Vigésimo quarto capítulo.

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Capítulo por Giovanna.
RIO DE JANEIRO — NITERÓI, RJ.
UNS DIAS DEPOIS...

Cheguei em casa e joguei minha bolsa no sofá, minha vó não estava em casa, provavelmente foi trabalhar. Minha vontade era tomar um banho, dormir muito, mas como eu tinha marcado de sair com o Lennon e os meninos, eu só comi um biscoito e subi pro meu quarto.

Ouvi a porta abrir e bater, imaginei que fosse minha vó então não me preocupei, virei pra pegar uma roupa mas o estrondo na minha porta me interrompeu. Meu corpo gelou quando eu vi o Emanoel entrando com tudo, tentei falar mais ele segurou no meu rosto me empurrando prá trás até meu corpo na parede.

— Aparecer de casal pra geral vê e eu sair de otário que baba teu ovo enquanto tu tá com outro, é demais. — ele apertava meu maxilar e o tom de voz dele estava furioso.

— Me solta. — falo e minha voz vacila já embargando. — Me solta, me solta. — me debato contra ele e ele me prende nos braços dele, e puxa meu cabelo me fazendo olhar pra ele.

— Tu vai me explicar agora, o que tu tá fazendo junto daquele cara. — tento me soltar dele e ele aperta mais meu cabelo. — FALA. — ele berrou e eu empurrei ele.

Tentei sair mas ele me empurrou me jogando na cama.

— VOCÊ TÁ ACHANDO QUE EU SOU OTÁRIO, SÓ PODE GIOVANNA. — ele estava furioso, andando pelo quarto todo.

Ele pegou um quadro meu e jogou no espelho do guarda roupa fazendo quebrar tudo, jogou tudo da minha penteadeira no chão, aproveitei esse surto dele e sai do quarto, ele gritou pelo meu nome, senti ele pegando no meu cabelo, tentei me soltar dele e ele acertou um tapa no meu rosto.

— FICA QUIETA FILHA DA PUTA. — ele segurou no meu rosto com força, mordi a mão dele.

No vacilo dele, sai correndo pra sala e ele veio atrás, me deu um empurrão me jogando no sofá subindo em cima de mim.

Passei a mão pela mesinha e peguei alguma coisa e bati na cabeça dele que caiu de cima de mim e eu sai correndo pra fora de casa.

Quando desci a escadinha da varanda vi o Lennon e o Léo entrando com minha vó, corri até eles e minha vó me abraçou desesperada, Lennon me olhou assustado e eu vi o maxilar dele travar na hora que fitou meu rosto, ele voou pra dentro de casa e o Léo foi atrás.

— Vó... o Emanoel, ele...

— Meu amor calma. — eu assenti respirando fundo.

— SOLTA ELE CARA, CHEGA. — escutei o Léo gritando e minha vó me puxou pra dentro de casa.

Quando cheguei dentro de casa, tive a visão do Lennon distribuindo socos no Emanoel que estava no chão. O Léo por fim conseguiu tirar o Lennon de cima do Emanoel e eu fui até eles.

— SUA PIRANHA, VOC...

— Eu vou matar esse cara. — Lennon tentou ir pra cima dele mais eu entrei na frente e o Léo segurou ele.

— Você é uma vagabunda... — ele fala e o Lennon se solta do Léo e vai andando até ele mas eu não sai da frente. — Sai da frente Giovanna, deixa ele.

Lennon tirou minha mão dele mas eu segurei no rosto dele fazendo ele me olhar.

— Por favor preto, chega. — sussurrei, ele encarou o Emanoel mais um pouco, me olhou em seguida e assentiu.

— Vaza daqui. — ele fala pro Emanoel que ri debochado.

— Eu vou sair daqui direto pra delegacia.

— Vai pro onde tu quiser teu vacilão do caralho. — Lennon fala nervoso. — Filho da puta, covarde. Tu é covarde pô, minha vontade é de te quebrar todinho.

Maktub | L7NNON.Onde histórias criam vida. Descubra agora