Crash and Burn - JJPROJECT/JJP

Eu não vou deixar você ir

VOLTAMOS A PROGRAMAÇÃO NORMAL HIHIHI

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Eu não vou deixar você ir

Diga-me porque essa dor no peito. Eu penso em você e a dor só aumenta. Um sentimento que consome todo o meu tempo. Hoje e para sempre, nunca quero 

Você nunca será capaz de imaginar o quanto pode suportar a dor quando se trata de quem mais ama. Amar alguém ao ponto de doer é quando você abriu todas as suas feridas para aquela pessoa. É estar exposto a tudo que ela quiser fazer com você. E mesmo que em um segundo de razão você queira mandá-la embora, seu coração será destroçado até o ponto em que você cairá de joelhos, implorando para que ela fique.

Jaebeom nunca foi alguém que se importou em algum dia conhecer alguém que fizesse suas atitudes serem repensadas. Nunca conheceu alguém que fizesse sua pele gelar com a simples menção de perder. E Jaebeom sabia lidar com perdas melhor do que qualquer outra pessoa.

Porque perder alguém que se ama é perder uma parte sua e ter que conviver como se fosse um morto-vivo apenas esperando a próxima estação para encontrar um rumo... que sinceramente e profundamente, nunca aparecia.

Jaebeom sabia lidar com o luto, aprendeu sozinho, mas nunca aprendeu a lidar com o desespero, com a incerteza... com aquela mínima chance. Com esperança.

Jaebeom sabia que aquela dor era causada apenas porque seu coração era unicamente de uma pessoa. Alguém que agora estava a um suspiro da vida, que usava todas as forças para se manter consigo. Jaebeom havia conhecido alguém capaz de lhe fazer repensar mais vezes do que o necessário. Alguém que realmente importava.

Jamais explicaria a sensação de segurar Jinyoung em seus braços coberto de sangue. Jamais saberia explicar o olhar dele em si, o pedido dele para serem felizes... as várias, inúmeras variáveis de perda.

Foram longas horas à espera de algo, onde cada segundo parecia ser acrescido de anos. Jaebeom nunca saberia narrar a sensação que sentiu quando Hoseok parou na sua frente com uma prancheta em mãos e uma caneta. O olhar cansado e preocupado, mas que tentava ser escondido por um sorriso ameno.

Chayeon estava com os olhos marejados e as mãos trêmulas. Soohyun e Junghyun a confortavam em meio às orações em pensamentos, enquanto Jaebeom se mantinha ali, recluso, agarrado em Yugyeom que era seu único conforto.

— Jinyoung passou pela cirurgia, mesmo com muita perda de sangue, conseguimos tirar as gêmeas. O estado dele e das crianças é crítico. — Explicou Hoseok com cautela.

Jaebeom respirou fundo, mesmo que o ar não fosse suficiente aos pulmões. Chayeon abraçou Junghyun, estava angustiada, desesperada para ver logo seu filho. Soohyun se manteve junto deles, deixando a mão sobre as costas da mais velha, apenas para acalmá-la.

— As crianças vão ficar bem? E-elas são... prematuras — Jaebeom engoliu seco, soando baixinho.

Tinha Yugyeom abraçado na sua perna, enquanto deixava um carinho nele para mantê-lo seguro. Hoseok baixou o olhar, umedecendo os lábios antes de continuar.

— Uma das gêmeas foi atingida pela bala. Ela está na sala de cirurgia nesse momento com um especialista. Como nasceram de oito meses, precisam de mais cuidados. A outra bebê está na incubadora, mas também está com problemas. O choque que Jinyoung teve foi refletido nela. Estamos a observando.