Aerys, O Impaciente

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Quando seu filho idiota finalmente apareceu com a garota Stark, Aerys estava na sala do trono

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Quando seu filho idiota finalmente apareceu com a garota Stark, Aerys estava na sala do trono.
Era um dia que poderia dar muito, muito errado, afinal Robert Baratheon estava ali.
Chamou o rapaz para conversar, mas não era tão necessário.
–Sim, meu rei. Eu senti muita vontade de dar um soco na cara da lagartixa albina que você chama de filho mas depois de muito refletir... Eu me sinto melhor agora. Eu pensei nas suas palavras, sobre como seria se eu me casasse com uma putinha feito Lyanna, e tremo só de pensar naquele desastre ambulante assumindo o lugar que minha Catelyn ocupa. Ela não é e nunca foi uma dama, é só uma prostituta cara que nasceu numa casa nobre. Eu não ligo pra essa piranha, e nem para a lombriga platinada.
Aerys ficou feliz e foi dispensou.
Ele chamou Pycelle.
–Lembre-se das minhas ordens, deixe a vadia loba estéril!
–Sim, meu rei!
Rhaegar, Lyanna e seus três guardas finalmente chegaram ao castelo.
Aerys estava sentado, com o olhar sério e as mãos espalmadas nas laterais.
E então, Rhaegar e o seu grupo de patetas entrou na sala.
Rhaegar ficou muito surpreso.
Fazia tempo que ele não via seu pai parecendo tão jovem, sem a aura de loucura que ele emanava.
–Então, você voltou. -Aerys diz, com uma voz fria.
–Pai eu... Essa é...
–Lyanna Stark. Eu sei. Não sou cego, nem burro.
Uma pequena figura entrou na sala do trono e correu para Aerys.
–Vovô! -ela diz, estendendo os braços.
Aerys e a pega no colo.
Rhaegar engasga ao ver o gesto.
–Rhaenys querida, você não pode ficar aqui agora. Depois o vovô brinca com você, tudo bem?
–Tudo bem, vovô.
Ela sai correndo, e nem parece ter registrado a presença de Rhaegar.
Ele fica espantado, afinal Rhaenys nem parecia o reconhecer.
–Bem... É normal que ela não saiba quem é você. Foi embora quando a própria Rhaenys era um bebê de um ano e nove meses.
Aerys se ajeitou e olhou para eles.
–Agora pode me dizer o que você tinha nessa cabeça oca para fugir com a filha da Casa Stark, noiva de um Baratheon, com um irmão filho adotivo de um Arryn e outro irmão noivo de uma Tully?
Rhaegar engoliu em seco.
–Eu precisava de uma Visenya.
Aerys ergueu a sobrancelha.
–Isso aí no colo dela é Visenya?
Rhaegar tentou achar alguma maneira de sair da situação constrangedora.
–O nome dele é Aemon.
–Ah... Tudo isso por um Orys Baratheon ao invés de uma Visenya Targaryen? Que irônico!
Rhaegar sentiu seu rosto queimar.
–Você se esqueceu do pequeno detalhe de que Visenya, Aegon e Rhaenys eram filhos da mesma mãe e Orys Baratheon de outra mulher menos importante?
Aerys riu.
A risada arrepiou a espinha deles.
–Oh, não precisa mais preocupar sua cabecinha vazia. Você nunca mais vai se preocupar com mais nada. Já resolvi tudo.
Aerys olha para Arthur, Oswell e Gerold.
–Eu pensei que vocês três eram Guardas Reais. Não Guardas Do Príncipe. Preciso me lembrar disso.
Nesse instante, Robert entra.
–Meu rei? Podemos continuar a nossa negociação?
–Claro, meu primo.
Ele sai, sem nem olhar para os dois.
–Eu preciso ir. Estou negociando o dote de Argella Baratheon quando ela se casar com Aegon com o Lorde Baratheon, então simplesmente acompanhe os guardas, que vão levar você, sua esposa e seu filho para as novas acomodações.
Os cinco ficaram estupefatos e Aerys riu com as expressões de cada um.
Depois de ficarem satisfeitos com as negociações, Robert estava indo embora e até mesmo passou por Rhaegar, o ignorando como se não fosse nada.
O ex-príncipe herdeiro esperava alguma explosão de Robert, mas o homem agia como se ele nem existisse.
–Pai, onde está Elia?
–Ocupada, cuidando de seus afazeres como princesa dos Sete Reinos. É muito intrigante como ela não foge de seus deveres. Além disso, você não precisa falar com ela. Ela já sabe do seu segundo casamento e aceita. Não há nada para você explicar. Agora suma, vá passar a mão na cabecinha oca da sua nova esposa e deixe o resto de nós trabalhar para manter o resto do reino funcionando.
Ele deu às costas sem esperar resposta, estava muito ocupado cuidando dos problemas em cada região e não tinha paciência para as burrices do filho mais velho.
Seu trabalho foi interrompido quando Viserys chegou, gritando.
–Pai! O Rhaegar está tentando invadir o berçário!
Aerys foi correndo até lá.
Rhaegar estava sendo segurado pelos guardas.
O choro dos bebês começou a ficar alto.
–Me deixem entrar! Eu quero ver meus filhos!
Aerys se irritou.
–O que você quer aqui?
–Pai, eles não me deixam entrar!
Oh, então ele descobriu que foi a sua esposa dornesa que deu a luz Visenya.
–Por que você quer ver os bebês? Vá e olhe para o bebê que fez com Lyanna!
–Eles são meus filhos! Eu tenho direito de...
Aerys se aproximou de Rhaegar e deu a ele um soco na barriga que o fez se dobrar.
–Eles pertencem a Corôa! E adivinha... Eu sou a Corôa!
Rhaegar gemeu de dor.
–Você não tem permissão para entrar nesse berçário e perturbar os bebês. Saia daqui antes que eu o arranque! E você não vai gostar se eu fizer isso!
Aerys olhou para Sir Barristan, que tentava disfarçar mas parecia gostar da situação.
–Barristan, se ele tentar entrar, bata nele com toda a força. Se ele tentar de novo, o leve para o pátio de treinamento e o chicoteie. Se insistir de novo, corte sua garganta!
–Pai, você não pode me manter longe dos meus filhos.
–Ah mas eu posso. Eu sou o rei! Você não é nada!
Ele puxou Rhaegar pelo cabelo, o fazendo se ajoelhar.
–Olha só para a merda que virou! Me dá vergonha!
Ele o soltou, o empurrando.
–Vou fazer meus netos e meus filhos serem melhores do que isso.
Ele se afasta.
–Não que seja difícil serem melhores do que um bunda mole feito você! -diz, saindo de lá e ordenando que os soldados o joguem na área designada para ele.

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