Capítulo por Giovanna.
RIO DE JANEIRO — NITERÓI, RJ.— Dá aqui que eu levo preta. — ele riu e pegou o presente de mim, pegou dele no banco de trás e fechou o carro.
Ele entrelaçou nossas mãos, e entramos depois da minha vó, que já estava fazendo propaganda do Lennon. Era visível que ela tinha gostado dele.
Apresentei o Lennon pros mais próximos e ele já tinha ganhado meus tios. Sentei com ele na mesa que tava minha vó, o pai da aniversariante e meus dois outros tios, Lennon se acabava de rir com meus tios.
— Toda vez que eu te vejo, você tá cada vez mais gata. — escuto a voz do Peterson, o filho da esposa de um dos meus tios. — Meu Deus... — ele fala baixo.
Sempre deu em cima e eu nunca rendi conversa. Ele estava parado entre a minha cadeira e a do Lennon, mas de costas pro Lennon que olhava sério pra ele.
— Oi Peterson. — olho pra ele e sorri simpática. — Obrigada pelo elogio.
— Não precisa agradecer por falar a verdade. — ele sorri, se aproximou e beijou meu rosto bem demorado.
Me soltou, e falou com o resto do pessoal da mesa, o Lennon falou mas logo virou a cara. Peterson pegou uma cadeira e sentou do meu outro lado, Lennon voltou a conversar com meus tios mas não sorria tanto quanto antes.
— Solteira ainda Gio? — Peterson perguntou e eu assenti. — Tenho chances? — ele falou bem baixo e ameaçou a levar a mão na minha perna.
Mas senti o Lennon colocar o braço por cima das minhas pernas e segurar na minha coxa puxando de leve pra ele. Com toda a certeza ele ouviu.
— Tá com algum problema irmão? — Lennon perguntou só pra ele ouvir, o maxilar travado mostrava o quão irritado ele estava.
— Nenhum. — Perterson responde cínico. — Você não disse que está solteira?
— Mas não tô sozinha. — dou os ombros, entrelacei minha mão junto da mão livre do Lennon e deitei no ombro dele.
Lennon ainda encarava ele, ninguém tinha percebido o clima, os mais velhos estavam muito ocupados conversando.
— Com licença. — Peterson saiu.
Lennon relaxou a mão na minha perna e seguiu o Peterson com o olhar.
— Ei, desse jeito tu vai trincar teus dentes. — dei uma risadinha baixa.
Segurei o rosto dele virando pra mim, e fiz um carinho no maxilar dele.
— Relaxa vai. — ele relaxou o maxilar e virou o rosto em direção do Peterson de novo, mas eu puxei o rosto dele pra mim de novo. — Esquece esse chato. — ele assentiu e eu selei nossos lábios. — Vamos lá pegar mais salgadinho.
Levantei ajeitando minha roupa, ele também levantou e eu peguei na mão dele passando ali pelo meio da festa até chegar na cozinha, já avistei minha tia com algumas pessoas que estava servindo e a Ana no colo dela chorando.
— Tia, tô com fome. — falo abraçando ela e o Lennon riu sentando em um dos bancos da bancada.
— Quer o que amor? Vê aí, pode pegar. — ela sorriu. — Filha, que foi? Para de chorar amor.
— Aninha, que foi? — peguei ela da minha tia que sentou nos bancos da bancada.
Fui com ela pra perto do Lennon e ela só estava chorando manhosa.
— Que foi gatinha? Tá triste? Poxa... — Lennon perguntou passando a mão no rostinho dela. — Quer vim com o tio? — esticou os braços pra pegar ela, e ela se jogou pra ele.
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Maktub | L7NNON.
Genel Kurgu𝙢𝙖𝙠𝙩𝙪𝙗; uma palavra em árabe que significa "já estava escrito" ou "tinha que acontecer".