando-o, e quando Jeon finalmente se aproximou o Demônio deixou a mão passear pelo seu ombro. — Eu contei ao senhor Vante que ele não é capaz de me dominar como o senhor.

Falou tudo aquilo com um brilho no olhar que já havia levado embora toda a sua inocência e teatro de pessoa indefesa. Jeon piscou rapidamente e olhou atônito para Vante, que engoliu em seco.

Deram-se conta, naquele momento, do problema que colocaram nas próprias vidas. No casamento.

Mas já era tarde demais para pensar nisso.

— Eros... — Jeon queria protestar, dizer algum argumento racional, mas não havia qualquer um e os três sabiam disso.

O Demônio sorriu e a mão, antes no ombro de Jeon, foi até a gola da blusa colarinho do rapaz e o puxou ao mesmo tempo que deu passos para trás até colar o corpo ao de Vante, que quase soltou uma exclamação de surpresa.

Queria os dois ao mesmo tempo.

— O senhor pode parar de tentar achar algum raciocínio nessa mente e deixar isso para depois, por favor? — disse um pouco ousado para Jeon, que ergueu as sobrancelhas.

— Como sabe?

— Dá pra ver a perturbação nos seus olhos. — Piscou e inclinou a cabeça para trás, até se ver deitado no ombro de Vante.

O Dominador fechou os olhos e respirou fundo. As mãos continuavam ao lado do corpo, estava tentando não tocar em Eros.

— O senhor está me olhando como se quisesse me matar por eu estar tocando seu marido, mas ao mesmo tempo quer me foder... — O Demônio sorriu e passou a outra mão ainda livre pelos cabelos de Vante, que respirou fundo pelo toque. — Ou quer que seu marido me foda? Você pode escolher.

Os olhos de Jeon se arregalaram ainda mais e um gemido contido e baixo entregou o desejo oculto de Vante.

Aquilo feriu o ego de Jungkook. Contudo, não podia deixar que o loiro percebesse.

Queria mostrar que era tão poderoso quanto o dono das Casas de Vante.

— Pois bem, então. — disse sério e andou até a poltrona mais próxima dos dois, Vante ainda estava encostado à mesa. — Faça isso, dê para o meu marido. — Ergueu o queixo em um gesto prepotente e cruzou as pernas. — Mas você vai fazer apenas o que eu mandar.

Meretrício | TaekookminOnde histórias criam vida. Descubra agora