Capítulo por Lennon.
RIO DE JANEIRO — NITERÓI, RJ.Liguei mais uma vez pra Giovanna antes de sair de casa mas nada dela atender, desisti de ligar e sai de casa, entrei no elevador e deixei uma mensagem pra ela avisando que já estava indo.
Quando cheguei na rua dela, desci do carro e estranhei quando vi o portão aberto no canto, entrei fechando o portão.
— SAI DE PERTO DE MIM. — escutei o grito da Giovanna. — ME SOLTA, ME SOLTA, ME SOLTA...
Adiantei o passo até lá e quando entrei vi um cara mais velho segurando ela.
— Tira a mão dela. — falo já dentro de casa.
Ela me olhou e se soltou dele vindo até mim, ela parou do meu lado e segurou no meu braço e eu senti as mãos dela tremendo.
— A gente tem que conversar Giovanna.
— EU NÃO QUERO.
Olhei pra mulher do meu lado e vi o rosto vermelho por conta do choro.
— Ou, o que foi?
— Eu sou o pai dela. — o mais velho fala e eu olho pra ele, realmente tinha aparências. — E você quem é?
— Lennon, eu não quero falar com ele, não quero. — fala rápido e eu assenti.
— Calma, tu não vai fazer o que não quer.
— Ela tem que conversar comigo. — o pai dela fala alterado.
— Não, ela não tem. Se ela não quer, ela não vai falar. — falo tomando a frente.
— Preciso conversar pra você tentar me entender. — ele olha pra filha.
— Já entendi que você me abandonou.
— EU ESTAVA ASSUSTADO. — o pai dela grita.
— Calma aí mestrão, sem gritar. — falo e ele assente olhando pra ela.
— E NÃO FICOU ASSUSTADO QUANDO ABANDONOU MINHA MÃE PRA IR CASAR COM UMA MULHER COM TRÊS FILHOS? — a Gio grita no mesmo tom, e por pouco não consigo segurar ela que foi pra cima dele.
— Giovanna. — chamo ela mais ela não focava em mim. — Preta, olha aqui pra mim. — viro o rosto dela pra mim, e ela me olha, a respiração estava descompensada, e ela ofegante e soluçando. — Calma, isso não vai adiantar nada.
— Você não entende minha filha.
— NÃO ME CHAMA ASSIM. — ela grita virando pra cima dele e eu puxo ela pra mim de novo.
— Com todo o respeito ao senhor... — olho pro pai dela que me olha. — Mas já deu tua hora, já pode meter o pé. Ela não quer falar contigo.
— Lennon... Lê. — ela me chama baixo segurando minha mão e me olhando perdida. — Eu quero que el... manda ele sair daqui, quero que ele vá embora preto, por favor.
— Ele vai meu amor, ele tá indo. — afirmo e ela deita a cabeça no meu peito chorando mais.
O homem olhou por mais uns segundos, e eu encarei ele.
— Filha... — ele falou se aproximando dela e ela me apertou.
— Não vou pedir de novo pra tu ir embora. — falo mais sério, o mais velho assentiu e saiu dali.
Só foi ele sair e o choro dela intensificou, subi com ela pro quarto, a respiração descontrolada e os soluços altos dela me destruía.
Sentei na cama e me encostei na cabeceira, ela sentou no meio das minhas pernas e deitou a cabeça no meu peito, abracei ela e aos poucos o choro foi cessando.
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Maktub | L7NNON.
Fiction générale𝙢𝙖𝙠𝙩𝙪𝙗; uma palavra em árabe que significa "já estava escrito" ou "tinha que acontecer".