— Há quanto tempo ele está dormindo?
— Algumas horas. Estava cansado, vamos deixá-lo assim por enquanto. — Suspirou pensativo. Estava penteando os cabelos tingidos na penteadeira de madeira, a qual possuía um grande espelho oval com decoração de bronze ao seu redor.
Vante se aproximou do marido sentado no pequeno banco e retirou a escova de suas mãos para ele mesmo pentear seu cabelo, que crescia com facilidade. Em breve já seria capaz de prender os fios cor-de-rosa em um pequeno coque atrás da cabeça.
— Vai deixar mesmo rosa? — Perguntou para o mais novo enquanto penteava seu cabelo. Vante era apenas dois anos mais velho do que ele.
— Por enquanto sim, ainda não trouxeram as tintas que pedi.
— Quais cores encomendou?
— Lilás e verde. — Sorriu para o marido pelo reflexo do espelho, que balançou a cabeça risonho.
— É mesmo um bebê. — Deixou a escova na penteadeira e beijou seus cabelos, mas o outro estreitou os olhos.
— Não sou um bebê.
— É sim... — Abaixou o rosto para beijar-lhe na bochecha e Jeon pendeu a cabeça para o lado, mais interessado em expor o pescoço. Estava com o início de excitação pronto para surgir e queria aproveitar o momento com o marido.
A pequena fita de cetim ornamentada com a inicial de Vante em forma de pingente reluzia. Sua joia favorita.
A pele convidava os lábios do marido para tocar-lhe.
— O que achou do garoto? — Vante beijou o pescoço inclinado do esposo, que fechou os olhos para apreciar o toque.
— Não é um garoto. — Murmurou, alheio ao assunto pelo corpo estar envolvido com a quentura da boca do marido.
— Não? É o que eu estou pensando? — Afastou o rosto e passou a ponta do indicador na região ao redor da gargantilha preta do parceiro.
— Também não, não é uma moça. — Abriu os olhos e observou o reflexo de Vante. — Ele me intriga.
— Em que sentido, Jeon? — As sobrancelhas grossas franziram e o mais novo girou o corpo de repente, colocando-se à frente de Vante.
— Não está com ciúmes, né? — Sorriu atrevido e pôs as mãos na fivela do cinto alheio. Provocativo.
— Não quero sentir isso. — Resmungou, mas as feições irritadas começaram a sumir à medida que sentiu a mão maior massagear o volume presente na calça de linho cinza. — Jeon...
— Não precisa ficar assim, eu sou seu. — falou com os olhos negros fixos no marido, que separou os lábios para soltar um gemido quase inaudível, mas que foi ouvido. — Meu Mestre é você... — Sorriu com o rosto próximo demais à calça.
Vante encarou o marido de cima. Os sentidos se aguçaram e ele levou a mão até os cabelos rosados, puxando-os em seguida para admirar melhor seu rosto.
— Você adora me provocar, sabe que sempre te castigo por isso.
— Talvez eu goste de castigos. — Sorriu ardiloso e a garganta soltou um gemido surpreso ao sentir o tapa em seu rosto, dado sem aviso. Os dedos de Vante eram longos e marcavam bem a região, ele já podia sentir a bochecha arder.
— Eu deveria te dar castigos piores, então.
— Vou gostar de todos. — Provocou outra vez e recebeu mais um tapa, dessa vez mais forte que o anterior e que fez acender cada pedaço de seu corpo. A respiração falhou por um momento e os dedos tremeram, ansiosos.
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Meretrício | Taekookmin
FanficSobrenatural | BDSM | Não-binariedade Em 1981, Vante se tornou o homem mais rico e misterioso de Las Vegas. Ninguém sabe seu verdadeiro nome, sua origem, quantos dígitos possui sua conta bancária e sequer o nome do belo rapaz que está sempre ao seu...