capítulo bônus².

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Capítulo por Lennon.
RIO DE JANEIRO — BARRA DA TIJUCA, RJ.
ALGUNS MESES DEPOIS...

— Não papai, não quero. Joga fora. — o Oliver fala se afastando de mim e da Lara.

Quase duas semanas desde o nascimento da Lara, e o Oliver rejeita de todas as formas.

A Giovanna faz de tudo e mais um pouco mais não tinha resultado. Eu também estava sempre tentando mais o moleque até chorava pra não ficar perto da irmã.

A família fala que é assim mesmo, que tem o tempo de adaptação, um tempo que pra gente aqui em casa estava complicado de chegar.

— Filho, é tua irmã. — ele nega cruzando os braços. — Coé cara, deixa disso, vem cá com o papai.

— NÃO QUELO. — ele grita de pirraça já querendo chorar.

— Ei, que isso Oliver? — a Giovanna chega na sala. — Hein?

O pequeno continua quieto com os braços cruzados. Coloquei a Lara no berço e sentei na poltrona que tinha ali no quarto da pequena.

— Não pode gritar com teu pai, que coisa feia. — ela abaixa na altura dele. — Pede desculpa pra ele e vamos lá pro cantinho do pensamento.

— Dispulpa Nenno. — ele fala e sai andando na frente.

— Ele me chamou de Lennon? — pergunto pra Giovanna que senta do meu lado assentindo.

— Ai amor. — minha mulher choraminga sentando no meu colo e deitando a cabeça no me ombro. — Ele tá cada vez mais revoltado, preto.

— É fase, amor. Ele tá com ciúmes, a Lara chegou ganhando toda a atenção que era só dele, agora ele tem que dividir tudo o que ele tinha só pra ele.

— Eu não sei mais o que fazer Lê, eu tentei de tudo já. Ele nem chega perto dela. — a voz dela embarga e eu abraço ela.

— A gente vai dá um jeito. A psicóloga lá disse pra gente deixar ele com uma responsabilidade relacionando a Lara. Vamos tentar?

— Pode ser. Vou dá um banho na pequena, e você vê ele? — assenti e fui pro quarto do menor.

Cheguei lá e ele tava sentado na cadeirinha dele, olhando para os pés que não paravam quietos. Entrei e ele me olhou de relance mais logo desviou o olhar.

— Ei moleque, pode sair já. — ele desceu da cadeirinha e foi até os brinquedos, pegou os legos coloridos e sentou no tapete do meio do quarto, espalhando tudo.

— Tá tiste comigo? — ele pergunta e ele dei uma risadinha indo sentar no tapete com ele.

— Claro que não, eu não tô triste com você. — falo pegando alguns legos e começo a montar junto com ele. — E você, tá triste com a mamãe e o papai? — ele balança a cabeça negando. — Eu acho que tá hein.

— Eu num quer Lara. — ele fala e me entrega uma pecinha.

Respiro fundo, e deixo os lego de lado.

— Filho, vem cá. — chamo ele, que levanta vindo pro meu colo. — Filho, a Lara é sua irmãzinha, é o neném do Oliver. — ele nega. — É sim, lembra do neném na barriga da mamãe? É ela.

— Não quer. — ele leva as mãos nos olhos e a voz já começa a embargar.

— Por que?

Pegô mamãe e papai.

— Não filho, não pegou. — falo rindo, entendendo o ciumes do moleque. — Mas agora, a mamãe e o papai, tem que ajudar a Larinha também. Ela é neném ainda.

— Eu tombém. — apontou pra ele e eu ri assentindo.

— Você também é neném, mas um neném grande, quase homenzinho. — ela assente. — A Larinha é nossa outra princesa, a gente tem que cuidar dela. Não pode querer jogar a Larinha fora, tem que cuidar dela, fazer carinho e ajudar a mamãe e o papai com ela.

Ele ficou quietinho rodando um lego que ele pegou, e nem me deu mais atenção.

— Papai te ama, trem balinha. — beijo a cabeça ele que deita a cabeça no meu peito. — Muitão.

— E mamãe e Lara?

— Também, papai também ama elas duas.

— Vamo bincar? — assenti e ele continuou montando os legos.

Ele montou um castelo, e pegou um bonecos e cismou que queria uma boneca pra fazer a princesa presa no castelo pro homem-aranha salvar.

— Lá no quarto da Lara, tem boneca. — falo e ele levanta.

— Pode pegar?

— Pode, ela te empresta.

Ele saiu e quando passou pela porta do quarto, eu ouvi o choro da Lara. Levantei pra ir até o quarto, e quando cheguei na porta, vi o Oliver olhando pra pequena que estava em cima da cama, chorando. A Gio logo apareceu mas eu segurei a mão dela, não deixando ela entrar no quarto.

— Não chola. — falou e foi se aproximando da cama. — Não pode cholar. — ele pega a chupeta e coloca na boca da Lara que parou de chorar e só se mexendo e resmungando. E ele começou a fazer um carinho no rosto da pequena.

Meu coração esquentou, olhei pra Gio e ela já estava quase chorando, ela me abraçou e a gente entrou no quarto.

— Papai, ela cholou. — o Oliver fala ficando em pé na cama e estendendo o braço pra mim pegar ele.

— Papai viu você cuidando dela, parabéns tá? — beijei a cabeça dele que riu todo bobo. — Muito bonito filho, tem que fazer isso mesmo, cuidar dela.

— Ela gostou de ficar com você, filho. Viu? — a Gio fala alisando o rosto dele.

A Gio pegou a pequena no colo e sentou na cama, e eu sentei do lado com o Oliver, ele desceu do meu colo e sentou no meio pegando na mãozinha da Lara.

— Neném de Óvê, papai? — perguntou e me olhou.

Assenti sorrindo e ele abriu um sorrisinho, olhei pra Gio que também sorria. Ela levou a mão até meu rosto, fez um carinho e eu beijei a mão dela.

📍oi vidinhas!!!!

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📍oi vidinhas!!!!

obg por todo o carinho com esse livro! ❤️

Maktub | L7NNON.Onde histórias criam vida. Descubra agora