Crash and Burn - JJPROJECT/JJP

Náufrago

EU VOLTEI 🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️

×××××××

Não posso me imaginar

Vivendo sem você por um minuto, um segundo, ou todos os dias

Meu tempo parou

É como se fosse o destino

O olhar atento e minucioso caía sobre as páginas daquela revista. Jinyoung mantinha-se entretido com as imagens e algumas dicas de gravidez, nem dando-se conta de que um par de olhos extremamente apaixonados lhe observavam próximo da entrada.

Jaebeom estava parado. Talvez já não soubesse quantos minutos havia permanecido ali, apenas admirando e decorando cada detalhe do ômega esparramado no sofá da sala, perdido entre sorrisos e cenho franzido.

Pigarreou, contendo o riso quando os olhos amendoados e levemente arregalados vieram em sua direção.

Aproximou-se devagar. Jinyoung ajeitou a postura, sentando no estofado e deixando a revista de lado.

— Você chegou quando?

— Eu não sei... — curvou o corpo, deixando um selar demorado sobre os lábios carnudos — mas o suficiente para te ver por bastante tempo.

Jinyoung sorriu bobo, e sequer conteve aquela euforia. Abraçou o alfa de modo desengonçado, cedendo mais beijos a ele em troca daqueles carinhos genuínos que Jaebeom sempre estava pronto para lhe dar.

Já havia se passado alguns dias desde o incidente na casa dos seus pais. Não tocou mais no assunto. Não queria incomodá-lo e as noites que o via dormir completamente mal, já eram o suficiente para lhe deixar em alerta de tudo.

Ultimamente Jaebeom estava muito mais carente. Era perceptível. Jinyoung havia até mesmo estranhado aquele lado, mas não ousou reclamar. Gostava de cuidar do Im. Gostava e muito.

— Comprei um presente — ele anunciou em um sussurro perdido em seu pescoço, enquanto lhe deixava mais beijos — você vai gostar.

— O que eu disse sobre presentes?

— Mas esse não é para você. — Afastou-se minimamente, encarando o mais novo.

— É para quem então? — Perguntou curioso.

— Para o nosso filho. — Jaebeom ajoelhou-se, puxando o Park mais para a beirada do sofá.

Jinyoung riu baixo, negando com a cabeça tudo aquilo. Viu o outro deixar uma pequena sacola sobre sua coxa. Era uma embalagem bonita e de tom azul claro. Conhecia aquela loja.

— Eu vi isso e achei que poderia comprar — informou em meio a um sorriso doce — é pequeno, como você mesmo pediu, e espero que seja significativo também. — Tirou o par pequeno de sapatinhos feito de crochê.

Eram delicados, de tom amarelo bebê com fitinhas brancas dando um detalhe harmonioso e fofo.

Jinyoung perdeu o fôlego quando Jaebeom colocou-os sobre sua barriga, e os olhos dele transmitiam um carinho profundo e de lhe arrancar o sorriso mais sincero e amoroso já existente.

— Espero que ele goste.

— É… o primeiro sapatinho dele. — Dedilhou a peça, sentindo os olhos marejarem naquele momento.

Poderia ser bobo para qualquer um, até mesmo para Jaebeom que, provavelmente, não sabia o quanto aquele gesto era extremamente significativo para si.