Capítulo por Giovanna.
RIO DE JANEIRO — BARRA DA TIJUCA, RJ.
ALGUNS MESES DEPOIS.— Dispulpa mãe. — o Oliver pede choramingando.
— Não filho, não tem essa de desculpa. É muito feio fazer isso. — falo séria.
E pronto foi a liberdade pra ele abrir maior berreiro dentro do elevador. Fiquei na minha fingindo que não estava ligando, mas eu estava com o coração destruidinho.
Mas tive que ir buscar ele na escolinha hoje porque ele bateu no amiguinho por conta de brinquedo. Então eu tinha que manter a postura da mãe que corrige, e cobra o certo dele.
— Papai. — gritou assim que o elevador abriu e a gente saiu.
Abri a porta e ele entrou chamando pelo Lennon que logo apareceu secando o cabelo, e quando viu o Oliver chorando ele já franziu o cenho fechando a cara.
— Qual foi, moleque? — perguntou sentando no sofá e o Oliver foi pro colo dele. — Ele se machucou na creche? Por que ele tá chorando assim, preta?
— Ele tá chorando assim, porque eu falei séria com ele, só isso. — o Oliver deitou no ombro dele e grudou a mão na orelha do Lennon, mania que ele tem toda vez.
— Mas o que aconteceu? Nem tava na hora dele chegar, né? Eu ia te mandar mensagem pra avisar que ia buscar ele hoje.
— A creche ligou pedindo pra eu ir lá conversar na direção e buscar ele, já que ele bateu no amiguinho por causa de um brinquedo.
Lennon balançou a cabeça negando e deu uma risadinha.
— Lennon. — repreendi ele e ele me olhou.
— Não preta, não tô rindo disso. Eu tô rindo vendo que já chegou a fase de briga na escola.
— Não tem graça. — falo e ele fica sério. — Conversa com ele também. — falo baixo e ele assente concordando.
— Filho, olha aqui pro papai. — ele sentou o Oliver na perna dele, e o pequeno olhou pra ele. — Não pode bater no amigo da escola, é feio.
— Tá bom.
— Não é tá bom, cara. Tem que pedir desculpas pro amigo lá. — Lennon fala e o Oliver assente.
— Amanhã ele faz isso, já que vai ter uma reunião.
— Reunião?
— É Lennon, reunião. Com nós dois e os pais do outro menino.
— Bom dia, sentem. — a Soraya, diretora da creche fala assim que o Lennon e eu entramos na direção.
— Bom dia. — o Lennon e eu falamos juntos.
Os pais do menino já estavam lá. Sentamos e a diretora pegou o livro, e leu pra gente o ocorrido. Explicou que a creche não aceita tal comportamento e pediu pra gente conversar com o Oliver em casa, para que não voltasse acontecer o que aconteceu.
— Tá, aí fica por isso mesmo. E Pronto? — o pai do menino pergunta, com um tom de voz irritado. — Eu pago a creche pro meu filho vir e apanhar de um moleque?
Olhei pro Lennon e ele já estava olhando pro homem também, com o maxilar travado e o cenho franzido. Coloquei minha mão em cima da dele e ele tirou.
— Uma criança igual esse garoto, não tem que frequentar uma creche.
O Lennon levantou e o homem olhou pra ele levantando também.
— Fala pra mim então, que lugar meu filho tem que frequentar?
— Me fala você, que lugar uma criança sem educação tem frequentar?
Lennon foi pra cima dele mais eu entrei no meio, e a mulher do homem também.
— Lennon, por favor. Para com isso. — falo mas ele nem me olha. — Lennon.
— É por isso que teu filho é um mal educado e resolve as coisas na violência. — Lennon ri debochando.
— Tu já viu a idade do teu filho? — Lennon pergunta. — É a mesma que a do meu. Se liga irmão, os moleques não tem nem três anos, não tem ciência de nada praticamente. E outra coisa, não fala da educação do meu filho, tu não conhece minha família e nem a criação que a gente dá pra ele.
— Por favor, vamos manter a calma. — Soraya pede, o homem sentou mais o Lennon continuou do mesmo jeito.
— Vou pedir um favor pra senhora, com todo o respeito. — ele fala com a Soraya que assenti. — Chama o Oliver e o menino aqui, por favor?
Ela assentiu e olhou pros pais do menino, que concordaram também. A Soraya saiu da sala e do corredor falou alguma coisa com alguém e depois de uns minutos meu filho e o menino chegaram na sala.
— Oi papai. — o Oliver fala abraçando as pernas do Lennon que abaixa e beija a cabeça dele. — Oi mamãe. — fez o mesmo comigo.
— Filho, lembra do que a gente conversou em casa? — Lennon perguntou e o Oliver assentiu. — Então, fala pra ele.
— Dispulpa João. — meu filho fala pro menininho que sorrir assentindo. — Assim papai?
— É filho, assim. Não pode fazer mais isso com ele e nem com ninguém. — meu filho assentiu.
A Soraya liberou a gente, e nós trouxemos o Oliver junto da gente.
— Tá mais calmo? — pergunto e ele me olha, e solta um suspiro.
— Ninguém tem que falar do meu filho, Giovanna. Ninguém sabe da criação que nós dois damos pra ele.
— Eu sei, preto. — levei a mão na nuca dele e fiz um carinho. — Amor, o homem estava nervoso e não soube falar, ok, não justifica. Mas pensa, se fosse tudo ao contrário, a gente também ia tá assim, talvez até pior.
— Não justifica, amor.
— Eu sei que não. Mas esquece isso vida, já resolveu. — ele respirou fundo e assentiu focando atenção na pista. — A gente é muito grato por ter você com a gente. — faço um carinho na bochecha dele. — A forma que você defende e protege a gente, eu acho que nunca vai ter um jeito de te agradecer de fato.
— Vocês já me agradecem sem nem saber. — ele fala beija minha mão e depois deixa a mão dele na minha barriga fazendo um carinho.
📍oi vidinhas!!!!
sdds? eu fiquei, e corri pra cá. 🥹
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Maktub | L7NNON.
Ficção Geral𝙢𝙖𝙠𝙩𝙪𝙗; uma palavra em árabe que significa "já estava escrito" ou "tinha que acontecer".