Aerys, O Patriarca

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Os gritos de Elia enchiam o ambiente e eram bem altos

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Os gritos de Elia enchiam o ambiente e eram bem altos.
Rhaella começou a se assustar com os gritos aflitos.
Ouviu um choro de bebê e ficou mais aliviada.
Alguém entrou correndo com mais água no quarto.
Não queriam que ela entrasse, pois ela poderia ficar nervosa já que ela mesma está grávida, mas ela não podia evitar a preocupação.
Esse era o terceiro parto de Elia em pouco mais de três anos, não era bom para a saúde de nenhuma mulher.
Mais alguns minutos se passaram e Rhaella ficou mais nervosa.
O choro do bebê continuava.
Depois de mais uma hora de gritos, outro choro.
–Dois?
Rhaella ouve dois choros distintos.
Alguém abre a porta.
A parteira sai, junto com Pycelle.
–Avise ao rei Aerys que ele tem mais uma neta e mais um neto.
–E como está Elia?
–Ela vai sobreviver.
Rhaella ficou feliz e foi avisar ao marido.
Ambos entraram no quarto.
As criadas já haviam ajudado Elia a se limpar.
Ela estava exausta, com olheiras.
Do lado dela, dois dosséis, cada com um com um mosquiteiro.
Aerys e Rhaella se aproximaram.
O primeiro mosquiteiro tinha uma menininha bem pálida, com cabelo prateado e olhos violetas.
O segundo tinha um menininho, de pele em tom mais escuro, cabelos negros e olhos castanhos.
Aerys e Rhaella sorriram.
–São tão lindos!
–Qual será o nome dos dois?
–O nome dela será Visenya.
Eles ficaram confusos quando Elia começou a rir.
–Eu venci! Eu venci!
Ela gemeu de dor, se sentando na cama.
–Elia?
–Eu venci Rhaegar! Eu venci Rhaegar e a cadela puta!
Ela olhou para os bebês, sorrindo.
–Seja lá o verme que ele está gerando na barriga de Lyanna, não é a tão preciosa Visenya! Visenya é minha! E eu ainda tive mais um!
Ela estende a mão, acariciando o rostinho dos filhos.
–Minha Visenya. Meu Baelor.
–Baelor? Como Baelor Quebralanças?
–O príncipe Targaryen que parecia um dornês, filho de Myriah. -confirma Elia.
O reino recebeu o anúncio dos gêmeos com alegria e entusiasmo.
Afinal, a "dornesa doentia" conseguiu dar a luz a quatro filhos em três anos e alguns meses.
Ninguém mais se atreveria a falar de Elia agora.
Seus filhos eram considerados um milagre, uma maneira dos Sete fazerem justiça a uma mulher e mãe traída e abandonada.

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Quando nasceram as filhas gêmeas de Robert Baratheon e o filho de Elbert Arryn, Aerys começou a ficar nervoso com a demora de Rhaegar em voltar para casa.
–Onde ele está? Onde? Ele realmente deixou o reino a míngua?
Irritadiço, ele mandou espalhar essa pergunta entre o povo e entre as famílias nobres.
Elia ficou satisfeita enquanto se recuperava do parto, por que a demora de Rhaegar com sua preciosa Lyanna significava que Aegon tinha uma posição cada vez mais forte como príncipe herdeiro contra ele e o filho ou filha que Lyanna tivesse.
–Já nasceram Argella Baratheon e Celia Baratheon, já nasceu Robin Arryn, Cersei Hightower já vai dar a luz em breve, até Ashara Stark está grávida! Ele realmente abandonou qualquer responsabilidade! Ainda bem que eu passei o título dele para Aegon! Como pode um bebê ser um príncipe melhor que um homem acima dos 20 anos?
Essas palavras ácidas do rei também se espalharam como fogo.
Nunca a popularidade de um príncipe esteve tão baixa.
Havia até músicas debochando da fuga dos dois.
As mais famosas eram "Falso Conto De Fadas" e "A Loba Vadia E O Dragão Excitado".
Elia riu muito com a última.
Aerys teve uma ideia e procurou Pycelle.
–Pycelle, você pode deixar uma mulher estéril de forma permanente?
O homem quase saltou de susto com a pergunta do rei.
–Bem... Existe uma maneira sim.
–Ótimo. Eu quero que você deixe Lyanna Stark estéril quando meu filho imbecil a trazer para a capital.
–Meu rei?! Rhaegar seria tão estúpido?
–Oh, ele seria. E como seria!
E é por isso que ele transferiu os aposentos de Rhaegar para o lado contrário do castelo onde ficavam os aposentos de Elia e o berçário real.
Ele também reservou um quarto para ser o novo berçário de Lyanna.
–Por que isso tudo, Aerys?
–Por que aqueles dois não vão colocar o seu bastardo ou bastarda no mesmo berçário que os nossos bebês ou os de Elia. Meus filhos e netos legítimos não vão se misturar com essa escória.
O berçário era a alegria do castelo. O reino estava feliz por tantos bebês estarem nascendo.
Aerys se aproveitou para doar algumas moedas de ouro para um septão ou outro, e eles diziam nas ruas que os Sete Reinos estavam abençoando Westeros depois que Aerys removeu Rhaegar de sua posição e pôs Aegon no lugar.
O tempo passou e a própria Rhaella entrou em trabalho de parto.
Essa foi a gravidez mais tranquila e menos tensa que Rhaella já teve.
Sem estresse, sem violência e sem preocupações, Rhaella conseguiu se manter saudável e calma, e isso se refletia no parto.
Mas até ela teve uma surpresa.
–São dois, minha rainha!
Ela arregalou os olhos.
Depois de seis horas, ela tinha em seus braços um lindo casal de gêmeos.
–Daenerys. -ela diz, para a menina.
Ela olha para o menino, pensando em um nome.
–Daemon!
Aerys ficou enlouquecido de alegria com o nascimento de dois filhos saudáveis.
–Daenerys e Daemon, os nascidos da bonança! -ele dizia.
O reino também comemorou.
Os bebês da família Targaryen eram amados como nunca pelo reino.
Tudo estava entrando em franca paz.
O escândalo aos poucos era esquecido.
Então, Aerys recebeu a notícia.
–Rhaegar está vindo, acompanhado de Lady Lyanna, os três Guardas Reais e um bebê.
Ele se sentou no trono.
–Que venha. Estou louco para pôr esse imbecil no lugar que ele merece.

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