Elia, A Irritada

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Se antes ela era a esposa rejeitada, doente e fraca, hoje ela era a mãe do futuro rei

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Se antes ela era a esposa rejeitada, doente e fraca, hoje ela era a mãe do futuro rei.
Ela nunca mais ficaria a mercê da má vontade de Rhaegar, ela nunca mais correria algum perigo e seus filhos estavam protegidos, com suas heranças garantidas e Elia estava livre das sandices do seu detestável marido.
Ela tentou amá-lo, ela o apoiou, ela ouviu sua música que causava sono e suas intermináveis conversas sobre profecia, assumiu o comando de Pedra Do Dragão mesmo grávida e doente para que ele saísse e pudesse perder tempo tocando harpa para as pessoas famintas e conquistando todos com seu carisma ao invés de agir como um verdadeiro príncipe e assumir a sua parte da responsabilidade.
Se bem que se ele realmente quisesse agir com responsabilidade teria aproveitado sua maioridade aos 16 anos para deslocar seu pai louco e assumir o trono.
Sinceramente, ela tentou ter paciência, mas era difícil.
Rhaegar era tão... Imaturo, sonhador e volátil.
Não é à toa que ela tinha mais em comum com uma menina oito anos mais nova que com uma mulher apenas dois anos mais velha.
Vivia em um mundo de sonhos que só existia na sua cabeça.
E agora olhe o resultado, o rei Aerys era agora visto como um rei sábio e são, e Rhaegar era visto como um estúpido fracassado.
E seu filho seria o rei.
Sem dúvidas, sem discussão.
Lorde Robert Baratheon, um dos seus agora maiores aliados, estava saindo do castelo.
Era a hora perfeita de podar um dos poucos aliados que ainda restavam para o idiota.
–Lorde Robert, podemos trocar algumas palavras?
–Claro, princesa.
–Precisamos dar um jeito em Jon Connington antes que ele consiga causar algum problema.
–E o que você sugere?
–Já está na hora de Connington se casar e passar a linhagem adiante, não?
Robert riu.
–Connington é um engolidor de espadas, uma donzelinha ansiosa que sonha com o dia que Rhaegar a deflore. -ele diz, com deboche.
Elia sabia disso.
Ela ria muito com a paixão óbvia do ruivo, óbvia para todos menos Rhaegar.
Ela ainda tinha vontade de gargalhar quando lembrava da expressão dele quando disse:
–Não importa o quanto você tente, Rhaegar não vai te dobrar contra uma mesa e foder você. Ele nunca se sentiria atraído por você, mesmo que gostasse de homens, Pequeno Grifo. Desista. Se ele fodesse homens, foderia Arthur ou Jaime, que têm uma aparência muito melhor que a sua.
Ele voltou para seu castelo nas Terras Da Tempestade dias depois.
Mas Elia não terminou com ele ainda, oh não.
Todo o escárnio, todo o deboche e as humilhações passivo-agressivas com a sugestão de que ela era fraca e doente estavam na sua mente e ela iria cobrar.
–Diga a ele que eu estou muito impressionado com a sua lealdade e o estou premiando com a mão de Selyse Florent e um ótimo dote. -ela diz.
Robert sorri, entendendo a intenção.
Uma ordem dela era uma ordem da realeza e o idiota não poderia negar.
Robert sai, animado.
Elia se sentia muito bem.
Até aquele momento, seu dia estava ótimo.
Então foi no berçário e descobriu que seus bebês e os gêmeos de Rhaella estavam agitados e chorando por que seu sono foi incomodado por Rhaegar.
Sua raiva ficou atiçada.
–Onde está esse inútil? -ela pergunta a um guarda.
–Qual inútil?
Ela o olha, erguendo a sobrancelha.
–Oh, sim. Rhaegar está para lá.
Ela foi até ele, sentindo raiva.
Por que agora ele estava interessado em seus filhos quando ficou de bom grado mais de um ano longe, cuidando da gravidez de Lyanna Stark?
Agora que Elia tinha dado a luz a Visenya que ele queria, ela servia? Eles serviam?
–O que você quer com os bebês? -ela pergunta, irritada.
Ele a olha como se não reconhecesse o tom que ela estava usando.
Ela nunca tinha falado assim com ele antes.
–Elia! Eu soube dos nossos filhos! Eu queria vê-los?
–Para o quê?
–Como assim? Eu sou o pai deles!
–Do que adianta? -ela pergunta, com um tom de voz cheio de veneno.
–Como assim?
–Do que adianta ser pai deles agora se quando eles mais precisaram você não estava aqui?
Rhaegar estava prestes a rebater o argumento dela, mas Elia o interrompeu.
–Seu pai estava louco e você sabia! Ele estava estuprando sua mãe e você sabia! Ele não gostava de mim e do meus filhos por causa das nossas origens dornesas e você sabia! Lyanna Stark era filha de uma Grande Casa e você sabia! Ela estava noiva de outra Grande Casa e você sabia! Os irmãos dela um era noivo de outra Grande Casa e outro filho adotivo em outra e você sabia! Pelas minhas contas, você irritou cinco regiões inteiras e irritou seu pai mentalmente instável. Se ele não tivesse batido a cabeça e voltado ao normal a tragédia estaria escrita! Você colocou sua família em perigo, colocou toda Westeros em perigo! Não é possível que você não viu o problema que estava causando! -ela ralhou.
–Elia, eu sei que errei...
–Que bom que sabe!
–Eu precisava de uma Visenya!
Ela gargalhou alto.
–E você tem. De mim. E até mais um, Baelor! Você fugiu e causou isso tudo para nada. Se tivesse ficado, estaria para o nascimento dos seus filhos e para o nascimento dos seus irmãos mais novos! Mas agora você tem uma esposa que não precisa e um filho que não precisa, e ninguém vai aceitar a eles, tudo isso para nada!
Ela ajeitou sua postura.
–Meu filho vai ser rei. Minha filha vai ser Lady Tyrell. E Baelor? Solarestival está sendo reconstruída para ele. Eu venci! Eu fiquei com tudo!
Ela o olhou com raiva.
–Tudo bem você não amar. Eu nunca precisei do seu amor. Mas não estou nada bem com você não me respeitar!
Ela estava realmente furiosa com isso.
–Na torre da minha avó Joy Dayne, Rhaegar? Na cama que eu dormi quando era uma menina? Sério?
Ele teve ao menos o bom senso de parecer envergonhado.
–Poderia perdoar sua traição. Mas nunca vou poder perdoar tamanha falta de respeito. O que acha que eu sou? Uma puta bastarda que você achou na rua? Eu sou a mulher mais importante de Dorne, não um brinquedo que você pode brincar e jogar de lado quando cansa e depois pega de novo quando sente vontade! E meus filhos não são bonequinhos descartáveis, são pessoas! Se você é capaz de abandoná-los e não se preocupar com eles em mais de um ano então não tente fingir que se importa agora!
Ela respirou fundo, se acalmou e empinou sua postura.
–Você não tem mais poder para colocar a mim e a meus filhos em perigo. Mas fique avisado Rhaegar. Assim como você achou fácil sacrificar sua família, eu acho você ainda fácil de ser sacrificado. Se eu achar que você e a sua loba podem ser um risco para os direitos dos meus filhos... Eu mato vocês! Isso aqui é a capital, esse é um jogo de cobras. E no jogo das cobras, ninguém tem mais veneno que a víbora dornesa.

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